CAPÍTULO 109

Cada quilômetro até a delegacia parecia um teste para minha sanidade.

O meu coração estava disparado, e as mãos suavam enquanto seguravam firmemente as de Jonh. Ele dirigia em silêncio, mas seu olhar atento pra mim sempre que podia me dava forças. Nosso filho. Estávamos indo buscar nosso filho. A ideia me dava esperança e medo na mesma proporção.

Quando chegamos, o ambiente era frio, cinza. As paredes gastas e os olhares cansados dos policiais mostravam que aquele lugar carregava histórias pesadas. Assim que entramos, vi rostos desconhecidos, mas no fundo do corredor, um movimento chamou minha atenção.

Minha mãe estava ali. Algemada. Ela parecia mais velha, desgastada, mas minha raiva não me permitia sentir pena. Desviei o olhar, engolindo a bile que subia na garganta, e foi então que vi.

Uma mulher, provavelmente uma assistente social, segurava meu filho. Meu filho. Ele estava ali, vivo, pequeno e assustado. Não pensei. Não hesitei.

— Meu bebê!

Gritei, correndo na direção dele.

A mu
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