Quero odia-la, mas não sei o que está mulher tem que me fazer querer ficar perto dela, mesmo querendo ficar longe. Luto ao máximo contra a minha mente, contra o meu corpo que ser se levantar, pegar ela no colo e a colocar me cima dessa pia, fazer ela gemer como não pode gemer naquele quarto de hotel. Droga, só de imaginar o meu päu já começa a ficar duro. Fecho os meus olhos, pois sinto que ela está me provocando ao mexer a comida na panela, mexendo a sua bunda junto. Acho melhor eu ir embora, ou ela vai acabar me seduzindo com seu canto da sereia.— Estou indo embora, deixa o almoço para outro dia. — falo e me viro de costas. Olho para trás e ela continua lá na mesma posição, como se não tivesse ouvido eu falar. — Gabrielly? — Ela se vira me olhando. — Eu disse que vou embora.— Tudo bem, você sabe onde é a saída. — me viro, e tenho certeza que ouvi a voz dela bem baixinho me chamando de covarde.— O que você falou?— Eu não disse nada. — Fala sem me olhar, e eu odeio quando alguém
Riccardo,— Você é astuta, planejou tudo isso, não é atoa que é uma projetista, não é?— Do que está falando?— Para Gabrielly, me seduziu só para eu te perdoar? — Ela fecha a cara e me empurra, mas eu não saio de cima dela.— Sai de cima de mim, vai embora para sua casa. Você não é um ser humano não, você é um robô. Vou me comportar profissionalmente com o senhor, pode deixar. — Ele tenta me empurrar mais uma vez. — Dá para sair de cima de mim?— Não, eu não posso sair daqui, eu queria muito não ter te conhecido, porque você acabou com a minha vida, Gabrielly. Eu era o tipo de homem transava com uma mulher, me vestia e seguia a minha vida sem nenhum problema. Agora, eu não consigo mais seguir a minha vida, porque você está me atrapalhando.— Como é... — Tampo a sua boca para ela se calar.— Eu não terminei de falar, seja educada. Você entrou na minha vida e eu achei que seria só mais uma, um foda brasileira e depois que voltasse para a Itália, tudo seria esquecido. Mas aí, você apare
Riccardo,— Você não quer ter filhos? — Pergunto, desanimado. Parece que só eu vou criar uma família de verdade.— Não é isso. Eu quero sim um filho, dois na verdade. Quero ter um casal. Mas, acho que agora não é o momento. Eu tenho um plano de vida: trabalhar, namorar, noivar, casar e depois ter filhos. Não posso pular uma etapa tão grande assim.— Não seja tão certinha desse jeito. Deixa as coisas acontecer como tem que acontecer. Eu quero ser pai, e gostaria que fosse com você. Principalmente, quero que se pareça com você.— Riccardo, você é uma pessoa com o humor instável. Você agora está aqui, me falando essas coisas bonitas como fez da outra vez, mas basta acontecer alguma coisa, que você logo joga tudo no lixo. Eu preciso de uma segurança emocional. Preciso de alguém que vai resolver os problemas quando eles surgirem, e não fugir de tudo. E eu não quero ser uma mãe solteira. Então, não vai dar certo.— Vai sim, Gabi. — Ela vai até a sala e começa a colocar a roupa dela. — Eu vo
Gabrielly,Às 10:00 em ponto, chego na casa dele, e quem abre a porta para eu entrar é a dona Marly. Ela me olha sorrindo. Acho que o Riccardo disse para ela que voltamos.— Entra. Ele está terminando de tomar café, Gabi.— Obrigada, dona Marly. — Entro, e ela me leva até a cozinha. Me oferece para tomar café, mas como eu já comi na minha casa, eu nego, agradecendo.— Vamos para o meu escritório. Me espera lá que eu vou buscar o meu notebook no meu quarto. Tive algumas ideias ontem, e quero te mostrar. — Ele fala, se levantando e pedindo para a mãe dele me levar até o escritório.— Já estou sabendo. — Ela fala, enquanto entramos no cômodo. — E estou feliz por vocês dois. Meu filho é ignorante, mas você consegue deixá-lo leve e com um bom humor. Espero que tudo dê certo entre vocês, e que se casem logo.— Calma, dona Marly. Tudo no seu tempo. — Dou risada com a sua empolgação. Ela mal saiu de uma nora e já quer outra?— Te vira, Sophie. — Riccardo entra no escritório, falando ao telefo
