Minutos depois que Andréa foi embora, outro carro estaciona, dessa vez três pessoas descem e simplesmente entram portão a dentro, eram dois homens e uma mulher, um deles tirou um molho de chaves do bolso e sem sequer bater, abriu a porta e os três entraram.
Não ouvindo nenhum som, os homens se entreolharam e ficaram preocupados, indo direto ao quarto do bebê, mas de tudo o que eles podiam imaginar, jamais a cena na frente deles passou por sua cabeça.
Edgar e Kátia ainda se beijavam e sussurravam palavras ora doces ora picantes no ouvido um do outro.
- Vocês não querem ir pro outro quarto não? – Murilo falou fingindo estar
Kátia, Edgar, Ícaro e os Exilados estavam comemorando, enquanto isso, Andréa tramava uma forma de se livrar de mãe e filho, aceitando somente como variável que Ícaro sobrevivesse, mas ele seria um problema mais fácil de lidar no futuro e uma vez que os dois estivessem fora do seu caminho, ela consolaria Edgar e finalmente ficariam juntos por toda a vida. Para isso, mergulhou na internet e buscou todas as informações sobre o carro de Kátia, bem como a localização específica de cada parte sensível do automóvel. Mal o dia amanheceu, Edgar recebeu uma ligação do pai, e apesar de não ficar chocado, ainda assim ficou surpreso. A investigaçã
Andréa procurava Edgar na festa, ela queria fazer uma surpresa para ele, já que por ser uma das Diretoras da Toniolo também recebeu o convite e tinha confirmado antes de embarcar, dias atrás. Mas, por mais que procurasse não encontrou Edgar, e sim seus pais que para a surpresa dela, tinham assumido o lugar do filho, desesperada com a possibilidade de Edgar estar com Kátia, ela checou o GPS do telefone dele, percebendo que ele ainda estava em casa, ela relaxou e aproveitou a festa, estranhando somente o distanciamento incomum do casal Toniolo. Por volta das onze e meia da noite, o telefone de Paolo recebe uma chamada, ele conversava com um grupo de políticos catarinenses, entre eles, Rodrigo Lessa, que tinha causado mal-esta
Edgar já tinha avisado aos pais que dispensaria o exame de DNA, ele confiava na palavra de Kátia e entendia como as coisas tinham acontecido quando ela estava longe dele. Porém, Ícaro oficialmente já tinha um pai, então a mera declaração do casal não seria suficiente, o exame era necessário e todos os advogados consultados disseram isso. Kátia, depois de conversar com os profissionais da área jurídica, compreendeu e concordou, como o fato de Edgar ainda estar se recuperando não impedia o exame, as amostras foram colhidas e enviadas a três laboratórios diferentes, o motivo de tanta cautela, a mãe de Ícaro não entendeu.&nb
Edgar estava com Décio no posto de combustíveis, abastecendo o carro, ele ainda não podia dirigir, então o amigo atuava temporariamente como motorista, pelo menos até eles encontrarem Andréa que desde o atentado estava desaparecida. Quando uma pick-up vermelha parou ao lado dele, uma música animada saía do veículo e era tão alta que podia ser ouvida a distância, a letra chamou atenção do Edgar, fazendo ele rir, enquanto Décio batia as mãos no volante marcando o ritmo alegre e festivo. “Eu tô pensando em te deixarMinha terra a qualquer horaNão posso parar de pensarEm alguém que vive longeLonge de nós dois agora Eu tô pensando em ser felizE minha mãe quer uma noraSe eu encontrar eu volto logoE te confesso ela me disseSou o homem que ela adora Talvez esteja em Jaraguá
Edgar e Kátia, juntamente com o filho foram passar as Festas de fim de ano em São Paulo, para que assim pudessem comemorar também a regularização do nome de Ícaro, que agora usava também o sobrenome Toniolo. No dia quatro de janeiro, quando o casal já fazia planos para o retorno a Camboriú e buscava maneiras de convencer Paolo a permitir um escritório ou então encontrar alguma outra forma de Edgar continuar trabalhando e ainda assim morar em Santa Catarina com a família. Eles ainda aguardavam a resposta dos investigadores particulares que colocaram atrás de Andréa, todos os crimes praticados por ela já haviam sido descobertos e as provas seriam entregues assim que ela fosse encontrada. Não por qualquer sentimento de piedade, mas sim por autopreservação, se tudo caísse n
Carta as minhas leitoras, Primeiramente e do fundo do meu coração, muito obrigada por chegarem até aqui. Eu gostaria de dividir com vocês um pouco mais sobre o livro que acabaram de ler, onde apesar de muitos personagens serem apresentados, a trama gira ao redor do casal Kátia e Edgar. Na verdade, a ideia original era escrever apenas um conto, que ganhou o título provisório de Exilados no Paraíso, onde a história, bem mais leve, conta como os amigos se conheceram e em que termos eles passaram a confiar um no outro. Conta também a chegada de Hector a Camboriú e como um jovem que sonhava ser produtor de plantas ornamentais, vira dono da Boate Oásis. Quando terminei o conto ele tinha cerca d
Kátia seca as lágrimas que insistem em cair, vai até o armário da cozinha e pega as chaves do carro de Mir e sai. Ela não quer voltar.- Chega! Isso já é tortura! Eu vou embora e não volto nunca mais!!!Assim ela aproveita que os pais e irmãos foram para a granja e coloca as três malas que trouxe no carro e sai sem destino.Não pode ir para a casa de nenhuma tia ou primo, amigos na cidade? Esquece! Não tem mais nenhum desde que casou com aquele miserável a quatro anos e meio atrás.Numa coisa os pais dela estão certos, eles sabiam e avisaram que ela iria sofrer, mas quem diz que seu coração apaixonado ouviu?Ela dirige até o estacionamento do Centreventos Cau Hansen, liga o rádio para abafar o som do seu choro e deixa o desespero e a frustração tomarem conta dela e se esvaírem em l&aa
Uma aposta entre garçons A noite chega e a cidade aos poucos vai apresentando outros matizes, as lojas de rua e escritórios já fecharam, os estudantes já foram para suas casas e os universitários já passaram tão rápido pelas ruas que mal viram o caminho. - Ufa! Do carro do Mir eu já me livrei. Ainda bem que o Tio Walter tem esse estacionamento aqui no América, se tivesse que ir pra um bairro mais longe ia ser um saco. Olhando para o relógio ela vê que já são quase sete horas. - Hora de me arrumar um pouco e ir pro restaurante e torcer que tenha uma mesa livre. Assim ela volta para o hotel e se arruma. Ela veste uma saia lápis preta e uma blusa de alcinha de seda cinza, os cabelos cacheados naturalmente estão soltos e caem sobre os ombros, um sapato de salto, uma maquiagem leve, um anel largo no dedo anelar esquerdo e uma pulseira de prata, afinal em seu pescoço mora um relicário. Num hotel próximo, Edgard revisa os docum