POV ISLA
Ver minha sobrinha desfilando por aquele corredor na direção do padre Killian era simplesmente emocionante. E não consegui conter minhas lágrimas ao pensar no quanto Celli ficaria orgulhosa da filha. Danna estava linda com aquele vestido curto e ao mesmo tempo comprido, algo que certamente mandou um estilista famoso criar especialmente para ela, conforme sua personalidade: ousada e ao mesmo tempo ingênua. Jamais imaginei um vestido que trouxesse os dois elementos em um: tradicional e ao mesmo tempo ultra moderno.
Mas era Danna Dave... A mulher que se casaria com o padre de Machia. Então acho que ninguém esperava menos dela.
Limpei as lágrimas, mas ao ver o padre Killian chorando as derramei novamente. Eu não sei o motivo do choro dos outros, mas cheguei a imaginar que os mais velhos choravam porque o padre realmente não voltaria para a igreja. As garotas certamente debulhavam-se em l&a
Senti o sangue subir às minhas bochechas e enquanto pensava em como me defender daquele ultraje ele puxou-me para si, encarando-me:- Eu já disse o quanto gosto da sua bunda?Olhei para os lados, preocupada:- Calum, tem pessoas próximas!- Eu não me importo que saibam que gosto da sua bunda – ele riu divertidamente – Aliás, não só da bunda... Gosto do corpo inteiro. – fez questão de falar para o casal Ford, que estava próximo a nós, que não entendeu nada, mas arregalaram os olhos apavorados ao ouvirem a palavra “bunda”.- Assim você me deixa envergonhada! – Confessei.Calum beijou minhas bochechas, uma de cada vez, e sussurrou no meu ouvido:- Você não fica envergonhada quando meu pau está na sua bunda... Vertendo desejo.- Entre quatro paredes, seu safado! – Mordi o lóbulo da
- Estou brincando, mãe. Tudo que quero é que se entregue a este amor. E seja a pessoa mais feliz do mundo.Senti um braço sobre meu ombro e a voz rouca dele, olhando para a pista:- Pelo visto alguém resolveu perdoar. – Mencionou em tom irônico.- Meu perdão significa 30% da minha mãe para você. Porque os outros 70% são para mim e Gabriel. – Vanessa deixou claro, de forma autoritária.- Desde que as noites sejam minhas! – Ele deu de ombros, com aquele sorriso safado.- Você não era assim, Calum! – Vanessa riu, fingindo espanto.- Não podia confessar para você que estava de olho na sua mãe gostosa.- Eu não sabia do seu lado sem-vergonha e atrevido.- Se ela tivesse me dado uma chance antes, teríamos passado Killian e Danna para trás no casamento.- Uau! – Vanessa riu &nda
POV DANNA DAVEVi Vanessa, Gabriel, Jorge, meu pai e Nadine e me dirigi até eles. No caminho fui abordada pelo novo padre da paróquia, Celso Trajano.- Gostaria de parabenizá-los pelo casamento. – Ele disse.- Ah, obrigada... Padre.Analisei o homem que aparentava uns 40 anos, talvez um pouco mais. Era moreno e os cabelos castanho-escuros, cortados de forma tradicional e muito bem penteados para trás. Embora estivesse usando batina, não me parecia acima do peso. Procurei uma barriga saliente e não encontrei. E... Sério que eu estava pensando naquilo?- Eu soube que está fazendo uma campanha para adoção das crianças do orfanato.- Sim, estou. – Confirmei.- É um ato de amor e altruísmo, Danna. Se não se importa, eu gostaria de ajudar de alguma forma, quem sabe usando o espaço da missa e até mesmo outros meio
Senti braços me envolvendo com força pela cintura e não precisei olhar para baixo para saber quem era:- Minha miniatura polvo – brinquei – parece que tem mil braços cada vez que me envolve.- Mamãe, dança comigo? – Ela pediu.- Claro, minha miniatura preferida!Quando fiz menção de largar Gabriel para Vanessa, o silêncio se fez de forma abrupta no lugar. Eu ainda tinha o menino erguido e vi o olhar de desespero de Vanessa com os braços para ele.- Não largue o menino. – Ouvi a voz atrás de mim e senti algo frio nas costas.Agarrei Gabriel com força, protegendo-o junto do meu peito. E com a outra mão apertei Alegra.- Vire-se devagar! – A voz de Nicolle foi fria como gelo.Virei-me e deparei-me com a arma que ela carregava apontada na direção do meu sobrinho.- Encerrada a palha&cce
