— Não se preocupe, Alonzo, é só paixão, como você mesmo disse. Algo que a gente supera rápido. - tentei ser convincente — Só basta encontrarmos um outro alguém para preencher o espaço vazio, e a gente querer realmente.— Será mesmo, Alessia? - indagou — Porque eu levei nove anos para superar outro alguém.O olhei surpresa e impressionada ao mesmo tempo.— Uau,.. e quem o ajudou a supera- lá?— Você. - respondeu sem hesitar — Por você eu senti e sinto, algo bem mais forte e intenso, do que eu sentia por ela. É por sua causa que desisti do plano do meu pai. - suspirou profundamente — É por sua causa que pela primeira vez eu não fiz o que o meu pai me ordenou.Seus olhos, sua voz, me transmitiam sinceridade, tanto que fiquei sem reação, sem palavras, mas até onde eu já sabia, ele era filho de um mafioso rival do meu pai, e que para piorar, ele estava atrás de informações que na cabeça dele eu as tinha.Então como eu iria confiar nele?!Como ter certeza que não era uma tática dele para co
— Alonzo, está acordado? - insisti nas batidas — Preciso falar com você.Ao escutar a voz masculina e grossa, reconheci que era do Vincenzo.Arregalei meus olhos enquanto olhava para o Alonzo.— E agora, é o seu irmão?! - disse num sussurro.Ele fez um sinal rapidamente para mim ficar em silêncio levando o dedo indicador à sua boca.Shhh...Eu, então, acenei com a cabeça em concordância.— Alonzo, eu sei que você está aí. - disse afirmando — A empregada me disse que as mulheres que você chamou para cá, já se foram a quase uma hora. Então, abri logo essa porta porque eu tenho um recado do nosso pai para você.Mesmo o Vincenzo dizendo que era um recado do pai dele, ele continua no mesmo lugar.Ele não parecia não se importar se era algo importante ou não.— Anda Alonzo, abri logo essa p****. - insistiu mais uma vez batendo na porta.Sentindo- se frustado e incomodado com a bateção na porta, ele fechou os olhos e suspirou fundo antes de finalmente responder ao irmão.— Já vou abrir Vince
Assim que entrei no quarto e fechei a porta, que fui me lembrar que estava sem o meu celular.— Que m****, esqueci de pedir meu celular para o Alonzo. Como eu vou mandar mensagem para a Elisa?!Eu sabia que era arriscado eu voltar no quarto do Alonzo e o Vicenzo acabar me vendo lá, mas eu precisava do meu celular.— Arriscado ou não, eu vou voltar lá.Sem tirar a mochila das costas, eu voltei ao quarto do Alonzo.Toc.. Toc.. Toc..— Quem é? - disse num tom bravo.— Eu, Alonzo. - respondi meio baixo.Nem precisei insistir nas batidas, ele rapidamente abriu a porta para mim.— Não consegue ficar longe de mim, não é flor? - sorriu convencidamente.— Eu até queria muito alimentar o seu ego, bebê, mas infelizmente eu só vim para te pedir o meu celular de volta.Ele me olhou descepcionado.— Entra, eu vou pegar para você.Ele, então, abriu mais a porta e eu entrei.— O que você estava fazendo? - perguntei curiosa.— Você quer mesmo saber? - me olhou ansioso pela minha resposta.— Sim. - res
— Bom, não é que eu queira estragar o clima entre vocês dois, mas eu gostaria muito de tomar um banho, então será que você poderia me emprestar uma roupa sua, Vincenzo? - disse com jeitinho — Eu sei que irá ficar enorme em mim, mas é minha única opção, não é?— Eh, vai ficar um tanto grande sim, mas te empresto com todo o prazer. - deu um sorriso meigo — Eu vou lá no closet pegar para você.Segurou na cintura da Elisa, a colocou de pé ao seu lado, se levantou e foi em direção ao closet.— ok, obrigada. Eu e a Elisa, piscamos de canto de olho uma para a outra, enquanto olhávamos ele entrar no closet para pegar a roupa. Foi coisa de dois minutos para ele voltar com um conjunto de moletom preto com pouco detalhes em branco na mão e entregar para mim.— Prontinho, toma. - entregou- me — E não precisa me devolver, ok?— Ok, valeu.— Não tem de que.Ficamos nos olhando por alguns segundos até a Elisa se tocar que era a vez dela, fazer a parte dela.— Bem, enquanto você toma banho Alessia,
