— Alonzo, está acordado? - insisti nas batidas — Preciso falar com você.Ao escutar a voz masculina e grossa, reconheci que era do Vincenzo.Arregalei meus olhos enquanto olhava para o Alonzo.— E agora, é o seu irmão?! - disse num sussurro.Ele fez um sinal rapidamente para mim ficar em silêncio levando o dedo indicador à sua boca.Shhh...Eu, então, acenei com a cabeça em concordância.— Alonzo, eu sei que você está aí. - disse afirmando — A empregada me disse que as mulheres que você chamou para cá, já se foram a quase uma hora. Então, abri logo essa porta porque eu tenho um recado do nosso pai para você.Mesmo o Vincenzo dizendo que era um recado do pai dele, ele continua no mesmo lugar.Ele não parecia não se importar se era algo importante ou não.— Anda Alonzo, abri logo essa p****. - insistiu mais uma vez batendo na porta.Sentindo- se frustado e incomodado com a bateção na porta, ele fechou os olhos e suspirou fundo antes de finalmente responder ao irmão.— Já vou abrir Vince
Assim que entrei no quarto e fechei a porta, que fui me lembrar que estava sem o meu celular.— Que m****, esqueci de pedir meu celular para o Alonzo. Como eu vou mandar mensagem para a Elisa?!Eu sabia que era arriscado eu voltar no quarto do Alonzo e o Vicenzo acabar me vendo lá, mas eu precisava do meu celular.— Arriscado ou não, eu vou voltar lá.Sem tirar a mochila das costas, eu voltei ao quarto do Alonzo.Toc.. Toc.. Toc..— Quem é? - disse num tom bravo.— Eu, Alonzo. - respondi meio baixo.Nem precisei insistir nas batidas, ele rapidamente abriu a porta para mim.— Não consegue ficar longe de mim, não é flor? - sorriu convencidamente.— Eu até queria muito alimentar o seu ego, bebê, mas infelizmente eu só vim para te pedir o meu celular de volta.Ele me olhou descepcionado.— Entra, eu vou pegar para você.Ele, então, abriu mais a porta e eu entrei.— O que você estava fazendo? - perguntei curiosa.— Você quer mesmo saber? - me olhou ansioso pela minha resposta.— Sim. - res
— Bom, não é que eu queira estragar o clima entre vocês dois, mas eu gostaria muito de tomar um banho, então será que você poderia me emprestar uma roupa sua, Vincenzo? - disse com jeitinho — Eu sei que irá ficar enorme em mim, mas é minha única opção, não é?— Eh, vai ficar um tanto grande sim, mas te empresto com todo o prazer. - deu um sorriso meigo — Eu vou lá no closet pegar para você.Segurou na cintura da Elisa, a colocou de pé ao seu lado, se levantou e foi em direção ao closet.— ok, obrigada. Eu e a Elisa, piscamos de canto de olho uma para a outra, enquanto olhávamos ele entrar no closet para pegar a roupa. Foi coisa de dois minutos para ele voltar com um conjunto de moletom preto com pouco detalhes em branco na mão e entregar para mim.— Prontinho, toma. - entregou- me — E não precisa me devolver, ok?— Ok, valeu.— Não tem de que.Ficamos nos olhando por alguns segundos até a Elisa se tocar que era a vez dela, fazer a parte dela.— Bem, enquanto você toma banho Alessia,
Depois de 3/4 km mais ou menos, parei em frente a delegacia.A Elisa desceu primeiro da moto e eu depois dela.— Alessia, o que fazemos aqui? - olhou-me assustada, apavorada.— Como o que fazemos aqui?! Eu vim saber como estão as investigações sobre o assassinato da minha mãe, quando irão liberar o corpo dela para eu poder enterrar.— Alessia, nós temos que sair daqui agora mesmo. - disse num tom firme.Com isso, ela me deixou muito confusa e preocupada.— Porque? - indaguei.— Primeiro me deixa tirar você daqui, aí eu te explico com mais calma. - esticou a mão pedindo a chave da moto.Relutante eu entreguei a chave para ela e mais que depressa ela subiu na moto.— Anda, vamos. — Ok. Subi na moto, sentando- me atrás dela.Desta vez eu era o passageiro.— Lisa, onde vamos?— Agora quem diz para esperar para ver, sou eu. - riu.Com isso, ela acelerou e saiu cantando pneu.— Ei, não se esqueça que estou aqui atrás. - gritei.— Ei, lembre-se que a minutos atrás eu estava aí. - riu.Perc
Ao nos aproximarmos de minha casa avistamos o carro do Alonzo parado em frente a ela.A Elisa freou a moto na mesma hora.— E agora Elisa, o que faremos? - perguntei preocupada com o que poderia acontecer — Ele deve estar muito bravo porque pegamos a moto dele escondido, ou melhor, ele deve estar achando que roubamos ela.— Não se preocupe Alessia, eu tive uma ideia. - me olhou com um olhar travesso.— Uma ideia? - perguntei franzindo as sobrancelhas — E, qual é?— É o seguinte, você dá um jeito de se esconder para que ninguém a veja, enquanto isso eu vou até lá, e vou dizer que eu peguei a moto dele para levá- la até a rodoviária. — Não, de jeito nenhum, Lisa. - me neguei a aceitar — Você não vai ficar com a culpa toda para você, afinal a ideia foi minha.— Eu sei que a ideia foi sua, mas conhecendo um pouco dele como eu conheço, ele não vai ter coragem de fazer nada comigo, já com você!!. — franziu as sobrancelhas — Então vai por mim, a minha ideia vai dar certo. - disse otimista.