Gabrielly.Decidimos dormir na minha casa, mas ele deixou avisado para a mãe dele. Já que ele disse que ela teve um surto quando ele chegou em casa por não avisar onde estava.Levamos os projetos para minha casa, e ele me ajudou a passar os projetos para o computador. Riccardo é trabalhador, não é aquele chefe que só manda fazer. Ele coloca a mão na obra, e faz tudo com perfeição. Estávamos tão cansados por causa da noite anterior, que tomamos um banho junto, e resolvemos dormir.Acordamos cedinho. Ele vai para casa dele, e eu vou me trocar. Vamos sair atrás dos mestres de obras para começarmos a dar o primeiro passo da nossa vida financeira. O senhor Neville é o nosso primeiro cliente, e virão muitos mais depois dele.Depois de trocada, desço para esperar o Riccardo no portão. Ele vem com o carro, e quando eu abro a porta, é o motorista dele.— Estou aqui, moça bonita. Hoje, eu quero te namorar o caminho todo. — Sorrio e fecho a porta da frente, abro a de trás e me sento. — Primeiro,
Depois de 14 horas de voo, chegamos no Brasil. Como ainda é 5:00 da manhã, decidimos ir para um hotel, pois a minha mãe, por ter saído do trabalho, está dormindo ainda a essa hora. Dormimos o voo todo, então, estamos bem descansados.Tomamos café da manhã no saguão do hotel, e assim que terminamos, ligo para minha mãe, só para ter certeza que ela já acordou.— Oi, Gabi. — Ouço barulho de carros no fundo. — Pode falar, meu amor.— Estou indo na sua casa. Cheguei aqui agora no Brasil com o meu chefe e a mãe dele.— Oh, tá vindo agora?— Sim, liguei só para ter certeza que você já estava acordada. Onde a senhora está que estou ouvindo barulho de trânsito?— Estou... na padaria. Pode ir indo para casa que eu já chego com o paizinho quentinho. — Digo "ok", e desligo a chamada. Ela está estranha. Espero de coração que ela não esteja me enganando, e esteja trabalhando.Dou o endereço da minha casa para o taxista que pegamos na frente do hotel, e com menos de uma hora, chegamos na minha casa.
Por um minuto, a casa fica toda no silêncio. Ninguém dá um pio sequer. Dona Marly fica ao lado da minha mãe e sussurra em seu ouvido. É quando a minha mãe parece acordar do transe.— Como pode fazer isso comigo? — Minha mãe fala com a voz embarcada. — Eu acreditei em você, te esperei por todos esses anos, e você faz isso?— Ela está mentindo, Elza. Eu não tenho outra família em São Paulo, não. Eu sempre te amei, e você sabe disso.— Mentira, mãe. Riccardo, cadê o documento? — Ele coloca a mão para trás e tira o documento todo enrolado do seu bolso. Me aproximo da minha mãe e entrego para ela. — Aqui está o relatório dele. Ele ainda se casou no papel com ela, coisa que nunca fez com a senhora.Ele se aproxima de nós duas, tentando pegar o papel da mão da minha mãe, mas eu entro na frente, barrando a sua passagem.— Eu sou o seu pai. Você me deve respeito, sua moleca.— Não te devo nada. Devo a minha vida à minha mãe. Quando a gente abandona uma pessoa, a gente abre mão dela, e foi o qu
Percebi que a Gabrielly se segurou o máximo que pode para não falar nada para o pai dela, mas, para falar a verdade, quando ele falou de dote, até eu queria dar uma surra nesse interesseiro. Mas, ao ver ele levantando a mão para a Gabrielly, meu sangue ferve.Se a casa não estivesse cheia de mulheres, teria quebrado a mão dele ali mesmo, para ele aprender a não levantar a mão para mulher nenhuma. Fico segurando ele na sala enquanto as três terminam de arrumar as coisas da minha sogra. Ela vai com a gente, nem que seja dopada.— O senhor é meu chefe, mas não deve se meter em casos de família.— Estou me metendo na família da minha noiva. Faço tudo por ela, até mesmo jogar você na rua se ela mandar. Se eu fosse você, ficaria bonzinho com elas quando saírem daquele quarto, ou voltará para São Paulo sem emprego. Mas se você se comportar, quem sabe te dou um cargo de gerente, já que é pai da Gabrielly.Vejo os olhos dele mudarem. O cara é movido ao dinheiro, totalmente diferente da Gabriel