Depois de 3/4 km mais ou menos, parei em frente a delegacia.A Elisa desceu primeiro da moto e eu depois dela.— Alessia, o que fazemos aqui? - olhou-me assustada, apavorada.— Como o que fazemos aqui?! Eu vim saber como estão as investigações sobre o assassinato da minha mãe, quando irão liberar o corpo dela para eu poder enterrar.— Alessia, nós temos que sair daqui agora mesmo. - disse num tom firme.Com isso, ela me deixou muito confusa e preocupada.— Porque? - indaguei.— Primeiro me deixa tirar você daqui, aí eu te explico com mais calma. - esticou a mão pedindo a chave da moto.Relutante eu entreguei a chave para ela e mais que depressa ela subiu na moto.— Anda, vamos. — Ok. Subi na moto, sentando- me atrás dela.Desta vez eu era o passageiro.— Lisa, onde vamos?— Agora quem diz para esperar para ver, sou eu. - riu.Com isso, ela acelerou e saiu cantando pneu.— Ei, não se esqueça que estou aqui atrás. - gritei.— Ei, lembre-se que a minutos atrás eu estava aí. - riu.Perc
Ao nos aproximarmos de minha casa avistamos o carro do Alonzo parado em frente a ela.A Elisa freou a moto na mesma hora.— E agora Elisa, o que faremos? - perguntei preocupada com o que poderia acontecer — Ele deve estar muito bravo porque pegamos a moto dele escondido, ou melhor, ele deve estar achando que roubamos ela.— Não se preocupe Alessia, eu tive uma ideia. - me olhou com um olhar travesso.— Uma ideia? - perguntei franzindo as sobrancelhas — E, qual é?— É o seguinte, você dá um jeito de se esconder para que ninguém a veja, enquanto isso eu vou até lá, e vou dizer que eu peguei a moto dele para levá- la até a rodoviária. — Não, de jeito nenhum, Lisa. - me neguei a aceitar — Você não vai ficar com a culpa toda para você, afinal a ideia foi minha.— Eu sei que a ideia foi sua, mas conhecendo um pouco dele como eu conheço, ele não vai ter coragem de fazer nada comigo, já com você!!. — franziu as sobrancelhas — Então vai por mim, a minha ideia vai dar certo. - disse otimista.
- Além de roubar a minha moto, você ainda se atreve a me desafiar? - indagou num tom dominador.Dei preferência em sorrir provocante, ao invés de responder com palavras.- Hum, então a minha presa está querendo colocar as garras para fora?! - molhou seus lábios e em seguida mordeu o lábio inferior.Pelo seu olhar, eu sabia que desta vez seria bem mais quente, bem mais intenso e bem mais selvagem do que da última vez.Algo marcante na vida de ambos.Com minhas pernas sobre seus ombros, ele segurou em minhas virilhas e puxou-me para a beirada da mesa, fazendo minha bunda ficar coisa de 3/4 dedos para fora dela.- Aí... Alonzo!! - gritei ao ser puxada de repente.Ele me olhou misteriosamente, colocou a mão no bolso, tirou algo de dentro, e em seguida mostrou para mim.- Um esqueiro? - indaguei com as sobrancelhas franzidas.Sem falar nada, ele o acendeu com um toque e o jogou na porta da cozinha.Ao mesmo tempo que o fogo entrou em ação, o amiguinho inseparável dele, também.Encaixando-
Depois de alguns minutos olhando pela janela da perua, percebi que não estávamos indo em direção a estação de trem, e sim a saída da cidade.O que me deixou bem surpresa.— Elisa, não era para estarmos indo em direção à estação de trem? Ela, então, virou-se para mim com um sorriso travesso.— Era, era sim, se nós fossemos péssimos amigos e fossemos deixá-la ir sozinha, mas como não somos. - jogou o braço por cima do meu ombro — Nós vamos com você aonde você for.— Sério Lisa? - Eu a olhei sem acreditar — Mas vocês têm uma vida aqui, a casa de vocês, o trabalho, os amigos, eu não posso deixar que vocês deixem tudo isso para trás por minha causa.— Não se preocupe Ale, nossa casa será bem cuidada por um casal de amigos do meu irmão, o trabalho a gente pediu a conta hoje mesmo, e os amigos? Se forem amigos verdadeiros, eles vão sempre poder contar com a gente assim como a gente vai sempre poder contar com eles, mesmo se não estivermos por perto, você não acha? — É, verdade. - concordo.