- Além de roubar a minha moto, você ainda se atreve a me desafiar? - indagou num tom dominador.Dei preferência em sorrir provocante, ao invés de responder com palavras.- Hum, então a minha presa está querendo colocar as garras para fora?! - molhou seus lábios e em seguida mordeu o lábio inferior.Pelo seu olhar, eu sabia que desta vez seria bem mais quente, bem mais intenso e bem mais selvagem do que da última vez.Algo marcante na vida de ambos.Com minhas pernas sobre seus ombros, ele segurou em minhas virilhas e puxou-me para a beirada da mesa, fazendo minha bunda ficar coisa de 3/4 dedos para fora dela.- Aí... Alonzo!! - gritei ao ser puxada de repente.Ele me olhou misteriosamente, colocou a mão no bolso, tirou algo de dentro, e em seguida mostrou para mim.- Um esqueiro? - indaguei com as sobrancelhas franzidas.Sem falar nada, ele o acendeu com um toque e o jogou na porta da cozinha.Ao mesmo tempo que o fogo entrou em ação, o amiguinho inseparável dele, também.Encaixando-
Depois de alguns minutos olhando pela janela da perua, percebi que não estávamos indo em direção a estação de trem, e sim a saída da cidade.O que me deixou bem surpresa.— Elisa, não era para estarmos indo em direção à estação de trem? Ela, então, virou-se para mim com um sorriso travesso.— Era, era sim, se nós fossemos péssimos amigos e fossemos deixá-la ir sozinha, mas como não somos. - jogou o braço por cima do meu ombro — Nós vamos com você aonde você for.— Sério Lisa? - Eu a olhei sem acreditar — Mas vocês têm uma vida aqui, a casa de vocês, o trabalho, os amigos, eu não posso deixar que vocês deixem tudo isso para trás por minha causa.— Não se preocupe Ale, nossa casa será bem cuidada por um casal de amigos do meu irmão, o trabalho a gente pediu a conta hoje mesmo, e os amigos? Se forem amigos verdadeiros, eles vão sempre poder contar com a gente assim como a gente vai sempre poder contar com eles, mesmo se não estivermos por perto, você não acha? — É, verdade. - concordo.
— Alessia, você já sabe para que lugar vamos? - perguntou-me depois de horas de silêncio — Precisamos saber para poder traçar uma rota mais rápida.— Bem, eu preciso muito ir a Castelvetrano, Fabrizio.— Ok. - sorriu para mim pelo espelho retrovisor — Castelvetrano, então.— E onde ficaremos lá, Ale? - perguntou-me curiosa — Por acaso seria onde eu estou pensando?— Sim, nós ficaremos no apartamento que minha mãe tem lá e deixou para mim. - afirmei — Aquele que ela mencionou na carta.— Nossa, sério mesmo? - perguntou empolgada.— Sim, sério. - confirmei.— Legal.Ela toma um gole de água.— Ale, eu estava pensando. - olhou- me atentamente — Porque será que ela nunca te disse sobre ele?— Não sei, Lisa. Eu também gostaria muito de saber, mas agora acho que isso será totalmente impossível.— Sim, verdade. - concordou.Desta vez eu tomo um gole de água.— E você tem o endereço do apartamento?!— Sim, claro.— Beleza, assim não precisaremos gastar com hotel, nem precisaremos ficar dormin