Depois de alguns minutos olhando pela janela da perua, percebi que não estávamos indo em direção a estação de trem, e sim a saída da cidade.O que me deixou bem surpresa.— Elisa, não era para estarmos indo em direção à estação de trem? Ela, então, virou-se para mim com um sorriso travesso.— Era, era sim, se nós fossemos péssimos amigos e fossemos deixá-la ir sozinha, mas como não somos. - jogou o braço por cima do meu ombro — Nós vamos com você aonde você for.— Sério Lisa? - Eu a olhei sem acreditar — Mas vocês têm uma vida aqui, a casa de vocês, o trabalho, os amigos, eu não posso deixar que vocês deixem tudo isso para trás por minha causa.— Não se preocupe Ale, nossa casa será bem cuidada por um casal de amigos do meu irmão, o trabalho a gente pediu a conta hoje mesmo, e os amigos? Se forem amigos verdadeiros, eles vão sempre poder contar com a gente assim como a gente vai sempre poder contar com eles, mesmo se não estivermos por perto, você não acha? — É, verdade. - concordo.
— Alessia, você já sabe para que lugar vamos? - perguntou-me depois de horas de silêncio — Precisamos saber para poder traçar uma rota mais rápida.— Bem, eu preciso muito ir a Castelvetrano, Fabrizio.— Ok. - sorriu para mim pelo espelho retrovisor — Castelvetrano, então.— E onde ficaremos lá, Ale? - perguntou-me curiosa — Por acaso seria onde eu estou pensando?— Sim, nós ficaremos no apartamento que minha mãe tem lá e deixou para mim. - afirmei — Aquele que ela mencionou na carta.— Nossa, sério mesmo? - perguntou empolgada.— Sim, sério. - confirmei.— Legal.Ela toma um gole de água.— Ale, eu estava pensando. - olhou- me atentamente — Porque será que ela nunca te disse sobre ele?— Não sei, Lisa. Eu também gostaria muito de saber, mas agora acho que isso será totalmente impossível.— Sim, verdade. - concordou.Desta vez eu tomo um gole de água.— E você tem o endereço do apartamento?!— Sim, claro.— Beleza, assim não precisaremos gastar com hotel, nem precisaremos ficar dormin
Já do lado de fora da perua, olhei para o lugar em si e a sua localização.— É um lugar bem pitoresco, vocês não acham?— É, um pouco, mas eu gostei do lugar. - disse Elisa empolgadamente enquanto pegava sua mochila.— Eu também achei da hora. - completou Fabrizio pegando sua mochila e a minha.Um gesto que eu gostei muito, mas que não achei nescessário.— Não precisa Fabrizio, pode deixar que eu levo.— Eu insisto. -- sorriu para mim. — Quero treinar o meu cavalheirismo com uma bela mulher como você.— Ahm, ok, obrigada. - disse meio sem jeito.Ele ficou me fitando fixamente.— Em qual andar é, Ale? - perguntou-me Elisa tentando quebrar o clima um pouco tenso.— No último. - respondi rapidamente.— Ah, legal, a vista deve ser maravilhosa lá de cima.— Eh, eu creio que sim. - disse otimista.— Então, bora conhecer o seu novo apartamento?— Bora lá.Entramos no prédio, subimos até o último andar e fomos até o apartamento 101.— Bem, se o prédio é pitoresco, não reparem no apê galera.—
— Calma, Alessia. - pegou a toalha e esticou o braço, entregando- a para mim — Eu falei brincando.Peguei a toalha bruscamente da mão dele e me enrolei nela.— Brincando? - indaguei irritada — Que tipo de brincadeira é essa, Fabrizio?— Eu não sabia que você estava no banheiro. - tentou explicar- se — Por isso abri a porta.— Como você não sabia? - o olhei estressada.— Eu estava com o fone de ouvido, escutando música,.. - mostrou o fone no ombro — ..por isso não ouvi o barulho do chuveiro ligado.Suspirei fundo tentando diminuir o estresse.— Eu vi a porta do quarto onde minha irmã vai dormir, fechada, então tirei o fone rapidamente e a ouvi conversando com alguém, então, eu presumi que fosse com você.Mesmo ele me explicando, mesmo eu sentindo que talvez ele estava sendo sincero comigo, ainda me custava querer acreditar.— Eu juro, se eu soubesse que você estava aqui dentro, eu jamais teria aberto essa porta. - cruzou os dedos e os beijou — Se bem que a culpa é sua.— Minha culpa, s