Depois de 3/4 km mais ou menos, parei em frente a delegacia.A Elisa desceu primeiro da moto e eu depois dela.— Alessia, o que fazemos aqui? - olhou-me assustada, apavorada.— Como o que fazemos aqui?! Eu vim saber como estão as investigações sobre o assassinato da minha mãe, quando irão liberar o corpo dela para eu poder enterrar.— Alessia, nós temos que sair daqui agora mesmo. - disse num tom firme.Com isso, ela me deixou muito confusa e preocupada.— Porque? - indaguei.— Primeiro me deixa tirar você daqui, aí eu te explico com mais calma. - esticou a mão pedindo a chave da moto.Relutante eu entreguei a chave para ela e mais que depressa ela subiu na moto.— Anda, vamos. — Ok. Subi na moto, sentando- me atrás dela.Desta vez eu era o passageiro.— Lisa, onde vamos?— Agora quem diz para esperar para ver, sou eu. - riu.Com isso, ela acelerou e saiu cantando pneu.— Ei, não se esqueça que estou aqui atrás. - gritei.— Ei, lembre-se que a minutos atrás eu estava aí. - riu.Perc
Ao nos aproximarmos de minha casa avistamos o carro do Alonzo parado em frente a ela.A Elisa freou a moto na mesma hora.— E agora Elisa, o que faremos? - perguntei preocupada com o que poderia acontecer — Ele deve estar muito bravo porque pegamos a moto dele escondido, ou melhor, ele deve estar achando que roubamos ela.— Não se preocupe Alessia, eu tive uma ideia. - me olhou com um olhar travesso.— Uma ideia? - perguntei franzindo as sobrancelhas — E, qual é?— É o seguinte, você dá um jeito de se esconder para que ninguém a veja, enquanto isso eu vou até lá, e vou dizer que eu peguei a moto dele para levá- la até a rodoviária. — Não, de jeito nenhum, Lisa. - me neguei a aceitar — Você não vai ficar com a culpa toda para você, afinal a ideia foi minha.— Eu sei que a ideia foi sua, mas conhecendo um pouco dele como eu conheço, ele não vai ter coragem de fazer nada comigo, já com você!!. — franziu as sobrancelhas — Então vai por mim, a minha ideia vai dar certo. - disse otimista.
- Além de roubar a minha moto, você ainda se atreve a me desafiar? - indagou num tom dominador.Dei preferência em sorrir provocante, ao invés de responder com palavras.- Hum, então a minha presa está querendo colocar as garras para fora?! - molhou seus lábios e em seguida mordeu o lábio inferior.Pelo seu olhar, eu sabia que desta vez seria bem mais quente, bem mais intenso e bem mais selvagem do que da última vez.Algo marcante na vida de ambos.Com minhas pernas sobre seus ombros, ele segurou em minhas virilhas e puxou-me para a beirada da mesa, fazendo minha bunda ficar coisa de 3/4 dedos para fora dela.- Aí... Alonzo!! - gritei ao ser puxada de repente.Ele me olhou misteriosamente, colocou a mão no bolso, tirou algo de dentro, e em seguida mostrou para mim.- Um esqueiro? - indaguei com as sobrancelhas franzidas.Sem falar nada, ele o acendeu com um toque e o jogou na porta da cozinha.Ao mesmo tempo que o fogo entrou em ação, o amiguinho inseparável dele, também.Encaixando-
Depois de alguns minutos olhando pela janela da perua, percebi que não estávamos indo em direção a estação de trem, e sim a saída da cidade.O que me deixou bem surpresa.— Elisa, não era para estarmos indo em direção à estação de trem? Ela, então, virou-se para mim com um sorriso travesso.— Era, era sim, se nós fossemos péssimos amigos e fossemos deixá-la ir sozinha, mas como não somos. - jogou o braço por cima do meu ombro — Nós vamos com você aonde você for.— Sério Lisa? - Eu a olhei sem acreditar — Mas vocês têm uma vida aqui, a casa de vocês, o trabalho, os amigos, eu não posso deixar que vocês deixem tudo isso para trás por minha causa.— Não se preocupe Ale, nossa casa será bem cuidada por um casal de amigos do meu irmão, o trabalho a gente pediu a conta hoje mesmo, e os amigos? Se forem amigos verdadeiros, eles vão sempre poder contar com a gente assim como a gente vai sempre poder contar com eles, mesmo se não estivermos por perto, você não acha? — É, verdade. - concordo.