Olho para ele sem entender nada. Como se proíbe alguém de morrer? Meu estômago dá uma embrulhada forte, e eu empurro todo mundo e me levanto. Quase não chego no sanitário, pois o vômito já estava na minha boca. Jogo tudo para fora, tudo que eu comi durante o dia.— Isso é normal? — Riccardo pergunta. — Já chega, vamos ao médico agora mesmo.— Calma, eu acho que é outra coisa. — Minha mãe fala. — Marly, vamos comigo até a farmácia?— Não seria melhor levar ela no médico do que dar remédio? Eu sei que vocês brasileiros gostam de tomar remédio sem consultar o médico, mas não quero fazer isso com a Gabrielly, pois pode ser algo mais grave.— É grave sim, meu filho, e isso vai durar nove meses. — Quando ela diz isso, eu arregalo os meus olhos. Será que eu estou grávida?Riccardo me olha como se perguntasse a mesma coisa. As duas saem do banheiro e mandam eu não sair de casa até elas voltarem. Me levanto, enxaguo a minha boca, e ficamos na sala esperando por elas. Riccardo passa a mão na mi
Riccardo está usando um smoking com uma gravata de borboleta. Atrás dele, um homem de terno e gravata, e nossas mães. Ele dá um sorriso e se aproxima de mim com uma caixinha na mão.— Passei o dia todo atrás de um juiz de paz que pudesse realizar o nosso casamento ainda hoje. Porque o casamento no civil tem que ter muitas coisas para acontecer, mas já deixei meu advogado resolvendo isso.Me aproximo mais dele, olho para todos, e volto a olhar para o Riccardo. Ele sorri, e eu parto para cima dele, dando vários tapas em seu braço, e o empurrando para longe de mim.— Eu não vou me casar com você! — Ele me olha assustado e olha para trás, olha para frente de novo, sem entender.— Co...como assim não vai casar comigo?— Do jeito que você saiu, me fez pensar em várias besteiras, e uma delas era que você estava me abandonando. Passei o dia todo chorando, e não vou querer mais me casar.Me viro e subo as escadas correndo, e quando eu vou fechar a porta, ele coloca a metade do corpo dele, barr
Não posso fazer uma surpresa, que a mulher já quer jogar tudo para fora. Se eu tivesse falado o que eu ia fazer, não seria mais surpresa. Agora, me bater, chorar e surtar, e ainda dizer que não quer casar comigo? Isso não foi nada legal. Nunca tive paciência na minha vida, mas para não perder a minha moça bonita...Tive que abraçá-la, confortá-la, e explicar tudo. Mulher do coração de pedra essa que eu fui arrumar. Quase não aceita o casamento. Depois de toda a confusão, nos deitamos, e eu abracei ela bem forte nos meus braços. Vai que ela ainda esteja com raiva e não queria se casar comigo?Os dias vão se passando, e Sophie sumiu. Pensei até que tinha feito só uma vez e desistido. Porém, depois de uma semana, Gabrielly entra no escritório ao telefone.— Certo, eles te mandaram para nós, né? — Ela aponta com o dedo para o telefone, e eu mando ela continuar. — Sim, eu sou assistente da senhora Sophie, e carregada pela obra. Me passa o endereço do terreno para que eu veja o tamanho cert
Bernardo ainda acredita que o Riccardo seja esperto. Se ele fosse mesmo, não teria caído nesse novo golpe. Um novo contato, nova metade do valor na minha conta, e ele que fará todo o serviço, até mesmo os gastos com os materiais de construção.Nem preciso ir ver como ficou a casa, pois sei bem que o Riccardo só faz as melhores casas. Uma coisa boa esse homem sabe fazer na vida dele. Chamo o Bernardo até a minha sala, e anuncio:— Você será o vice-presidente da empresa. Já estou ficando cansada de ficar aqui na sala sem fazer nada. Também quero que você mande a Victória embora, pois não vai ter pagamento para ela, e como a Gabrielly vai fazer os projetos, não precisamos mais dela.— Você iludiu a menina, disse que daria os melhores projetos para ela, e agora vai dispensá-la?— Está com dó dela? Tá comendo ela também, Bernardo?— Não estou, mas acho que você não está sendo uma boa chefe. Arrume outro cargo para ela.— Não, eu só usei a Victória para atingir a Gabrielly, mas parece que e
