Sophie, Aquele desagrado do Riccardo, acha que eu dou de besta? Eu vou atrás dos meus direitos, e vou conseguir que ele me devolva todo o dinheiro que era da empresa. Ando de um lado para o outro na minha nova casa. Me juntei com o Bernardo, mas não quero me casar com ele no papel. Ele é bom de cama, mas é pobre. Não vai me dar os luxos que eu mereço. — Já falei com o meu advogado. Amanhã mesmo ele vai resolver isso. — Podemos começar do zero, Sophie. Tem os clientes da empresa, é só a gente mudar a forma como o Riccardo fazia. Você tem tudo: os clientes, os empregados, todo mundo. Podemos falar com os clientes que a nova política é deixar 50% do valor para começarmos as obras, e assim vamos crescendo. A maior das empresas fazem isso, só o Riccardo que tinha mudado isso, que os clientes só pagassem depois da obra pronta. — Bernardo só é um rostinho bonito, mas além de pobre, é burro. — Não vou deixar nada para ele. Ele teve sorte de ter ficado com a metade do dinheiro dele. Por
Riccardo Na segunda pela manhã, acordo e não sinto a Gabrielly do meu lado. Passo a mão pela cama, e não a sinto. Me levanto e vejo que são 5:10 da manhã. Era para ela estar dormindo ainda. Me levanto da cama para ir atrás dela, mas vejo a luz do banheiro acesa. Abro a porta e vejo ela na banheira, com as pernas encolhidas e a cabeça entre os joelhos. Me aproximo dela e me sento na beirada da banheira. — Está tudo bem? — Está sim, só tive um pesadelo e não consegui mais dormir. — Me conta como foi? — Ela puxa a respiração e nega, balançando a cabeça de um lado para o outro. Depois, abaixa a cabeça. — Ei, me conta, vai. — Meu pai vinha para cá, para a Itália, pegava minha mãe e você. Ele amarrava vocês dois em uma cadeira e matava vocês. — Ela fala de cabeça baixa. Me levanto e entro na banheira com ela, ficando na sua frente. — Minha mãe é tudo que eu tenho, agora você também. Não quero perder nenhum dos dois. Até mesmo a doida da sua mãe já me conquistou. Tenho medo de per
Riccardo, Gabrielly e eu passamos o dia trabalhando. Antes do almoço, recebo a ligação dos três, confirmando que o terreno e o dono dele estão tudo limpo. Então, mando a Gabrielly aceitar o novo cliente. Porém, quando ela pede o telefone dele por email, e ele logo passa. Ela liga para ele e deixa no viva-voz para que eu ouça tudo. — Boa tarde, Senhor Vasconcelos! — Boa tarde, senhorita Gabrielly! Vou te mandar por W******p todas as medidas, pode ser? — Pode sim! Mas amanhã cedinho vamos estar passando pelo seu terreno para fazermos a avaliação melhor, assim eu vou conseguir te entregar alguns projetos para sua escolha com mais eficácia. Então, como é numa área restrita, preciso que o senhor libere a nossa entrada. Está bem? — Sim, vou liberar a entrada de vocês e depois dos materiais quando chegarem. Só me avisar quando vão, pois lá é bem rígido. Ela combina tudo direitinho com ele, e como foi acordado, seguimos para ver o terreno. Fecho o contrato com os fornecedores que sempre
Gabrielly Olho para ele sem entender nada. Como se proíbe alguém de morrer? Meu estômago dá uma embrulhada forte, e eu empurro todo mundo e me levanto. Quase não chego no sanitário, pois o vômito já estava na minha boca. Jogo tudo para fora, tudo que eu comi durante o dia. — Isso é normal? — Riccardo pergunta. — Já chega, vamos ao médico agora mesmo. — Calma, eu acho que é outra coisa. — Minha mãe fala. — Marly, vamos comigo até a farmácia? — Não seria melhor levar ela no médico do que dar remédio? Eu sei que vocês brasileiros gostam de tomar remédio sem consultar o médico, mas não quero fazer isso com a Gabrielly, pois pode ser algo mais grave. — É grave sim, meu filho, e isso vai durar nove meses. — Quando ela diz isso, eu arregalo os meus olhos. Será que eu estou grávida? Riccardo me olha como se perguntasse a mesma coisa. As duas saem do banheiro e mandam eu não sair de casa até elas voltarem. Me levanto, enxaguo a minha boca, e ficamos na sala esperando por elas. Ricca
