Alana ainda não sabe muito sobre a guerra, a não ser a guerra que trava todos os dias para proteger a mãe de seu pai agressor. Em meio ao caos que vive em família, ela será escolhida, juntamente com mais seis jovens, para uma missão muito importante: selar a paz entre dois reinos rivais a quase cinquenta anos: Cléris e Montelite. Para isso, ela e cada um de seus companheiros terá em posse um poderoso amuleto, que é cobiçado pelos Cavaleiros Negros, o grupo de guerreiros mais temido da região. A tarefa de proteger estes objetos mágicos será difícil e talvez a neve que cobre o chão ganhe uma nova coloração: vermelho. ( Livro escrito entre 2012 e 2015) (Não revisado. Pode conter erros de português e/ou de digitação). (Todos os direitos reservados).
Ler mais>página 118 do diário de Alana Forgari<“Diário de sangue;Um mês havia se passado desde que o pesadelo acabara.Era noite quando sentei-me na cadeira perto da escrivaninha com uma pena para escrever uma carta à rainha Victória, mesmo que ela jamais fosse ler. Pedi desculpas por amar Nathan, ( sim, eu o amo) que era seu inimigo. Pedi desculpas por ter causado tudo aquilo. Eu sabia que ela havia ordenado que Amanda fosse jogada à fogueira, mas Amanda escapara. Mesmo assim eu não conseguia ver a rainha Victória como alguém ruim. Se Amanda estivesse ali provavelmente me transformaria em uma raposa manca.Haveria um jantar no castelo de Cléris, agora Nathan era o rei. Eu não soubera mais notícias de Ulisses e Na
Divisa de Cléris e MonteliteAo voltarem para a tenda não tão aconchegante a qual abrigava seus mantimentos e roupas, Alana e Nathan encontraram somente cinzas e o único Pégasu que lhes havia restado morto. Em seu peito estavam infiltradas três flechas.-Deuses – Alana murmurou – tudo está destruído.-Vamos até o outro lado do rio – disse Nathan – Victória, Saymon e Ulisses devem estar lá a lutar.O corpo de Victória Pietroni jazia sem vida no chão enevoado da floresta. Havia uma poça de sangue embaixo de seu pescoço . Ao se aproximar Alana notou que se tratava de degolamento com alguma lâmina muito afiada As ideias mais loucas correm risco se tornarem mais sérias do que quaisquer outras ideias.Primeiramente Ulisses, Nathan e Saymon alegaram à Alana que mentir para Stefânia poderia render graves problemas, mas após não encontrarem outra saída para que não precisassem dar continuidade à guerra , ambos os três concordam em assinar tratados falsos de entrega da posse de terras e por mais incrível que pareça, rainha Victória aceitou o plano de forma mais harmoniosa possível.-Parece ser a única solução – disse Victória sentada perto à uma fogueira ao lado de uma tenda naquele mesmo dia de frio arrebatador. – Entrego o castelo e todas as terras por alguns meses, mas e depois?Grilos cantaCapítulo 25
Divisa entre Cléris e MonteliteAlana tinha coragem escondida dentro de si. Aquele aviso de Stefânia a deixara com medo, mas a verdade é que era tão corajosa quanto qualquer outro ali. O monstro do medo é criado por nós mesmos.Suas botas enlameadas de barro e de sangue de soldados mortos mostrava um passado sombrio de Cléris e Montelite. Tudo o que acontecera, inclusive a perca de memória de Nathan a havia abalado demais. Tudo estava em suas mãos.Marchando com seu exército em busca de justiça, sangue ou paz, ela liderou muito bem ao lado de rei Rick Velásquez e Victória Pietroni. Não havia Amanda, Victor fora um traidor. Só restaram-lhe Saymon , Ulisses e Nathan. Durante o caminho ela rezava para que nenhum deles fosse mais um
>Página 115<“Querido diário;Dormimos embaixo de uma cabana de capins construída por nós mesmos naquela noite, torcíamos para que não chovesse. Nathan não trocou nenhuma palavra comigo ou Ulisses depois que contei á ele que o assassino que procurávamos era o mesmo de sua mãe.-Eu não tenho idéia do que fazer para encontrar o assassino. – comentei com Saymon.Ele suspirou enquanto arrumava uma pequena fogueira ao lado da cabana.Nathan ora olhava para mim com seus grandes olhos, ora olhava para ele.No dia seguinte acordamos dispostos a ir
>Página 106<“Diário, bom dia...Foi dia de trocarmos nossas roupas comuns por roupas mais fechadas e seguras. As enormes capas de couro nos protegiam do frio, mas talvez não de sermos mortos. Jasminy mesmo nos cedeu armas maravilhosas para uma possível guerra. Havíamos analisado a profecia no mesmo dia em que a recebemos. Tratei de escrevê-la em um papel velho amarelado manchado de café para ter certeza de que não esqueceria, mesmo sabendo que era impossível esquecer, eram palavras perturbadoras demais para serem deixadas de lado. Assim que acabamos de nos vestir e arrumarmos todas nossas armas, fui até o quarto onde Nathan estava, ainda sem ter acordado. O observei, pegando em sua mão. Sabia que o tempo era curto demais e ele ainda não havia despertado.
Capítulo XXI>página 101<“Olá diárioSinto dor e fraqueza desde o dia em que separamos nosso grupo em dois. Notei que a neve caía cada vez mais, talvez por fazer dias que o sol não nascia. Tomei a iniciativa de deixá-lo sobre alguma mesa dos lugares que chegamos para dormir, afim de esquecê-lo em um quarto qualquer e não pegá-lo mais para escrever e contar do destino que estou tendo, desse sentimento de insegurança. A dias que venho a pensar nos meus irmãos mortos, nos meus pais e em tantos outros corpos que vi estirados em lagos e sobre a neve com o sangue escorrendo manchando a dignidade das cortes.Éramos eu, Nathan e Victor seguindo o mapa que eu havia recebido de Sophi
“Se manchas de sangue, na neve encontrarSe facas de prata, em corações entrarNão chores mocinha, se ninguém voltarSiga em frente com o vento a gelarMansinho assoviando a amedrontar...”Península do rio Athena, uma das fronteiras onde deságua o oceano.(Narração em páginas do diário de Alana Forgari)>Página 80<“ Inverno de 1513.Diário guerreiro ( guerreiro p
Portão central do reino de Cléris.Reverenciados por todos quando passavam, assim seguiram adentrando pelos imensos jardins do castelo. As pessoas estranhavam um lobo, mas cochichavam entre si, outras apenas olhavam sem dizer nada. Foram recebidos por um grupo de músicos que tocavam uma melodia para recebê-los com educação. Ao ouvir a música de chegada de seus companheiros, príncipe Nathan salta de uma das enormes portas para vê-los.-Peço desculpas mas infelizmente meu pai estava muito abalado. – ele diz parado em frente aos companheiros montados em seus cavalos. Saymon chega segundos depois, eufórico.-Aí está nosso novo integrante. –diz Nathan – Quem faltava entre nós.