CaduAlgumas semanas se passaram e o doutor Jorge veio me visitar e trazer o resultado dos exames que eu havia feito no consultório há alguns dias.— Bom dia, Cadu. Como você está se sentindo? — Ele perguntou, assim que entrou em meu quarto. — Louco para sair dessa cama logo, doutor. — Respondi com sinceridade.O doutor Jorge riu, meneando a cabeça, e abriu uma pasta com vários papéis e exames de imagem.— De acordo com os últimos exames, a quebradura da sua perna foi mais simples do que aparentava inicialmente. Isso foi uma grande sorte, considerando as fraturas que você sofreu nas costelas.Eu suspirei aliviado. Qualquer notícia que não envolvesse mais dor ou tempo deitado, já era uma vitória para mim.— Isso significa que você já pode começar a dar alguns passos com o apoio de muletas. Seus pais já providenciaram. Sophia vai trazê-las para você. — O médico continuou, olhando-me com um sorriso encorajador.Senti uma onda de animação percorrer meu corpo. Finalmente, um pouco de libe
CaduVerônica me olhou abruptamente, como se eu tivesse acabado de dizer o maior absurdo de todos os tempos.— O quê? De onde você tirou essa ideia, Cadu? — Ela perguntou, parecendo espantada.— Deduzi pela forma estranha como ambos estão agindo. Parece que tem algum segredo entre vocês.Ela riu, mas havia um toque de nervosismo em sua risada.— Cadu, não tem nada acontecendo entre nós. Vinícius e eu somos apenas amigos, você sabe disso.O problema é que eu não estava convencido. A conexão que eu vi entre eles parecia mais do que amizade. Havia algo mais ali, algo que eles estavam escondendo de mim. Eu me senti frustrado, como se estivessem subestimando minha capacidade de perceber as coisas, só porque eu estava há semanas trancado em meu quarto.— Verônica, tudo bem que não nos conhecemos há anos, mas eu sei identificar quando você está nervosa. Você tem a mania de colocar o cabelo atrás da orelha sempre que algo te deixa desconfortável, como fez ainda há pouco. E eu também conheço m
VerônicaEu estava sentada na sacada do apartamento, observando a noite que se estendia diante de mim. As luzes da cidade brilhavam como estrelas urbanas criando um cenário mágico e hipnotizante. Mas, apesar da beleza ao meu redor, minha mente estava perdida em pensamentos e lembranças.A brisa suave acariciava meu rosto, trazendo à tona as memórias do beijo que Cadu havia me dado. Meu coração disparou, e uma mistura de emoções avassaladoras tomou conta de mim. Aquele beijo tinha sido tão inesperado quanto intenso, tinha sido um turbilhão de sensações que me deixou desorientada. Era como se tivesse acendido uma chama dentro de mim, uma chama que eu não sabia se deveria alimentar ou tentar extinguir. As lembranças eram tão vívidas, tão palpáveis, que por um momento eu quase podia sentir o gosto dele em meus lábios novamente, mesmo que já tivessem se passado duas semanas.Fechei os olhos, revivendo aquele instante em minha mente. O toque dos lábios de Cadu nos meus, a sensação de calor e
CaduDroga! A raiva fervilhava em minhas veias como um vulcão prestes a explodir, e meu coração batia em um ritmo frenético, como um tambor de guerra, declarando minha indignação. Eu ainda estava ali, imóvel no corredor do prédio, atordoado, como uma estátua de pedra incapaz de absorver o cinismo descarado daqueles dois. A fúria queimava meu peito como um incêndio incontrolável e a raiva me consumia, alimentada pela mentira de Verônica e meu irmão. Eles estavam juntos, mas haviam escondido isso de mim como se eu fosse um tolo.Em meio ao redemoinho de sentimentos negativos, eu me sentia um grande imbecil. Por que eu havia corrido atrás de Verônica, mesmo depois de todos os dias que ela passou me ignorando como se eu fosse invisível? Por que eu permiti que uma centelha de esperança surgisse em meu coração, acreditando que ela poderia ser diferente das outras? Mas não, ela era a pior de todas. Ela havia mentido olhando diretamente em meus olhos, sua falsidade era mais amarga do que a de
