NĂŁo costumo escrever hot tive muita ajuda para conseguir, espero que vocĂŞs gostem, mas nĂŁo esperem muitos kkkkk eu realmente tenho dificuldade para escrever hot, mas para quem gosta o livro da Sol Costa Ă© bem quente
Priscila Barcella Nossa primeira vez juntos foi perfeita. TĂŁo perfeita que, pela primeira vez, acabei dormindo nos braços de alguĂ©m. Isso nunca havia acontecido antes. Sempre que me deitava ao lado de alguĂ©m, o peso do desconforto e do desgosto tomava conta. Mas ali, nos braços dele, tudo parecia tĂŁo certo, tĂŁo seguro. Pela primeira vez, acordei sem me sentir culpada, mas sim feliz.Quando abri os olhos, senti os braços dele firmemente ao meu redor, quentes e protetores. Sorri ao perceber que ele ainda estava dormindo. Passei os dedos suavemente pelo seu braço, desenhando pequenos cĂrculos, sentindo o calor e a textura da sua pele. Meu coração parecia bater em sincronia com o dele.Ele se mexeu ligeiramente, apertando-me mais contra ele antes de murmurar:— Já acordou, meu amor? — A voz rouca de sono me arrepiou, como sempre fazia.Sorri, aconchegando-me ainda mais. — Já, coração. Eu nunca tinha dormido assim antes... tĂŁo tranquila.Ele abriu um sorriso preguiçoso e me puxou para cim
Priscila Barcella Assim que desliguei a ligação, suspirei profundamente e caminhei até a mala para pegar uma roupa. Liam me observava com um semblante preocupado, os olhos carregados de culpa.— O que foi, meu amor? — ele perguntou, a voz suave, mas tensa.— Nossa bebê está se acabando de chorar de fome. — Respondi enquanto vestia o maiô com certa pressa, ajeitando as alças nos ombros.Ele esfregou a nuca, desviando o olhar para o chão. — Nossa pequenininha... isso é culpa minha.Parei por um momento e me aproximei dele, tocando seu rosto com delicadeza. — Não, coração. Eu deveria ter ido assim que senti meu seio cheio desse jeito. É algo que eu preciso me atentar. Agora vá se vestir. — Dei um sorriso encorajador, ajustando o vestido leve sobre o maiô.Liam hesitou, o olhar ainda carregado. — Eu já vou... é que eu...Inclinei-me e depositei um beijo em seus lábios, tentando dissipar sua preocupação. — Eu vou cuidar da minha filha e te encontro no restaurante, tá bom? — Disse enquanto
Priscila Barcella Depois que Nina mamou, ficou me olhando, com aqueles olhinhos cheios de curiosidade e afeto. Ela não queria me largar, suas mãozinhas pequenas acariciando meu rosto enquanto eu a embalava suavemente para acalmá-la.— Meu pai vai cansar de esperar — Belinha comentou, cruzando os braços com um olhar impaciente.Soltei uma risada baixa e balancei a cabeça.— Não se preocupe, filha. Deixa sua irmãzinha se acalmar. O papai vai entender — falei, lançando-lhe um sorriso tranquilizador.Enquanto isso, do outro lado do espaço, percebi Filipe resmungando algo com três crianças, que tinham traços parecidos com os dele, deixando claro que eram seus filhos. Meu estômago se apertou quando vi Filipe se aproximando do Ítalo, seu tom visivelmente alterado.— Ítalo! — chamei, minha voz saindo um pouco mais alta do que pretendia. — Venha para cá agora, filho!Ítalo correu na minha direção, confuso, e Filipe veio logo atrás, sua expressão cheia de raiva.— Tome conta do seu pestinha! —
Priscila Barcella O sol já começava a baixar, tingindo o cĂ©u com tons dourados e alaranjados, enquanto a brisa suave da tarde trazia o cheiro salgado do mar. Era o momento perfeito para finalmente nos aventurarmos na praia. Belinha nĂŁo parava de pular de um lado para o outro, a areia quente grudando em seus pezinhos pequenos. Ela estava empolgada para entrar no mar, mas a cada passo mais prĂłximo da água, dava para notar o medo crescendo em seus olhinhos brilhantes. — Vamos, mamĂŁe! — gritou, com um sorriso ansioso. Deixei Nina com Liam, que estava sentado sob o guarda-sol, distraĂdo em brincar com um baldinho e uma pazinha que ĂŤtalo havia esquecido ali. Ele me lançou um sorriso cĂşmplice enquanto eu corria atĂ© o mar com as crianças. Quando chegamos Ă beira da água, Belinha travou de repente, agarrando minha perna com força. O barulho das ondas parecia enorme para ela, e seus bracinhos me seguravam como se eu fosse sua âncora. — MamĂŁe... tem muita água — murmurou, a voz trĂŞmula.