Desligo o telefone rápido na cara dele. Como assim vai me processar? Não fui eu quem fiz aquela casa, como pode querer jogar a culpa em cima de mim? Alguém bate na porta e eu mando entrar, Bernardo entra com um papel na mão e coloca sobre a minha mesa.— O que é isso?— O pagamento que você tem que fazer para os muratores que trabalharam na casa dos senhor Lioks.— Como assim? Foi o Riccardo que contratou os muratores, e não eu. — Ele aponta para o papel para que eu leia, e eu começo a ler. Quem contratou eles foi a empresa M.A.I, e não o Riccardo. Sinto como se o mundo tivesse caindo sobre a minha cabeça, e por ver que o barco está se afundando, eu vou ter que tomar um rumo na minha vida.— Eu te avisei que o Riccardo não era o besta que você achou que ele era. Estou te avisando desde o começo, e você se achando a poderosa, a sabe tudo. Agora está aí, quero ver como você vai fazer, pois eles deixaram bem claro que vai processar você por não pagar os salários deles. Isso se encaixa co
Ficamos esperando a empresa falir, é triste ver isso, pois mesmo que o Riccardo esteja se mostrando forte, eu sei que ele está triste pela empresa do pai. Fora que ele mesmo falou que levantou algumas, e vê todo seu trabalho sendo destruído assim, dá até pena.— Gabrielly, preciso de um novo projeto, uma casa dos sonhos.— Para quem será essa?— Para um amigo meu, ele pediu para fazer do jeito que toda mulher sonha em ter sua casa, e como você é a mulher, quero que voce faça como se fosse para você.Sorrio, eu já tenho o desenho de como quero a minha casa, mas como vou morar aqui com o Riccardo, vou dar os meus sonhos a outro casal. Depois eu penso em outra, caso o Riccardo um dia queria mudar de casa.Saio do escritório e subo até o quarto, pego a minha pasta de desenhos e retiro as folhas do projeto. Volto até o escritório e entrego para ele. Ele olha a primeira folha, a segunda, e a última. Fiz tudo, desde a planta até os desenhos das mobílias.— Nossa, desse vez você se superou.—
Minha mãe me chama e eu me viro olhando para ela, deveria ter pegado a placa do carro, mas vacilei muito. Vou até elelas, e a vendedora me mostra um monte de vestidos.Escolhi um lindo, praticamente do jeito que eu queria. Experimento ele e ficou certinho em mim, mas por causa da barriga que já está começando a ficar um montinho no meu baixo ventre, dona Marly pediu para ela alargar só um pouco para o netinho dela não ficar apertado.Toda hora olho para a janela, é como se eu me sentisse ainda sendo vigiada por alguém, uma sensação muito estranha. Voltamos para o carro e seguimos para casa. O caminho todo olho para trás para ver se vejo o carro novamente, mas não o vejo, e acho que foi paranóia minha.— Conseguiram o vestido? — Riccardo pergunta assim que entramos em casa, e vem pro meu lado.— Sim, do jeitinho que a Gabi pediu. Já marquei com a cabeleireira e a maquiadora, mesmo que seja uma cerimônia para poucas pessoas, ela tem que está deslumbrante. Principalmente, porque chamei
Ele para de mexer em mim, olho para trás e ele sorri. Não pensei que que ele iria parar, ainda mais sendo o Riccardo.— Vamos guardar para nossa lua de mel, a única coisa que você vai usar será uma venda nos olhos. — Ele e sua mania de ficar pelado.— Lá vem BDSM de novo? — Ele vira o meu rosto para frente e me abraça bem forte. — O que está acontecendo com você, Riccardo?— Parece até que quer ser comida. Me implora que eu te fodø agora com força, Gabrielly, peça implorando que darei tudo que você quiser. Só não reclame depois de estar com dor, pois não sei por quanto tempo vou conseguir me segurar tanto. —Fecho os meus olhos e anúncio que estou dormindo e sinto seu corpo tremer de uma risada. (...)Depois do casamento no civil, o dia parece que voou, e o dia do casamento na igreja chega. Riccardo saiu bem cedo da cama, tão cedo, que eu nem vi, e muito menos senti. Mas, ele deixou um bilhete mandando eu não usar muita maquiagem, pois gosta da minha naturalidade, e me espera no altar