20- Anne.

Desliguei o telefone tremendo, com o coração quase saindo pela boca e um gosto amargo na língua.

Estava desesperada.

O som de alguém entrando no posto fez meu coração disparar novamente. Quando avistei o marido da minha tia entrando, quase congelei de medo. Sem pensar, corri rapidamente para trás de algumas gôndolas, colocando o dedo sobre a boca, implorando em silêncio para que o atendente não revelasse minha presença.

— Preciso de dez litros de gasolina para a minha roçadeira — disse o marido da minha tia, sem perceber que eu estava ali, tão perto, mas, ao mesmo tempo, desesperadamente escondida.

Eu vivi minutos de puro pânico enquanto ele era atendido. Meu corpo inteiro tremia, e eu sentia que, a qualquer momento, ele poderia descobrir meu esconderijo. O som de cada palavra que ele pronunciava ecoava na minha mente como uma sentença de morte. Mas, felizmente, ele parecia alheio à minha presença.

Depois do que pareceu uma eternidade, ele saiu da loja. O alívio foi tão grande que sen
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