Onde está o Pai do meu Bebê?
Onde está o Pai do meu Bebê?
Por: Mirza Haines
Prefácio

Kátia seca as lágrimas que insistem em cair, vai até o armário da cozinha e pega as chaves do carro de Mir e sai. Ela não quer voltar.

- Chega! Isso já é tortura! Eu vou embora e não volto nunca mais!!!

Assim ela aproveita que os pais e irmãos foram para a granja e coloca as três malas que trouxe no carro e sai sem destino.

Não pode ir para a casa de nenhuma tia ou primo, amigos na cidade? Esquece! Não tem mais nenhum desde que casou com aquele miserável a quatro anos e meio atrás.

Numa coisa os pais dela estão certos, eles sabiam e avisaram que ela iria sofrer, mas quem diz que seu coração apaixonado ouviu?

Ela dirige até o estacionamento do Centreventos Cau Hansen, liga o rádio para abafar o som do seu choro e deixa o desespero e a frustração tomarem conta dela e se esvaírem em lágrimas e soluços.

Em outro ponto da área central da cidade, num quarto de hotel pertencente a uma grande rede nacional, Edgard acorda tarde, já passa das duas e ele acaba de perder qualquer chance de almoçar em um restaurante, o jeito é tomar um banho e procurar um shopping, talvez ele tenha sorte caso contrário vai ter que apelar para um lanche.

- Droga! Por que tive que trabalhar tanto ontem...

Ele está entre dois shoppings, o Cidade das Flores e o Mueller, bem o Mueller faz parte de uma rede que ele já conhece e frequentou em Curitiba numa convenção. Ele então olha no celular e vê o caminho, como é perto decide ir a pé mesmo e observar um pouco da cidade em que talvez construa o Edifício Escala, o mais novo projeto da Toniolo Engenharia.

Enquanto caminha vê os cartazes convidando para a Semana Gastronômica em alguns restaurantes.

- De repente... se eu não conseguir um almoço descente eu consigo um bom jantar antes de ir pra Balneário Camboriú amanhã. Pensou alto o homem virando a esquina e já enxergando a escadaria e a escada rolante que dão acesso ao Shopping.

Não muito longe, Kátia ainda estava no estacionamento e já tendo recuperado o autocontrole percebe que não tomou sequer o café da manhã, sua cabeça dói e ela não tem certeza se é fome ou desidratação, na dúvida é melhor ir até o hipermercado que fica na mesma quadra e comprar um lanche e uma garrafa de suco.

Depois de fazer um lanche volta para o carro, ela se sente perdida e a única coisa que consegue fazer é ligar na rádio local e ouvir um pouco de música.

- Que saudade.... Mas preciso ir embora outra vez.

Nisso ela ouve a chamada para a Semana Gastronômica, e lembra de um dos seus restaurantes favoritos que fica na rua Visconde de Taunay e que participa todos os anos.

- Não tenho reserva de convite. Droga! Mas pensando bem, não tenho pra onde ir mesmo, o jeito é arriscar um pouco, o máximo que vai acontecer é eu ficar com fome.

Então ela consegue uma vaga num hotel simples e tradicional da cidade onde nasceu, lá ela coloca o celular para despertar e depois de um banho, ela dorme.

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