Por um minuto, a casa fica toda no silêncio. Ninguém dá um pio sequer. Dona Marly fica ao lado da minha mãe e sussurra em seu ouvido. É quando a minha mãe parece acordar do transe.— Como pode fazer isso comigo? — Minha mãe fala com a voz embarcada. — Eu acreditei em você, te esperei por todos esses anos, e você faz isso?— Ela está mentindo, Elza. Eu não tenho outra família em São Paulo, não. Eu sempre te amei, e você sabe disso.— Mentira, mãe. Riccardo, cadê o documento? — Ele coloca a mão para trás e tira o documento todo enrolado do seu bolso. Me aproximo da minha mãe e entrego para ela. — Aqui está o relatório dele. Ele ainda se casou no papel com ela, coisa que nunca fez com a senhora.Ele se aproxima de nós duas, tentando pegar o papel da mão da minha mãe, mas eu entro na frente, barrando a sua passagem.— Eu sou o seu pai. Você me deve respeito, sua moleca.— Não te devo nada. Devo a minha vida à minha mãe. Quando a gente abandona uma pessoa, a gente abre mão dela, e foi o qu
Percebi que a Gabrielly se segurou o máximo que pode para não falar nada para o pai dela, mas, para falar a verdade, quando ele falou de dote, até eu queria dar uma surra nesse interesseiro. Mas, ao ver ele levantando a mão para a Gabrielly, meu sangue ferve.Se a casa não estivesse cheia de mulheres, teria quebrado a mão dele ali mesmo, para ele aprender a não levantar a mão para mulher nenhuma. Fico segurando ele na sala enquanto as três terminam de arrumar as coisas da minha sogra. Ela vai com a gente, nem que seja dopada.— O senhor é meu chefe, mas não deve se meter em casos de família.— Estou me metendo na família da minha noiva. Faço tudo por ela, até mesmo jogar você na rua se ela mandar. Se eu fosse você, ficaria bonzinho com elas quando saírem daquele quarto, ou voltará para São Paulo sem emprego. Mas se você se comportar, quem sabe te dou um cargo de gerente, já que é pai da Gabrielly.Vejo os olhos dele mudarem. O cara é movido ao dinheiro, totalmente diferente da Gabriel
Desejo boa sorte e desligo o telefone na cara dela. Ela pode tentar de tudo, mas como o dinheiro foi transferido com a data antes do juiz, tudo para ela, não tem nada contra mim.— Quem era? — Gabrielly pergunta.— Sophie disse que já está sabendo que eu te transferi todo o dinheiro da empresa. — Ela arregala os olhos, preocupada. — Fica calma. Não vai dar em nada. Tudo que ela vai conseguir é perder dinheiro para o advogado.— Tem certeza, Riccardo? Aquilo que você fez foi fraude.— E o que eles fizeram também. Vamos continuar nosso passeio. Não quero você preocupada e estragando isso.Ela concorda com a cabeça e me leva até uma escada que sobe para chegar perto do Cristo Redentor. Só de olhar a caminhada, eu me desanimo, mas ela pega na minha mão e me puxa.— Caminhada é bom para a saúde, senhor Montelli.— Eu já sou saudável, porém, queria estar fazendo outro tipo de exercícios com você. Aquele que você fica por cima, eu faço flexão com os meus quadris.Ela olha para os lados para
Depois do que ele fez, ele merece tudo de mim, especialmente um show particular. Mas não sei bem se ainda sei dançar, já que tem anos que eu não faço isso. Coloco a lingerie branca, que já percebi que ele gosta muito, um salto e amarro o meu cabelo em um coque. Encontro uma máscara de festa a fantasia, e visto também, só para dar um mistério no ar e ter algo mais para tirar. Vou até a sala, onde encontro ele todo pelado sentado no sofá e coloco a música "Também quero, da Clau e Pk" e começo a dançar para ele de costas. Do jeitinho que vou me lembrando como se dança eu vou fazendo, na batida da música, vou rebolando e ondulando o meu corpo de um lado para o outro. Coloco a mão no joelho, e jogo o meu quadril de um lado para o outro. Me levanto e quando eu olho para trás ele sobe o olhar e sorri.— Tem uma bunda muito bonita, Gabrielly. — me viro de frente para ele, seguro na barra da fenda do meu vestido, para deixar minhas coxas a mostra, coloco as mãos no joelhos, e volto a dançar,
