Verônica Ao vê-lo ali, apoiado nas muletas, dividido entre a confiança e a insegurança, senti uma mistura de surpresa e curiosidade. Como ele conseguiu subir novamente, se eu desmenti o que ele havia dito na portaria? E por que ele veio? Por que voltou depois de ter agido como um ogro e batido em seu irmão na minha frente? Eram muitas dúvidas, e infelizmente, só ele poderia me dar as respostas. Decidi, então, deixá-lo entrar.— Entre! — Eu disse, abrindo espaço para que ele pudesse passar.Assim que a porta se fechou atrás de nós, a pergunta que queimava em minha mente escapou dos meus lábios antes que eu pudesse controlá-los.— Cadu, eu já desmenti o que você disse ao porteiro, então como você conseguiu subir até aqui sem ser anunciado novamente? — Perguntei, tentando entender como ele havia conseguido driblar a segurança do prédio.Ele deu um sorriso ladino, como se soubesse que essa pergunta estava por vir.— Você não acha que precisa se vestir adequadamente ao invés de ficar des
CaduMinhas mãos deslizaram ainda mais para baixo, encontrando o contorno daquela delícia de bumbum, e vagarosamente se aventuraram por debaixo do roupão, revelando a pele macia que eu estava louco para tocar desde que cheguei aqui.Continuamos a nos beijar incansavelmente, como se fosse a única coisa que importava no mundo, porque era exatamente isso que eu sentia. Verônica havia mudado desde o nosso primeiro beijo em minha casa. Ela parecia ter se transformado em uma mulher determinada, que faz aquilo que quer, diferente da garota cautelosa que costumava ser.O desejo por ela estava me consumindo. Eu estava louco de tesão, e podia perceber o calor emanando dentre as coxas dela. Pressionei-a contra mim, transmitindo uma promessa silenciosa de prazer, e um gemido involuntário escapou de sua garganta, revelando o desejo que ela não conseguia mais ocultar. Cada célula do meu corpo parecia vibrar em sintonia com o dela, como se estivéssemos conectados em um nível mais profundo do que o f
VerônicaQuando o Cadu saiu, os sentimentos de culpa e tristeza me envolveram, deixando-me com uma certa angústia. Sua expressão abatida não saia da minha mente, me perturbando de maneira intensa, enquanto suas palavras ainda ressoavam em meus ouvidos, fazendo-me refletir sobre a dureza com a qual o tratei.Percebi que menti para Cadu, fazendo-o acreditar em palavras vazias de compaixão que eu mesma não compreendia porque havia dito. A consciência de que ele estava certo, pesava em meu peito, embora eu não quisesse admitir. No entanto, a sensação avassaladora que me atingiu quando seus lábios tomaram os meus, era inegável. Foi como se uma explosão de emoções desconhecidas se manifestasse no âmago da minha alma, uma sensação magnífica e arrebatadora que nunca experimentei com ninguém. Nem mesmo com Miguel.Recostada no sofá, me deixei envolver pela lembrança do toque suave de seus lábios em minha pele, perdendo-me na sensação de êxtase que suas carícias me provocaram. Cada movimento de
CaduHoje é a noite da festa de aniversário de Emilly, que será realizada no Peacock Court. Um dos maiores salões de festa da Califórnia.Enquanto eu me arrumava com a mente vagando entre os pensamentos do dia, meu irmão entrou no quarto, com aquele sorriso travesso no rosto.— Você teve muita sorte em ter tirado o gesso na semana passada, mano. Senão, como ia dançar e se divertir está noite?Concordei com um aceno, deixando a empolgação da noite transparecer em cada movimento, enquanto deslizava meus pés no tênis esportivo branco, criando um contraste elegante com a calça jeans ajustada e a camisa social preta. A harmonia entre o casual e o formal em minhas roupas refletia a dualidade da noite que se aproximava — uma mistura de descontração e sofisticação. Cada peça do meu visual parecia feita sob medida para aquela ocasião especial. Aquela festa significava mais do que a celebração do aniversário de Emilly; era um marco após meu acidente, o meu retorno à normalidade. Eu podia senti
