CaduDroga! A raiva fervilhava em minhas veias como um vulcão prestes a explodir, e meu coração batia em um ritmo frenético, como um tambor de guerra, declarando minha indignação. Eu ainda estava ali, imóvel no corredor do prédio, atordoado, como uma estátua de pedra incapaz de absorver o cinismo descarado daqueles dois. A fúria queimava meu peito como um incêndio incontrolável e a raiva me consumia, alimentada pela mentira de Verônica e meu irmão. Eles estavam juntos, mas haviam escondido isso de mim como se eu fosse um tolo.Em meio ao redemoinho de sentimentos negativos, eu me sentia um grande imbecil. Por que eu havia corrido atrás de Verônica, mesmo depois de todos os dias que ela passou me ignorando como se eu fosse invisível? Por que eu permiti que uma centelha de esperança surgisse em meu coração, acreditando que ela poderia ser diferente das outras? Mas não, ela era a pior de todas. Ela havia mentido olhando diretamente em meus olhos, sua falsidade era mais amarga do que a de
Cadu Vinícius permaneceu em silêncio, enquanto suas palavras dirigidas à nossa mãe ainda ressoavam em minha mente. Eu não conseguia mais ficar calado. Eu precisava dizer a ele o quanto estava decepcionado com sua deslealdade.— Então você só revidou porque eu comecei, certo? — Eu disse, chamando a atenção dele para mim. — Você sabia, Vinícius. Sabia que eu estava interessado na Verônica e mesmo assim você… — Eu engoli em seco, incapaz de completar a frase. Mas ao relembrar a cena que presenciei, a raiva superou a razão e eu explodi. — Mesmo assim você estava lá, transando com ela.Um silêncio opressivo se instalou entre nós por um momento, e a tensão se tornou quase palpável. Vinícius me olhou aparentemente furioso, e começou a falar:— Não seja ridículo, caralhø! É evidente para todos que você está interessado nela. — Ele disse, exasperado. — Você realmente acredita que eu me envolveria com a Verônica sabendo disso? Que eu seria capaz de tal traição com meu próprio irmão? Você esque
Verônica Inspirei profundamente, fechando a porta atrás de mim, marcando o fim de mais um dia gratificante de trabalho. O suave clique da fechadura se encaixando foi o único som que interrompeu o silêncio do apartamento. Deixei minha bolsa no sofá, e meus ombros finalmente relaxaram. Retirei meus sapatos e os deixei de lado, meus pés agradeceram o contato com o chão frio. Desfiz o laço apertado do meu cabelo, libertando-o do rabo de cavalo que parecia estar puxando minha cabeça para trás. Desde a noite passada, uma dor latejante insistia em martelar em minha têmpora, como se estivesse prestes a explodir a qualquer momento. Um banho quente e um analgésico era tudo que eu precisava naquele momento. E foi exatamente o que fiz.Me despi e liguei o chuveiro. Em poucos minutos o vapor começou a preencher o banheiro. Atravessei a névoa branca e me molhei. A água quente imediatamente começou a relaxar meus músculos tensos. Fechei os olhos, me permitindo sentir o prazer dos jatos escorrendo
Verônica Ao vê-lo ali, apoiado nas muletas, dividido entre a confiança e a insegurança, senti uma mistura de surpresa e curiosidade. Como ele conseguiu subir novamente, se eu desmenti o que ele havia dito na portaria? E por que ele veio? Por que voltou depois de ter agido como um ogro e batido em seu irmão na minha frente? Eram muitas dúvidas, e infelizmente, só ele poderia me dar as respostas. Decidi, então, deixá-lo entrar.— Entre! — Eu disse, abrindo espaço para que ele pudesse passar.Assim que a porta se fechou atrás de nós, a pergunta que queimava em minha mente escapou dos meus lábios antes que eu pudesse controlá-los.— Cadu, eu já desmenti o que você disse ao porteiro, então como você conseguiu subir até aqui sem ser anunciado novamente? — Perguntei, tentando entender como ele havia conseguido driblar a segurança do prédio.Ele deu um sorriso ladino, como se soubesse que essa pergunta estava por vir.— Você não acha que precisa se vestir adequadamente ao invés de ficar des
