Capítulo 44

EZRA D'ARTAGNAN

A manhã estava gelada, e a neve se acumulava ao redor dos meus pés enquanto eu observava o cenário à minha frente. O porto de embarcação, normalmente um lugar de atividade incessante, estava quase deserto, exceto por mim, pelos cinco homens ajoelhados e amarrados no chão, e pelos atiradores posicionados atrás de cada um deles. O vento cortante trazia consigo o cheiro salgado do mar misturado ao odor metálico de sangue, ainda fresco de algum outro infortúnio. Meu humor, que já não era dos melhores, apenas piorava a cada segundo.

Puxei o cigarro dos lábios e deixei que a fumaça saísse devagar, formando uma nuvem diante de mim.

O calor que ele proporcionava era ínfimo, mas suficiente para me manter focado. O desaparecimento dos contêineres era um problema que não tolerava erros, e aqueles homens ajoelhados à minha frente eram o ponto de partida para resolver essa situação. Meu olhar os percorreu, observando cada um deles com a paciência de um predador prestes a atacar.

A
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