CAPÍTULO 100

O chão parecia ter desaparecido debaixo dos meus pés. Meu filho, meu bebê… ele estava ali, a poucos passos de distância, e num piscar de olhos, tudo virou um pesadelo. Meu coração batia tão forte que sentia o gosto de metal na boca, como se estivesse engolindo a própria dor. Minha respiração vinha curta e rápida, quase sem oxigênio. Olhei pro John, vendo o mesmo desespero que sentia. Ele começou a chamar por Jonathan, a voz carregada de uma angústia que jamais ouvi antes.

Sem pensar, comecei a vasculhar o saguão, o olhar frenético passando por cada rosto, cada canto, cada sombra. Eu chamava pelo meu filho, a voz embargada e, ainda assim, alta o suficiente para chamar a atenção das pessoas ao redor. Meu corpo tremia, mas não podia me dar ao luxo de parar.

— John… ele estava aqui… Ele estava aqui agora!

Minha voz saiu fraca, mas cheia de um terror que eu mal conseguia controlar.

Foi então que, em meio ao tumulto e ao pânico, meus olhos buscaram a última figura que eu jamais queria ver
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