— Alessia, você já sabe para que lugar vamos? - perguntou-me depois de horas de silêncio — Precisamos saber para poder traçar uma rota mais rápida.— Bem, eu preciso muito ir a Castelvetrano, Fabrizio.— Ok. - sorriu para mim pelo espelho retrovisor — Castelvetrano, então.— E onde ficaremos lá, Ale? - perguntou-me curiosa — Por acaso seria onde eu estou pensando?— Sim, nós ficaremos no apartamento que minha mãe tem lá e deixou para mim. - afirmei — Aquele que ela mencionou na carta.— Nossa, sério mesmo? - perguntou empolgada.— Sim, sério. - confirmei.— Legal.Ela toma um gole de água.— Ale, eu estava pensando. - olhou- me atentamente — Porque será que ela nunca te disse sobre ele?— Não sei, Lisa. Eu também gostaria muito de saber, mas agora acho que isso será totalmente impossível.— Sim, verdade. - concordou.Desta vez eu tomo um gole de água.— E você tem o endereço do apartamento?!— Sim, claro.— Beleza, assim não precisaremos gastar com hotel, nem precisaremos ficar dormin
Já do lado de fora da perua, olhei para o lugar em si e a sua localização.— É um lugar bem pitoresco, vocês não acham?— É, um pouco, mas eu gostei do lugar. - disse Elisa empolgadamente enquanto pegava sua mochila.— Eu também achei da hora. - completou Fabrizio pegando sua mochila e a minha.Um gesto que eu gostei muito, mas que não achei nescessário.— Não precisa Fabrizio, pode deixar que eu levo.— Eu insisto. -- sorriu para mim. — Quero treinar o meu cavalheirismo com uma bela mulher como você.— Ahm, ok, obrigada. - disse meio sem jeito.Ele ficou me fitando fixamente.— Em qual andar é, Ale? - perguntou-me Elisa tentando quebrar o clima um pouco tenso.— No último. - respondi rapidamente.— Ah, legal, a vista deve ser maravilhosa lá de cima.— Eh, eu creio que sim. - disse otimista.— Então, bora conhecer o seu novo apartamento?— Bora lá.Entramos no prédio, subimos até o último andar e fomos até o apartamento 101.— Bem, se o prédio é pitoresco, não reparem no apê galera.—
— Calma, Alessia. - pegou a toalha e esticou o braço, entregando- a para mim — Eu falei brincando.Peguei a toalha bruscamente da mão dele e me enrolei nela.— Brincando? - indaguei irritada — Que tipo de brincadeira é essa, Fabrizio?— Eu não sabia que você estava no banheiro. - tentou explicar- se — Por isso abri a porta.— Como você não sabia? - o olhei estressada.— Eu estava com o fone de ouvido, escutando música,.. - mostrou o fone no ombro — ..por isso não ouvi o barulho do chuveiro ligado.Suspirei fundo tentando diminuir o estresse.— Eu vi a porta do quarto onde minha irmã vai dormir, fechada, então tirei o fone rapidamente e a ouvi conversando com alguém, então, eu presumi que fosse com você.Mesmo ele me explicando, mesmo eu sentindo que talvez ele estava sendo sincero comigo, ainda me custava querer acreditar.— Eu juro, se eu soubesse que você estava aqui dentro, eu jamais teria aberto essa porta. - cruzou os dedos e os beijou — Se bem que a culpa é sua.— Minha culpa, s
A nossa sorte é que apesar do prédio ser pitoresco, havia um elevador.— Cara, já imaginou se tivessemos que subir com tudo isso de escada?! - disse segurando metade das sacolas — Eu ia ter que ficar de molho por dois dias na cama.— E eu! - seguiu o ritmo — Ia ter que tomar banho de paninho. KkkDescemos do elevador e seguimos pelo corredor até o apartamento.— A gente devia ter ligado para o meu irmão esperar a gente lá em baixo.— Sim, deveríamos, mas agora não adianta mais, já estamos aqui em cima.Estávamos chegando quase perto do apartamento quando vi dois caras estranhos, de terno preto, entrando em um apartamento ao lado do meu.O olhar deles em mim, ao me ver, fez meu corpo inteiro se arrepiar e uma sensação horrível se instalar em mim..." Meu Deus, que sensação horrível.Abri a porta rapidamente e entramos.— Alessia, você percebeu o olhar daqueles cara em você? - indagou — Estranho não é?— Sim, muito. - respondi ainda sentindo uma sensação ruim dentro de mim — Senti um pr