- Eu... Não acredito que esteja aqui! – meneei a cabeça, incrédula – Isto é só um pesadelo e vai passar! – Disse para mim mesma, fechando os olhos com força.Mas quando os abri Lourenço ainda estava lá, com aquele sorriso que eu odiava, sempre cínico e carregado de ironia.- Oi! – ele acenou – lamento informar que se é um pesadelo, o estamos tendo juntos. Mas... – suspirou – Para mim, estar com você e nosso filho é um sonho.Luane acertou uma cotovelada nele, que gemeu de dor e logo em seguida empurrou-a com força, fazendo com que ela caísse nas pedras cheias de limo cobertas pela água que ia em direção à cachoeira.Puxei Alegra com agilidade, trazendo-a para junto de mim, fazendo com que Nicolle não a tivesse mais a sua frente, como escudo. Eu não queria que a menina visse aqu
Nicolle golpeou-me com a ponta do revólver, fazendo com que eu sentisse uma dor horrível. Toquei a testa e quando olhei para meus dedos percebi o sangue.- Acha que estou blefando, sua idiota? – Ela me empurrou com força, fazendo com que eu me desequilibrasse e caísse.O vestido de noiva molhou por inteiro e tive dificuldade para levantar-me por conta do tecido que ficou pesado. Fiquei atordoada e fiz menção de tocar o ventre, preocupada, mas não o fiz, a fim de não alertá-la para a minha gravidez. Assim que fiquei de pé, rasguei a cauda, que me daria mais mobilidade.Vi Killian e Lourenço ainda sobre as rochas, agarrados um ao outro aos socos e tentei acreditar que meu marido venceria aquela briga, já que num passado não tão distante quase matou Lourenço com seus golpes certeiros e fortes.- Pagará pelo que fez, Danna – disse Nicoll
Fiquei em transe enquanto via Luane ser algemada e levada pela polícia. Mas me sentia protegida e então me flagrei que Killian estava me abraçando com força, e era aquilo que me fazia ficar de pé naquele momento.Retribui o abraço, deixando Gabriel entre nós, parecendo a única garantia de que ele poderia estar protegido. Tinha a impressão de havia sido um sonho e em seguida eu acordaria e nada teria acontecido de fato.Killian limpou minhas lágrimas e enfim tive coragem para fitá-lo, com os olhos também marejados:- Está tudo bem, meu amor! – ele garantiu – Ninguém lhe fará mal novamente... Nunca mais. Eu prometo!Ainda havia barulho à nossa volta e me admirei da quantidade de policias nas redondezas e imaginei que fosse por conta de meu pai, que certamente havia movido o mundo para manter a mim e seus netos vivos.Gabriel estava com a respiração um pouco acelerada e os olhinhos parecendo pesados. O deitei em meus braços e falei, quase sem voz:- Descanse, meu amor! Agora tudo ficará
Ele pôs o braço sobre meu ombro, olhando para o movimento da água que descia em direção à cachoeira:- Seria muito egoísmo da minha parte agradecer a Deus por ter me deixado desposá-la antes? – A voz dele saiu baixa.- Eu... Não tenho certeza. – Fui sincera.- Se Lourenço não tivesse se jogado na frente, eu teria feito.- Não tenho dúvidas. Você esteve aqui o tempo todo, ao meu lado.- Passou pela sua cabeça que a lua de mel seria assim? – ele riu, em meio ao caos recente que havíamos passado.- Não consigo imaginar nada mais aventureiro e divertido! – Ri, com ironia.- Se eu contasse que vi pessoas que não eram de verdade em meio a isto tudo, pensaria que estou ficando louco? – Ele não me olhou.- Vultos?- Não eram vultos... Pareciam reais, de carne e osso. Mas... Não tinha como serem... Por conta...- De suas roupas. Não eram do nosso tempo. – Completei, sentindo um frio percorrer minha espinha.- Talvez os Kasenkinos e o povo de Machia... Os “espíritos antigos”, como o povo da flo