Priscila Barcella Era mais um dia normal. Como sempre, acordo às 6:23 da manhã, levo aproximadamente 20 minutos para me arrumar e escolho roupas que transmitam o quanto sou poderosa.Saio do meu quarto preparada para enfrentar o mundo machista das torres de metal.Assim que chego no andar inferior, vejo a minha governanta terminando de organizar o meu café da manhã na mesa da sala de jantar, junto com duas funcionárias. Gosto das coisas sempre perfeitamente alinhadas, e ela me conhece muito bem.Antes de chegar à mesa, olho pela grande janela de vidro da minha cobertura, de onde posso ver a enorme cidade cinza. Assim como lá fora, dentro do meu apartamento a decoração é toda em tons frios, pois tenho um amor pelo tom cinza e não queria nada convidativo.Quem gosta e tem peso morto é a minha irmã. Eu nunca a entendi, a Barcella sempre se contentou com pouco. Diferente de mim, ela não foi para a faculdade e muito menos quis sair daquele lugar no meio do nada. Na primeira oportunidade q
Priscila Barcella Depois de um voo de trĂŞs horas e meia, aluguei um carro e dirigi por mais cinco horas, finalmente chegando em um pequeno povoado do municĂpio de Santo AntĂ´nio dos Milagres. A estrada era de terra e parecia que o tempo naquele lugar passava em câmera lenta e pouquĂssimas coisas tinham mudado em 16 anos. As casas eram simples e a Ăşnica diferença era nos fios de energia e novas construções, mas mesmo assim parecia existir apenas uma rua e uma praça como novidade.Fui devagar pela estrada de terra batida atĂ© chegar na casinha onde crescemos. PouquĂssimas coisas tinham mudado, mas a Ăşnica diferença era que, alĂ©m do reboco, a pequena casa estava pintada de branco, que já estava amarelada, com dois quartos. Apesar de ser bem diferente da minha cobertura, estar naquele lugar me causava arrepios, como se as paredes pudessem falar ou apenas de ver sentir os arrepios pelo meu corpo me pedindo para fugir daquele lugar.A casa estava cheia, e respirei fundo antes de sair do carr
Priscila Barcella — O que eu faço com o bebĂŞ? — perguntei a mim mesma, sem saber o que fazer. Assim que entrei no quarto, coloquei-a na cama e a cercou de travesseiros, pois precisava tomar um banho. Fui para o banheiro e deixei a água tirar o suor e, junto com ele, as lágrimas. Eu precisava manter uma postura firme, mas minha irmĂŁ era toda a famĂlia que eu tinha. Enquanto começava a me ensaboar, ouvi um chorinho que se intensificava a cada minuto. Sem saber o que fazer, parei o banho, coloquei uma toalha rapidamente e peguei o bebĂŞ no colo, mesmo ainda estando molhada. — Eu nĂŁo sou a mamĂŁe — falei quando ela tentou pegar meus seios desesperadamente. Ela estava com fome e eu nĂŁo tinha o que ela queria. Mesmo sendo uma e meia da manhĂŁ, decidi ligar para Natália, minha Ăşnica amiga que sempre me ajudava. Embora nĂŁo nos vĂssemos muito desde que ela se casou, teve filhos e se mudou para o litoral, ela sempre arranjava tempo para se envolver na minha vida, principalmente na parte am
Priscila Barcella Natália teve que ir para casa Ă s cinco da manhĂŁ para uma reuniĂŁo em Campinas. A Nina chorou quase o tempo todo. Com um conta-gotas, conseguimos que ela comesse um pouco, mas era muito complicado. De acordo com Natália, ela estava com sono. Como nĂŁo sabia o que fazer, a Nina tentava a todo custo pegar meu seio e desistia. Ela sĂł dormiu no meu peito. Eu dei para ela ver que nĂŁo havia nada lá, mas nĂŁo imaginei que ela usaria isso como chupeta. Era uma sensação tĂŁo estranha e dolorosa. Tive que escolher entre a dor de cabeça causada pelo choro incessante ou a dor fĂsica, e o simples fato de ela ter parado de chorar já era um avanço.Eu acabei nĂŁo dormindo, mas como nĂŁo podia faltar a reuniĂŁo de hoje, fui me arrumar para ir Ă empresa. Coloquei a Nina na cama mesmo ela choramingando. Desci com a bebĂŞ no colo e a Josefa estava na cozinha. Pelo som do forrĂł, sabia que ela estava cozinhando. Justamente hoje era o dia de folga da moça da limpeza, e a minha cozinheira já tinha