Hot— Pode! — Ele sorri com a minha resposta e se deita ao meu lado. Começamos a nós beijar, de lento só intenso, beijos que dava estalos e gemidos, e no final, ele ficava mordiscando o meu lábio inferior. Só com os seus beijos, já comecei a ficar mais excitada, sinto minha intimidade lubrificar e latejar.Ele se levanta e pega um frasco preto derrama sobre o meu corpo, um gel gelado, que faz eu encolher o meu corpo. Ele sobe em cima de mim, pega o consolo novamente, e começa a espalhar o gel por todo o meu corpo, usando o vibrador. Ele o coloca de lado, e usa suas mãos para espalhar melhor o gel, e como antes ele era gelado, agora está esquentando muito, deixando o meu corpo muito quente.Novamente ele se levanta e vai até o closet. Com alguns segundo ele volta com um frasco na mão, derrama uns comprimidos, e se aproxima de mim com um copo de água. Ele me faz tomar o comprimido, talvez seja algum anticoncepcional ou algum remédio para que eu não sinta dor.Depois de beber, ele se lev
Sophie,Aquele desagrado do Riccardo, acha que eu dou de besta? Eu vou atrás dos meus direitos, e vou conseguir que ele me devolva todo o dinheiro que era da empresa. Ando de um lado para o outro na minha nova casa. Me juntei com o Bernardo, mas não quero me casar com ele no papel. Ele é bom de cama, mas é pobre. Não vai me dar os luxos que eu mereço.— Já falei com o meu advogado. Amanhã mesmo ele vai resolver isso.— Podemos começar do zero, Sophie. Tem os clientes da empresa, é só a gente mudar a forma como o Riccardo fazia. Você tem tudo: os clientes, os empregados, todo mundo. Podemos falar com os clientes que a nova política é deixar 50% do valor para começarmos as obras, e assim vamos crescendo. A maior das empresas fazem isso, só o Riccardo que tinha mudado isso, que os clientes só pagassem depois da obra pronta. — Bernardo só é um rostinho bonito, mas além de pobre, é burro.— Não vou deixar nada para ele. Ele teve sorte de ter ficado com a metade do dinheiro dele. Por mim, t
Na segunda pela manhã, acordo e não sinto a Gabrielly do meu lado. Passo a mão pela cama, e não a sinto. Me levanto e vejo que são 5:10 da manhã. Era para ela estar dormindo ainda. Me levanto da cama para ir atrás dela, mas vejo a luz do banheiro acesa.Abro a porta e vejo ela na banheira, com as pernas encolhidas e a cabeça entre os joelhos. Me aproximo dela e me sento na beirada da banheira.— Está tudo bem?— Está sim, só tive um pesadelo e não consegui mais dormir.— Me conta como foi? — Ela puxa a respiração e nega, balançando a cabeça de um lado para o outro. Depois, abaixa a cabeça. — Ei, me conta, vai.— Meu pai vinha para cá, para a Itália, pegava minha mãe e você. Ele amarrava vocês dois em uma cadeira e matava vocês. — Ela fala de cabeça baixa. Me levanto e entro na banheira com ela, ficando na sua frente. — Minha mãe é tudo que eu tenho, agora você também. Não quero perder nenhum dos dois. Até mesmo a doida da sua mãe já me conquistou. Tenho medo de perder tudo.— Você não
Gabrielly e eu passamos o dia trabalhando. Antes do almoço, recebo a ligação dos três, confirmando que o terreno e o dono dele estão tudo limpo. Então, mando a Gabrielly aceitar o novo cliente.Porém, quando ela pede o telefone dele por email, e ele logo passa. Ela liga para ele e deixa no viva-voz para que eu ouça tudo.— Boa tarde, Senhor Vasconcelos!— Boa tarde, senhorita Gabrielly! Vou te mandar por WhatsApp todas as medidas, pode ser?— Pode sim! Mas amanhã cedinho vamos estar passando pelo seu terreno para fazermos a avaliação melhor, assim eu vou conseguir te entregar alguns projetos para sua escolha com mais eficácia. Então, como é numa área restrita, preciso que o senhor libere a nossa entrada. Está bem?— Sim, vou liberar a entrada de vocês e depois dos materiais quando chegarem. Só me avisar quando vão, pois lá é bem rígido.Ela combina tudo direitinho com ele, e como foi acordado, seguimos para ver o terreno. Fecho o contrato com os fornecedores que sempre pegavam os mate