CaduMinhas mãos deslizaram ainda mais para baixo, encontrando o contorno daquela delícia de bumbum, e vagarosamente se aventuraram por debaixo do roupão, revelando a pele macia que eu estava louco para tocar desde que cheguei aqui.Continuamos a nos beijar incansavelmente, como se fosse a única coisa que importava no mundo, porque era exatamente isso que eu sentia. Verônica havia mudado desde o nosso primeiro beijo em minha casa. Ela parecia ter se transformado em uma mulher determinada, que faz aquilo que quer, diferente da garota cautelosa que costumava ser.O desejo por ela estava me consumindo. Eu estava louco de tesão, e podia perceber o calor emanando dentre as coxas dela. Pressionei-a contra mim, transmitindo uma promessa silenciosa de prazer, e um gemido involuntário escapou de sua garganta, revelando o desejo que ela não conseguia mais ocultar. Cada célula do meu corpo parecia vibrar em sintonia com o dela, como se estivéssemos conectados em um nível mais profundo do que o f
VerônicaQuando o Cadu saiu, os sentimentos de culpa e tristeza me envolveram, deixando-me com uma certa angústia. Sua expressão abatida não saia da minha mente, me perturbando de maneira intensa, enquanto suas palavras ainda ressoavam em meus ouvidos, fazendo-me refletir sobre a dureza com a qual o tratei.Percebi que menti para Cadu, fazendo-o acreditar em palavras vazias de compaixão que eu mesma não compreendia porque havia dito. A consciência de que ele estava certo, pesava em meu peito, embora eu não quisesse admitir. No entanto, a sensação avassaladora que me atingiu quando seus lábios tomaram os meus, era inegável. Foi como se uma explosão de emoções desconhecidas se manifestasse no âmago da minha alma, uma sensação magnífica e arrebatadora que nunca experimentei com ninguém. Nem mesmo com Miguel.Recostada no sofá, me deixei envolver pela lembrança do toque suave de seus lábios em minha pele, perdendo-me na sensação de êxtase que suas carícias me provocaram. Cada movimento de
CaduHoje é a noite da festa de aniversário de Emilly, que será realizada no Peacock Court. Um dos maiores salões de festa da Califórnia.Enquanto eu me arrumava com a mente vagando entre os pensamentos do dia, meu irmão entrou no quarto, com aquele sorriso travesso no rosto.— Você teve muita sorte em ter tirado o gesso na semana passada, mano. Senão, como ia dançar e se divertir está noite?Concordei com um aceno, deixando a empolgação da noite transparecer em cada movimento, enquanto deslizava meus pés no tênis esportivo branco, criando um contraste elegante com a calça jeans ajustada e a camisa social preta. A harmonia entre o casual e o formal em minhas roupas refletia a dualidade da noite que se aproximava — uma mistura de descontração e sofisticação. Cada peça do meu visual parecia feita sob medida para aquela ocasião especial. Aquela festa significava mais do que a celebração do aniversário de Emilly; era um marco após meu acidente, o meu retorno à normalidade. Eu podia senti
CaduVerônica permaneceu em silêncio por um momento, processando minhas palavras com uma expressão indecifrável. Seus olhos transmitiam uma mistura de surpresa, curiosidade e talvez um lampejo de vulnerabilidade.— Então você… admite que está apaixonado por mim? — Ela perguntou com a voz falhando.A proximidade entre nós parecia se intensificar, a eletricidade no ar, criou uma atmosfera carregada de tensão e expectativa.— Talvez eu esteja. Talvez eu esteja completamente louco por você, Verônica. — Respondi, deixando transparecer a total sinceridade de minhas palavras. Não sei o que deu em mim.Um sorriso tímido brotou em seus lábios, revelando uma mistura de emoções que brilhavam em seus olhos. — E o que você pretende fazer a respeito disso? — Ela questionou, mostrando-se desafiadora, mas o brilho em seu olhar me deixou esperançoso.A noite parecia suspensa em um momento de possibilidades infinitas, onde o passado se dissipava e o futuro se desenhava com a promessa de uma nova histó