Oi meus amores, muito obrigada pelo carinho, ainda estou com dor, mas estou bem melhor.
Priscilla Barcella Cheguei ao hospital com o coração apertado, sentindo o peso esmagador das últimas 24 horas. Entrei no quarto onde o Liam estava, o som dos monitores de batimentos cardíacos me causando uma sensação de alívio misturada com ansiedade. Ele dormia tranquilamente, com Marta cochilando na poltrona ao lado, seu rosto enrugado refletindo cansaço e preocupação. Aproximei-me dele com cuidado para não acordá-lo. Ao vê-lo ali, vulnerável, uma onda de emoções tomou conta de mim – alívio, amor, culpa. Já estava prestes a me afastar quando senti sua mão quente segurando a minha, seu toque familiar me ancorando. — Não me dá nem um beijo de bom dia? — ele murmurou, com um sorriso sonolento, mas que ainda conseguia iluminar meu coração. Inclinando-me, depositei um selinho em seus lábios, tentando esconder a dor e o cansaço que provavelmente estavam estampados no meu rosto. — Dormiu bem? — perguntei, enquanto ele acariciava meu rosto com uma ternura que me fez querer desmoronar a
Passar o dia com meus netos foi uma experiência revigorante. A casa da Priscila tem uma energia tão positiva que finalmente entendi por que o Max está sempre lá. A cozinheira da Priscila é excelente, e a Josefa é uma mulher encantadora. Vi como ela se preocupa com Priscila, e até com o meu filho e o Liam. Voltar para casa não foi fácil, mas fiquei feliz em saber que voltaria no dia seguinte. Cheguei em casa todo feliz, mas meu sorriso morreu ao ver a Marina sentada no sofá da minha sala. — Finalmente chegou — ela falou impaciente. — Onde está o meu filho? — Em Brasília, ele foi pela manhã. Qual é o problema? — Fui na casa dele ontem e a governanta me informou que ele não estava. Fui na Maria Clara e ele também não estava. Eu sei que o Max não estava mais saindo com aquela mulher mundana — ela falou, e eu sabia que estava se referindo a Priscila. Odiei quando ela falou assim da menina. — A Priscila é uma pessoa maravilhosa e eu ficaria muito feliz se eles se casassem... — Você s
Max Fos Precisei vir para Brasília, mas não queria deixar Priscila na mão, então meu pai se ofereceu para cuidar das crianças. Sabia que as deixava com a pessoa certa. Assim que cheguei a Brasília, havia muito a ser feito, e à noite, teria um jantar para a campanha publicitária com uma cantora famosa, cliente de Priscila e extremamente exigente. Quando cheguei ao restaurante, eles ainda não haviam chegado. Sentei-me e desliguei meu celular, que não parava de tocar por causa da minha mãe. Ela é uma mulher complicada; tudo sempre tem que ser do jeito dela. Sentia fome, e mesmo sabendo que a etiqueta pedia para eu esperar, decidi fazer o pedido. Estava olhando para a porta quando uma mulher entrou, olhou em minha direção e, com uma expressão de dúvida, se aproximou. — Boa noite, onde está a Priscila? — ela perguntou, seu olhar desconfiado. — Boa noite, meu nome é Max. Infelizmente, Priscila teve um imprevisto familiar — tentei explicar, sentindo uma leve tensão no ar. — Algo muito
Max Fos A reunião foi bastante produtiva, e finalmente entendi o que Rafaela queria. Quando cheguei ao hotel, a primeira coisa que fiz foi ligar para a Íris. — Você ligou — ela falou sorrindo e se sentando na cama, seus olhos brilhando de felicidade. — Claro, eu disse que ia te ligar. Me conta o que aconteceu? — perguntei, ansioso para saber como estava. — Eu dei uma rasteira na Violeta na aula de educação física. Hoje nós jogamos futsal, e ela estava implicando comigo porque o Harry pediu para fazer o trabalho de história comigo. Ele é o menino mais lindo da escola inteira — ela falou com os olhos brilhando, e não pude deixar de sorrir ao ver seu entusiasmo. — Você gosta dele? — perguntei, um pouco preocupado. Era difícil ver a Íris crescendo tão rápido. — Não sei, eu não o conheço direito. Você gostou da mamãe assim de cara? — ela perguntou, e eu não consegui evitar um sorriso nostálgico. — Desde a primeira vez que a vi... Mas você ainda está um pouco nova para namorar,