Gabrielly Riccardo está usando um smoking com uma gravata de borboleta. Atrás dele, um homem de terno e gravata, e nossas mães. Ele dá um sorriso e se aproxima de mim com uma caixinha na mão. — Passei o dia todo atrás de um juiz de paz que pudesse realizar o nosso casamento ainda hoje. Porque o casamento no civil tem que ter muitas coisas para acontecer, mas já deixei meu advogado resolvendo isso. Me aproximo mais dele, olho para todos, e volto a olhar para o Riccardo. Ele sorri, e eu parto para cima dele, dando vários t***s em seu braço, e o empurrando para longe de mim. — Eu não vou me casar com você! — Ele me olha assustado e olha para trás, olha para frente de novo, sem entender. — Co...como assim não vai casar comigo? — Do jeito que você saiu, me fez pensar em várias besteiras, e uma delas era que você estava me abandonando. Passei o dia todo chorando, e não vou querer mais me casar. Me viro e subo as escadas correndo, e quando eu vou fechar a porta, ele coloca a metade do
Riccardo, Não posso fazer uma surpresa, que a mulher já quer jogar tudo para fora. Se eu tivesse falado o que eu ia fazer, não seria mais surpresa. Agora, me bater, chorar e surtar, e ainda dizer que não quer casar comigo? Isso não foi nada legal. Nunca tive paciência na minha vida, mas para não perder a minha moça bonita... Tive que abraçá-la, confortá-la, e explicar tudo. Mulher do coração de pedra essa que eu fui arrumar. Quase não aceita o casamento. Depois de toda a confusão, nos deitamos, e eu abracei ela bem forte nos meus braços. Vai que ela ainda esteja com raiva e não queria se casar comigo? Os dias vão se passando, e Sophie sumiu. Pensei até que tinha feito só uma vez e desistido. Porém, depois de uma semana, Gabrielly entra no escritório ao telefone. — Certo, eles te mandaram para nós, né? — Ela aponta com o dedo para o telefone, e eu mando ela continuar. — Sim, eu sou assistente da senhora Sophie, e carregada pela obra. Me passa o endereço do terreno para que eu vej
Sophie, Bernardo ainda acredita que o Riccardo seja esperto. Se ele fosse mesmo, não teria caído nesse novo golpe. Um novo contato, nova metade do valor na minha conta, e ele que fará todo o serviço, até mesmo os gastos com os materiais de construção. Nem preciso ir ver como ficou a casa, pois sei bem que o Riccardo só faz as melhores casas. Uma coisa boa esse homem sabe fazer na vida dele. Chamo o Bernardo até a minha sala, e anuncio: — Você será o vice-presidente da empresa. Já estou ficando cansada de ficar aqui na sala sem fazer nada. Também quero que você mande a Victória embora, pois não vai ter pagamento para ela, e como a Gabrielly vai fazer os projetos, não precisamos mais dela. — Você iludiu a menina, disse que daria os melhores projetos para ela, e agora vai dispensá-la? — Está com dó dela? Tá comendo ela também, Bernardo? — Não estou, mas acho que você não está sendo uma boa chefe. Arrume outro cargo para ela. — Não, eu só usei a Victória para atingir a Gabriel
Sophie Desligo o telefone rápido na cara dele. Como assim vai me processar? Não fui eu quem fiz aquela casa, como pode querer jogar a culpa em cima de mim? Alguém b**e na porta e eu mando entrar, Bernardo entra com um papel na mão e coloca sobre a minha mesa. — O que é isso? — O pagamento que você tem que fazer para os muratores que trabalharam na casa dos senhor Lioks. — Como assim? Foi o Riccardo que contratou os muratores, e não eu. — Ele aponta para o papel para que eu leia, e eu começo a ler. Quem contratou eles foi a empresa M.A.I, e não o Riccardo. Sinto como se o mundo tivesse caindo sobre a minha cabeça, e por ver que o barco está se afundando, eu vou ter que tomar um rumo na minha vida. — Eu te avisei que o Riccardo não era o besta que você achou que ele era. Estou te avisando desde o começo, e você se achando a poderosa, a sabe tudo. Agora está aí, quero ver como você vai fazer, pois eles deixaram bem claro que vai processar você por não pagar os salários deles. Isso se