Jordani dedicou sua vida ao primeiro amor, Paulo César, acreditando que ele seria seu eterno companheiro. Ele fez promessas, moveu montanhas por ela e jurou que nada os separaria. Até o dia em que a traição a esmagou. Paulo César, o homem que ela acreditava ser a sua alma gêmea, trocou-a por uma funcionária do seu próprio trabalho, deixando-a com o coração destroçado e a confiança em ruínas. Agora, em um ambiente de trabalho hostil, Jordani enfrenta Lucas, seu chefe. O homem que sempre a desprezou, que nunca escondeu seu desdém e nem tentou disfarçar a frieza com a qual a tratava. Para ele, ela era apenas uma peça qualquer em sua empresa, sem importância e sem valor. Mas o destino tem um plano inesperado: um incidente coloca os dois em uma situação de vida ou morte, forçando-os a se unir de uma forma que nenhum dos dois jamais imaginou. Com as máscaras caindo e a necessidade de confiança mútua emergindo do caos, Lucas começa a ver Jordani com outros olhos. A mulher que ele ignorava começa a se revelar uma força imparável, alguém capaz de lidar com tudo, até com a dor de um passado doloroso. E, pela primeira vez, Lucas começa a questionar tudo o que pensava sobre ela ,e sobre si mesmo. Jordani, por sua vez, luta contra os próprios sentimentos. A traição de Paulo César ainda a persegue, mas agora ela precisa decidir se consegue confiar em Lucas, o homem que sempre a desprezou, mas que agora parece ser o único capaz de curar suas feridas. O que ela não sabe é que, às vezes, o verdadeiro amor não vem de onde se espera , e o segundo amor pode ser aquele que, de fato, transforma a vida de uma vez por todas. Será possível ?
Ler maisLucas jogou a mala de Jordani no canto do quarto, passando as mãos pelos cabelos, claramente irritado.— Isso foi a pior ideia que já tivemos.Jordani cruzou os braços, recostando-se na porta.— A pior ideia foi você não ter me avisado que sua mãe poderia aparecer do nada.Ele lançou um olhar seco para ela.— Desculpa por não prever o futuro, Tempestade.Ela bufou.— Tanto faz. Como vamos lidar com isso agora?Lucas suspirou pesadamente e olhou para a cama.— Eu fico com o chão, você fica com a cama.Jordani franziu a testa.— Por que você fica com o chão?Ele riu sem humor.— Porque se eu dividir essa cama com você por uma semana, nós dois vamos enlouquecer.Ela arqueou uma sobrancelha, um sorriso de canto brincando em seus lábios.— Ah… então você acha que não conseguiria resistir a mim?Lucas se aproximou devagar, seu olhar penetrante fixo no dela.— Você quer mesmo testar essa teoria, Tempestade?O ar entre eles ficou carregado por alguns segundos, até que uma batida na porta fez
Jordani largou os talheres no prato com um barulho seco, a paciência se esgotando a cada segundo.Lucas continuava fingindo que nada estava acontecendo, mastigando calmamente, como se ela não estivesse ali, observando-o com olhos semicerrados.— Você vai mesmo continuar agindo como se nada tivesse acontecido? — ela finalmente quebrou o silêncio, cruzando os braços sobre a mesa.Lucas ergueu os olhos para ela, mastigando devagar antes de engolir.— Aconteceu algo?Jordani quase jogou a xícara de café nele.— Você sabe que sim.Ele soltou um suspiro, repousando os cotovelos sobre a mesa e entrelaçando os dedos.— Eu sei que você está fazendo uma tempestade onde não tem.O apelido disfarçado em sua resposta fez o sangue de Jordani ferver.— Você não é tão bom assim em fingir, Lucas. Você pode jogar com qualquer um, mas eu já te conheço o suficiente para saber quando está fugindo de alguma coisa.Lucas manteve a expressão impassível, mas a mandíbula dele travou por um segundo.Jordani per
A noite caiu como um véu sobre a cidade, mas dentro do apartamento de Lucas, o ambiente estava longe de ser tranquilo. O jantar tenso ainda pesava no ar, e o álcool corria quente pelas veias de Jordani e Lucas. Eles tinham bebido mais do que o necessário, talvez como uma forma inconsciente de escapar da realidade.— Eu nunca vi você tão calado… — Jordani murmurou, recostando-se no sofá, os olhos levemente desfocados.Lucas a observou, os lábios curvados em um sorriso preguiçoso. Ele estava sentado à sua frente, o copo ainda em mãos, girando o líquido âmbar lentamente.— Estou apenas apreciando a cena… — Ele inclinou a cabeça para o lado. — Você toda relaxada assim… Um pouco perigoso, não acha?Jordani soltou uma risada curta, mas algo no tom dele fez sua pele arrepiar.— Perigoso por quê?Lucas apoiou os cotovelos nos joelhos, seu olhar se tornando mais intenso.— Porque, se eu não soubesse que você gosta de jogar d
Na manhã seguinte, Jordani estava determinada a ignorar os acontecimentos da noite anterior. Ela venceu, e isso era o suficiente. Lucas que lidasse com o próprio orgulho ferido.Mas ao chegar ao trabalho, percebeu que ele não pretendia facilitar as coisas.O primeiro indício veio na sala de reuniões. Enquanto apresentava um relatório para a equipe, Jordani sentiu o olhar de Lucas queimando sobre ela. Ele não desviou nem por um segundo, um pequeno sorriso de canto dançando em seus lábios, como se soubesse exatamente o que estava fazendo.Foi pior quando ele se inclinou sobre a mesa, os olhos fixos nela, e disse:— Seu desempenho ontem à noite foi impressionante, Jordani. Mas ainda quero ver até onde você consegue ir.O tom de voz dele era casual, mas a intenção por trás das palavras era óbvia. O rosto de Jordani esquentou imediatamente.Os outros na sala não suspeitaram de nada, mas ela sabia. E Lucas sabia que ela sabia.