CaduVerônica permaneceu em silêncio por um momento, processando minhas palavras com uma expressão indecifrável. Seus olhos transmitiam uma mistura de surpresa, curiosidade e talvez um lampejo de vulnerabilidade.— Então você… admite que está apaixonado por mim? — Ela perguntou com a voz falhando.A proximidade entre nós parecia se intensificar, a eletricidade no ar, criou uma atmosfera carregada de tensão e expectativa.— Talvez eu esteja. Talvez eu esteja completamente louco por você, Verônica. — Respondi, deixando transparecer a total sinceridade de minhas palavras. Não sei o que deu em mim.Um sorriso tímido brotou em seus lábios, revelando uma mistura de emoções que brilhavam em seus olhos. — E o que você pretende fazer a respeito disso? — Ela questionou, mostrando-se desafiadora, mas o brilho em seu olhar me deixou esperançoso.A noite parecia suspensa em um momento de possibilidades infinitas, onde o passado se dissipava e o futuro se desenhava com a promessa de uma nova histó
Verônica Minha voz saiu firme, mas minhas pernas vacilaram em cima do salto quando Cadu guardou o cigarro eletrônico no bolso e se aproximou de mim. Seus olhos sérios me fitaram com intensidade, e de forma provocante, ele umedeceu os lábios, antes de diminuir a distância entre nós, enquanto dizia:— Estou ouvindo, pode falar.Sua voz rouca e decidida, aliada à proximidade repentina, fez com que as palavras que eu planejava dizer se dissipassem da minha mente. Respirei fundo, tentando conter a ansiedade que me dominava, e decidi que era hora de ser honesta. Não havia mais como escapar daquela conversa.— Cadu, o que você quer de mim? O que pretende com tudo isso? Acha que pode brincar comigo? Que vai conseguir me iludir?Ele segurou minhas mãos suavemente e, com sinceridade em seu olhar, respondeu:— Não estou brincando, Verônica. Desde o momento que nos esbarramos pela primeira vez, algo mudou dentro de mim. E eu tentei. Juro que tentei de todas as maneiras possíveis, mas não posso m
CaduA festa terminou, e graças à insistência de Vinícius, que estava ansioso para ver Isabella, Verônica permitiu que a levassemos embora. Felizmente ele persistiu, pois quando ofereci carona, ela recusou, e optei por respeitar sua decisão. Após a conversa que tivemos, eu não queria pressioná-la.Meu irmão subiu pra ver sua namorada ou ficante, ou sei lá o que, enquanto Verônica e eu nos despedimos no elevador do saguão.— Verônica, queria te agradecer pela noite maravilhosa que tivemos a oportunidade de curtir juntos. Adorei sua companhia, e espero que essa tenha sido apenas a primeira de muitas.Ela sorriu, seus olhos brilhando com uma mistura de emoções.— Também gostei muito da noite, Cadu. Foi incrível. Você não quer subir?A proposta era tentadora, mas eu prometi a ela que iria com calma, e se eu for até aquele apartamento, não serei capaz de cumprir minha promessa. Verônica me deixou excitado durante toda a festa.— Eu adoraria, mas acho melhor não. Se eu subir, não posso gara
Cadu Ao despertar no dia seguinte, fui atraído pelo irresistível aroma do café fresco e do pão recém-assado que se espalhava pela casa. Desci as escadas em direção à mesa, onde meus pais já se encontravam presentes, desfrutando da serenidade de um domingo em família.— Bom dia, pai! Bom dia, mãe! — Cumprimentei, dando um beijo carinhoso em minha mãe, antes de me sentar ao seu lado.— Bom dia, filhão. — Meu pai respondeu, seguido pelo comprimento afetuoso de minha mãe.— Bom dia, filho! Como foi a festa ontem? Você parece mais animado.— Foi boa, mãe. Digamos que não posso reclamar. — Respondi, servindo-me de uma xícara de café puro e um pedaço de bolo, enquanto meu irmão se juntava a nós com um sorriso no rosto.— Bom dia, família! — Cumprimentou, ocupando o lugar à direita de nosso pai.Trocamos saudações animadas e então começamos a desfrutar da refeição juntos. Enquanto saboreávamos o café da manhã, meu pai quebrou o silêncio com uma pergunta direta: — Cadu, e aquela moça… a Verô