Cadu Vinícius permaneceu em silêncio, enquanto suas palavras dirigidas à nossa mãe ainda ressoavam em minha mente. Eu não conseguia mais ficar calado. Eu precisava dizer a ele o quanto estava decepcionado com sua deslealdade.— Então você só revidou porque eu comecei, certo? — Eu disse, chamando a atenção dele para mim. — Você sabia, Vinícius. Sabia que eu estava interessado na Verônica e mesmo assim você… — Eu engoli em seco, incapaz de completar a frase. Mas ao relembrar a cena que presenciei, a raiva superou a razão e eu explodi. — Mesmo assim você estava lá, transando com ela.Um silêncio opressivo se instalou entre nós por um momento, e a tensão se tornou quase palpável. Vinícius me olhou aparentemente furioso, e começou a falar:— Não seja ridículo, caralhø! É evidente para todos que você está interessado nela. — Ele disse, exasperado. — Você realmente acredita que eu me envolveria com a Verônica sabendo disso? Que eu seria capaz de tal traição com meu próprio irmão? Você esque
Verônica Inspirei profundamente, fechando a porta atrás de mim, marcando o fim de mais um dia gratificante de trabalho. O suave clique da fechadura se encaixando foi o único som que interrompeu o silêncio do apartamento. Deixei minha bolsa no sofá, e meus ombros finalmente relaxaram. Retirei meus sapatos e os deixei de lado, meus pés agradeceram o contato com o chão frio. Desfiz o laço apertado do meu cabelo, libertando-o do rabo de cavalo que parecia estar puxando minha cabeça para trás. Desde a noite passada, uma dor latejante insistia em martelar em minha têmpora, como se estivesse prestes a explodir a qualquer momento. Um banho quente e um analgésico era tudo que eu precisava naquele momento. E foi exatamente o que fiz.Me despi e liguei o chuveiro. Em poucos minutos o vapor começou a preencher o banheiro. Atravessei a névoa branca e me molhei. A água quente imediatamente começou a relaxar meus músculos tensos. Fechei os olhos, me permitindo sentir o prazer dos jatos escorrendo
Verônica Ao vê-lo ali, apoiado nas muletas, dividido entre a confiança e a insegurança, senti uma mistura de surpresa e curiosidade. Como ele conseguiu subir novamente, se eu desmenti o que ele havia dito na portaria? E por que ele veio? Por que voltou depois de ter agido como um ogro e batido em seu irmão na minha frente? Eram muitas dúvidas, e infelizmente, só ele poderia me dar as respostas. Decidi, então, deixá-lo entrar.— Entre! — Eu disse, abrindo espaço para que ele pudesse passar.Assim que a porta se fechou atrás de nós, a pergunta que queimava em minha mente escapou dos meus lábios antes que eu pudesse controlá-los.— Cadu, eu já desmenti o que você disse ao porteiro, então como você conseguiu subir até aqui sem ser anunciado novamente? — Perguntei, tentando entender como ele havia conseguido driblar a segurança do prédio.Ele deu um sorriso ladino, como se soubesse que essa pergunta estava por vir.— Você não acha que precisa se vestir adequadamente ao invés de ficar des
CaduMinhas mãos deslizaram ainda mais para baixo, encontrando o contorno daquela delícia de bumbum, e vagarosamente se aventuraram por debaixo do roupão, revelando a pele macia que eu estava louco para tocar desde que cheguei aqui.Continuamos a nos beijar incansavelmente, como se fosse a única coisa que importava no mundo, porque era exatamente isso que eu sentia. Verônica havia mudado desde o nosso primeiro beijo em minha casa. Ela parecia ter se transformado em uma mulher determinada, que faz aquilo que quer, diferente da garota cautelosa que costumava ser.O desejo por ela estava me consumindo. Eu estava louco de tesão, e podia perceber o calor emanando dentre as coxas dela. Pressionei-a contra mim, transmitindo uma promessa silenciosa de prazer, e um gemido involuntário escapou de sua garganta, revelando o desejo que ela não conseguia mais ocultar. Cada célula do meu corpo parecia vibrar em sintonia com o dela, como se estivéssemos conectados em um nível mais profundo do que o f