Quando Jordani chegou em casa naquela noite, já sabia que não poderia mais adiar a decisão. A pressão que ela sentia de Lucas, o que estava em jogo entre eles, e as palavras de Paulo a perseguindo, a deixaram sem escolhas. Ela precisava seguir em frente, e o que isso significava, ela ainda não tinha certeza.A ideia de morar com Lucas era assustadora, mas ao mesmo tempo, algo dentro dela estava disposta a ceder, a testar seus limites, a ver até onde aquilo iria levá-la.Então, naquela noite, ela pegou o celular e mandou uma mensagem curta para Lucas:“Eu aceito. Quando começamos?”A resposta de Lucas foi instantânea:“Ótimo. Te espero em casa amanhã.”O que parecia ser uma escolha simples se transformava, na realidade, em uma decisão que mudaria a dinâmica deles para sempre.No dia seguinte, ao chegar na casa de Lucas, Jordani estava nervosa. A casa dele era diferente da dela, mais moderna e com uma decoração sóbria
Jordani estava sentada em sua mesa, mergulhada em relatórios. O som das teclas do computador era a única coisa que conseguia focar. Até que a porta do seu escritório se abriu, e a presença de Lucas invadiu o espaço. Ele entrou sem bater, como se fosse dono do lugar, e se acomodou na cadeira à frente da dela, com aquele sorriso de quem já sabia que iria tirar a paz dela.— Tempestade — ele começou, chamando-a pelo apelido que já começava a dar calafrios na espinha dela. — Preciso que você prepare um relatório mais detalhado sobre o projeto X até o final do dia.Ela levantou os olhos, um tanto desconcertada. Desde que assinaram o contrato, ele parecia mais confiante, mais provocador, e o jeito como se aproximava dela, sempre com aquele ar de superioridade, fazia com que ela se sentisse fora de controle.— Não é muito tarde para pedir isso, Lucas? — ela questionou, tentando manter a postura profissional.Ele sorriu ainda mais, fazendo questão de
O ambiente estava carregado de uma tensão palpável. O silêncio entre os dois parecia pesar mais a cada segundo que passava. Lucas estava sentado em sua cadeira, seus olhos fixos nela, como se estivesse esperando por algo. Jordani, por outro lado, estava ao lado da mesa, sentindo o peso da situação. O que aconteceu entre eles na noite anterior ainda estava fresco em sua mente, e a confusão sobre o que exatamente aquilo significava a estava consumindo. Ela sabia que estava se envolvendo em algo perigoso, mas, de alguma forma, não conseguia se afastar. — Você sabe o que aconteceu entre nós ontem, Jordani — Lucas falou, quebrando o silêncio. A voz dele estava mais séria do que nunca, mas havia algo mais ali. Um desafio, talvez? Ou um convite para entrar em um jogo que ela ainda não entendia completamente. Ela o olhou, sem saber como reagir. A lembrança da noite quente ainda a fazia tremer, e ela se perguntava até onde aquilo poderia ir. Ela não queria ser controlada, mas, por alguma ra
No trabalho – O clima estranho O ambiente na empresa parecia ainda mais tenso do que o normal naquela manhã. Jordani tentava se concentrar no seu computador, mas a lembrança do que aconteceu na noite passada a assombrava. O beijo, a intensidade, a marca que Lucas deixou em seu pescoço… Cada vez que ela se lembrava disso, seu corpo aquecia, e ela lutava para não deixar isso transparecer. Mas, por mais que ela tentasse se concentrar no trabalho, havia algo que ela não conseguia ignorar: a presença de Lucas. Ele estava mais distante do que nunca, sua postura fechada, e seus olhares cruzando com os dela de maneira intensa, como se esperasse uma reação, mas, ao mesmo tempo, a evitava. Ela não sabia o que fazer com isso, nem o que ele esperava dela. A porta da sala de Lucas se abriu, e, por um momento, a respiração de Jordani ficou suspensa. Ele entrou sem dizer uma palavra, mas seu olhar pesado se fixou nela. Ela sentiu o peso daquele olhar e tentou se manter firme, mas o coração b
O beijo entre Jordani e Lucas era tudo, e ao mesmo tempo nada do que ela havia imaginado. A mistura de álcool, desejo reprimido e frustração os consumia de maneira intensa e voraz. O toque dele, ardente, percorreu a pele dela com a mesma intensidade com que ele a beijava. A sensação de estar sendo devorada por ele fez seu coração bater mais rápido.Lucas a puxou para mais perto, o corpo deles se encostando de maneira que Jordani sentiu a temperatura aumentar. O toque das mãos dele, que antes eram firmes e controladores, agora estavam mais soltas, mais exigentes. Ele deslizou uma das mãos para sua cintura, fazendo-a arquear o corpo de encontro ao dele.— Você me provocou a noite toda — ele murmurou contra seus lábios, a voz rouca e baixa, que fez a respiração dela falhar. — Agora vai ter que lidar com isso.Jordani sentiu um arrepio ao ouvir aquelas palavras. Sua mente dizia que era um erro, mas o corpo não obedecia. O desejo estava mais forte que qual