CAPÍTULO 103

HANA

*

Entrar em casa sem o Jonathan nos braços foi como pisar num campo de lembranças que, de repente, haviam se tornado dolorosamente vazias.

A ausência dele preencheu o ambiente como um peso sufocante, me esmagando a cada passo.

Tudo ali parecia gritar a presença do meu filho, os brinquedos espalhados, o cobertor azul que ele arrastava pela sala, o cheirinho do seu shampoo infantil ainda impregnado no ar. Eu mal conseguia respirar.

Eu me abaixei ao lado dos brinquedos, incapaz de segurar as lágrimas. A saudade e o desespero me dominavam, e cada lágrima que caía trazia consigo uma mistura de raiva e culpa. Não só por ter deixado isso acontecer, mas porque meu próprio sangue, minha mãe, tinha se aliado ao homem que sempre me causou tanto sofrimento. Como ela pôde fazer isso? Como alguém é capaz de trair a própria filha dessa forma? Me sentia como uma peça descartável no jogo dela. E o meu filho estava pagando o preço.

John estava ao meu lado, mas, por mais que tentasse esconder, eu
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