Priscila Barcella Quando ficamos só o Liam e eu com a Nina no hospital, senti como se estivéssemos em uma bolha de segurança e paz. O ambiente, apesar de ser um hospital, parecia acolhedor e cheio de serenidade. O som suave da respiração da Nina, que cochilava tranquilamente, preenchia o quarto com uma calma reconfortante. Aproveitei o momento de quietude para me aproximar do Liam, que me olhava com um olhar bobo e carinhoso. — Você sabe que é muito bonita, né? — ele perguntou, seus olhos brilhando com uma mistura de admiração e ternura. Meu coração se aqueceu, e não pude evitar sorrir, toda boba. — Sei sim, e você está bem? — perguntei, a preocupação transparecendo na minha voz. Ele fez um bico adorável, me fazendo rir baixinho. — Eu achei que você fosse dizer que eu era bonito — ele respondeu, com uma expressão divertida. Aproximei-me dele e depositei um selinho carinhoso no bico que ele fazia. — Você é um bobo, sabia? — falei, sentindo o calor de sua pele contra a minha. — S
Priscila Barcella A tarde, depois que falei com a Larissa e o Liam dormiu, eu fiquei meio entediada sem saber o que fazer. Mas, para minha sorte, a Nina acordou, e estava bem animada. Como o Max tinha comprado vários livros para ela e ela ama quando lemos, a coloquei no meu colo. Conforme eu contava a história, ela gargalhava, enchendo o ambiente com uma alegria contagiante.A Nina tem um sorriso tão lindo e cativante que sempre me faz sorrir também. Peguei a naninha dela, um patinho, e comecei a fazer vozes com o patinho para fazê-la rir. A cada risada dela, sentia meu coração se aquecer. Era incrível como aquele pequeno ser podia transformar completamente o meu humor.— Quem é o amor da minha vida? — falei, beijando-a. Ela pegou no meu cabelo, puxando-o com força. — Assim não, meu amor, solta o cabelo da mamãe.Estava tirando meu cabelo da mãozinha dela quando a porta do quarto foi aberta. Meu corpo se tensionou imediatamente.— Aaaaa — a Nina começou a conversar, e eu soltei meu c
Priscila Barcella Três semanas depois. Hoje, finalmente, o Liam recebeu alta, e vamos poder ir para casa. Ele está muito empolgado para contar às crianças que estamos juntos, mas eu não acho que seja o momento certo. Nosso relacionamento ainda é recente, e temo que as crianças fiquem muito empolgadas e, se algo der errado, como ficará o psicológico delas? O Max conversou com a mãe dele, e ela meio que sumiu das nossas vidas, o que me deixou mais aliviada, mas ainda estou um pouco preocupada. E falando no Max, ele está sendo maravilhoso com as crianças, principalmente com a Iris. Mesmo quando eu estou em casa, ela sempre prefere conversar com ele. Teve uma gincana no colégio com os pais, e ela fez questão de chamá-lo para ir com ela. Eu entendo. Max é um homem incrível e parece que o papel de pai funciona super bem para ele. Ele consegue equilibrar tudo para dar atenção às crianças. Estava terminando de arrumar a sacola do Liam, perdida em pensamentos, principalmente sobre o fato
Priscila Barcella Finalmente, depois de quase um mês no hospital, Liam estava voltando para casa. O tiro na cabeça havia sido um pesadelo, mas agora ele estava aliviado e grato por estar vivo e em recuperação. No entanto, ele continuava teimoso, achando que já podia correr uma maratona, e não conseguia conter sua empolgação, falando sem parar. Eu, por outro lado, estava exausta, com os olhos pesados e o corpo dolorido. Só queria dormir uma noite inteira sem interrupções, algo que sei que não vou conseguir fazer por anos, já que minha bebezinha ainda precisa de mim. Estive ao lado dele o tempo inteiro, e mesmo quando estava preocupada com as crianças, sempre conseguia dar um jeito, pois ele era a minha prioridade. Meu coração se apertava ao lembrar das noites intermináveis no hospital, da preocupação constante com sua recuperação e da necessidade de ser forte por todos nós. Quando chegamos ao condomínio, as emoções dominaram Liam. Podia ver as lágrimas correndo livremente pelo rosto