A nossa sorte é que apesar do prédio ser pitoresco, havia um elevador.— Cara, já imaginou se tivessemos que subir com tudo isso de escada?! - disse segurando metade das sacolas — Eu ia ter que ficar de molho por dois dias na cama.— E eu! - seguiu o ritmo — Ia ter que tomar banho de paninho. KkkDescemos do elevador e seguimos pelo corredor até o apartamento.— A gente devia ter ligado para o meu irmão esperar a gente lá em baixo.— Sim, deveríamos, mas agora não adianta mais, já estamos aqui em cima.Estávamos chegando quase perto do apartamento quando vi dois caras estranhos, de terno preto, entrando em um apartamento ao lado do meu.O olhar deles em mim, ao me ver, fez meu corpo inteiro se arrepiar e uma sensação horrível se instalar em mim..." Meu Deus, que sensação horrível.Abri a porta rapidamente e entramos.— Alessia, você percebeu o olhar daqueles cara em você? - indagou — Estranho não é?— Sim, muito. - respondi ainda sentindo uma sensação ruim dentro de mim — Senti um pr
Pense, pensei, pensei, mas nada veio a minha cabeça.Eu, então, decidi voltar para a janela..." Quem sabe a pessoa resolva dar as caras.Me debrucei na janela e comecei a olhar para o pequeno movimento na rua, e foi quando vi os dois caras estranhos saírem do edifício com um homem bem mais velho do que eles.Ele também usava um terno escuro e fumava um charuto.Os cara estavam cada um de um lado do homem, como se fossem seguranças particulares, sei lá.De onde eu estava, eu não conseguia ver o rosto do tal homem.Um deles abriu a porta de trás de um belo e caríssimo Mercedes Benz preto, para o homem entrar, fechou e em seguida os dois entraram na parte do motorista e do passageiro.Levaram apenas alguns segundos para saírem com o carro.- Quem será esses homens? - indaguei a mim mesmo encucada - Bom, com certeza o mais velho deve ser o chefe deles. - sussurrei para mim mesmo enquanto via o carro se distanciar numa velocidade baixa - E pelo jeito deles, não são pessoas boas. - suspire
Depois de pensar e repensar, respirei fundo, o olhei fixamente e dei a minha resposta.— Fabrizio, eu sei que você está apaixonado por mim há anos, mas também sei que acabei de descobrir, e é algo que eu ainda não assimilei totalmente, entende? - segurei em seu rosto delicadamente com a mão direita enquanto ele me olhava atentamente — Não vou mentir para você.. eu também estou com muito tesão, só de me imaginar transando com você, mas infelizmente, eu não acho certo nós fazer isso, só para aliviar essa excitação que estamos sentindo agora. - suspirei profundamente — Eu gosto muito de você e não quero estragar a nossa amizade de anos, só por alguns minutos de prazer.Mesmo com tudo que eu já havia dito, ele ainda continuou calado, apenas me olhando e escutando atentamente.— Eu espero muito, muito mesmo, que você não me ignore e nem se afaste de mim, só por eu decidir pela opção 4, porque isso me machucaria muito. - disse olhando em seus olhos — Se escolhi por essa opção, é porque eu a
— Esse primeiro papel é uma escritura de uma mansão do senhor *Nicolai De Luca*, na cidade de Milão, mas que foi passada para o nome da minha mãe?! - olho confusa — Quando ela conheceu o pai do Alonzo, e porque uma de suas mansões está no nome dela?Isso era algo que não fazia nenhum sentido para mim.— Será que é por esse motivo que o Alonzo estava atrás de mim, por esse motivo que ele se aproximou de mim? - mordi várias vezes o canto do meu lábio — Por causa dessa droga de escritura?!Comecei a me sentir frustada e descepcionada.— Se bem que.. mesmo se esse foi o real motivo dele ter se aproximado de mim, foi em vão, porque agora minha mãe está morta e automaticamente a mansão agora é minha. Então.. vai depender de mim, querer devolver para ele.Com isso, sinto algo prazeroso e satisfatório dentro de mim.— Já esse segundo papel é uma apólice de seguro de vida, no verdadeiro nome da minha mãe *Rebecca Moretti*, e o assegurado a receber se algo acontecesse com ela é *Matteo Alexandr