CLARANa semana seguinte, me vi pensando em Henrique mais vezes do que gostaria de admitir. Cada vez que seu nome surgia em uma conversa no escritório, sentia uma pontada de ansiedade misturada com uma excitação que eu não conseguia entender. Era como se meu corpo estivesse reagindo a ele de uma forma que minha mente não conseguia controlar.Eu sabia que estava andando em território perigoso. Depois de tudo que aconteceu com Lucas, a última coisa que eu precisava era me envolver emocionalmente com alguém, especialmente alguém tão ligado ao meu trabalho. Mas, por mais que tentasse, não conseguia evitar a atração que sentia por Henrique. Era como se algo além de mim estivesse no controle, puxando-me para ele.Na terça-feira, recebi um e-mail dele, pedindo uma reunião para discutir os próximos passos da campanha. Eu sabia que era uma simples reunião de trabalho, mas a ideia de passar mais tempo com ele me deixou nervosa. Não nervosa de um jeito ruim, mas nervosa de um jeito que fazia meu
CLARAOs dias seguintes foram uma mistura confusa de trabalho e pensamentos constantes sobre Henrique. Era como se meu cérebro tivesse decidido que ele era o novo foco central da minha vida, e não importava o quanto eu tentasse me distrair, tudo sempre voltava para ele.No escritório, as coisas continuavam normais — ou pelo menos, eu tentava agir como se estivessem. Ninguém sabia sobre o turbilhão de emoções que eu estava sentindo, nem mesmo Ana. Eu sabia que, se contasse a ela, ela iria entender, mas parte de mim ainda queria manter esses sentimentos em segredo, talvez por medo do que eles realmente significavam.Na sexta-feira à tarde, recebi outro e-mail de Henrique. Era uma mensagem curta, convidando-me para um evento de lançamento que sua empresa estava organizando na semana seguinte. Disse que seria uma boa oportunidade para discutirmos mais sobre a campanha e, claro, para eu conhecer algumas pessoas importantes do setor.Ao ler o e-mail, senti um misto de nervosismo e empolgaçã
CLARANo dia seguinte ao evento, acordei com uma sensação estranha de expectativa, como se algo estivesse prestes a acontecer. A noite anterior ainda estava fresca na minha mente, e não conseguia parar de pensar em Henrique e em tudo o que ele disse. Era como se ele tivesse plantado uma semente de esperança dentro de mim, algo que eu não sentia há muito tempo.Mas, ao mesmo tempo, havia uma nuvem de preocupação pairando sobre mim. Eu sabia que estava começando a me apaixonar por Henrique, mas também sabia que havia muitas complicações nesse caminho. A mais óbvia era o fato de que ele era tio de Lucas, o homem que havia destruído meu coração. E, mesmo que eu não tivesse contado a Henrique sobre minha relação com Lucas, sabia que esse segredo não poderia ser mantido para sempre.Passei o dia tentando me concentrar no trabalho, mas minha mente continuava voltando para Henrique. As lembranças da noite anterior se misturavam com os pensamentos do que poderia acontecer a seguir. Eu sabia qu
CLARAOs dias que seguiram ao jantar com Henrique foram uma montanha-russa emocional. Passei horas revivendo cada momento, cada palavra, cada olhar. Por um lado, me sentia incrivelmente feliz, como se finalmente estivesse começando a sair da escuridão que Lucas havia deixado em minha vida. Por outro, a culpa e o medo começaram a se instalar.Eu sabia que Henrique merecia saber a verdade sobre Lucas, mas como eu poderia contar a ele? Como eu poderia explicar que o homem que ele considerava família era o mesmo que havia partido meu coração em mil pedaços? A ideia de perder o que tínhamos, mesmo que ainda estivesse no começo, me aterrorizava. Mas, ao mesmo tempo, sabia que estava construindo algo sobre uma base de mentiras e omissões. E isso me corroía por dentro.No trabalho, tentei me concentrar, mas era difícil quando minha mente estava constantemente dividida. Henrique me enviava mensagens durante o dia, sempre simpáticas e encorajadoras, e cada uma delas fazia meu coração bater mais
CLARAA semana que se seguiu à conversa com Henrique foi uma das mais difíceis da minha vida. Cada dia parecia se arrastar, e a ausência dele era como um vazio que eu não sabia como preencher. Eu sabia que ele precisava de tempo para processar tudo, mas não podia evitar a sensação de que, de alguma forma, eu havia arruinado algo especial.No trabalho, mantive a fachada de profissionalismo, mas por dentro, estava um caos. Henrique não entrou em contato comigo durante toda a semana, e cada dia sem ouvir sua voz ou ver sua mensagem apenas intensificava a incerteza que eu sentia. As coisas entre nós haviam mudado, e eu não sabia se algum dia voltariam a ser as mesmas.Na sexta-feira, ao final do expediente, decidi que precisava sair e espairecer. Ana sugeriu que fôssemos a um novo bar que havia aberto na cidade, e, embora a ideia de sair e socializar não me atraísse muito, sabia que precisava tentar. Qualquer coisa era melhor do que ficar em casa remoendo meus pensamentos.Quando chegamos
CLARAAcordei na manhã seguinte sentindo o calor suave da luz do sol que entrava pelas cortinas. Por um momento, fiquei ali, deitada, permitindo que a realidade da noite anterior se firmasse na minha mente. Tudo o que havia acontecido entre mim e Henrique parecia um sonho, mas o toque dele ainda estava fresco na minha pele, me lembrando de que tudo era real.Virei-me para o lado e o vi ainda dormindo, a expressão tranquila em seu rosto me fez sorrir. Ele parecia tão diferente do homem confiante e controlado que eu conhecia no ambiente de trabalho. Aqui, ele era simplesmente Henrique, o homem com quem eu havia compartilhado uma noite de pura conexão. Não apenas física, mas algo mais profundo, algo que me fez sentir viva de uma forma que eu não sentia há muito tempo.Por um instante, pensei em como as coisas poderiam mudar depois disso. A relação que estávamos construindo era algo que eu sabia que poderia ser maravilhoso, mas também sabia que não seria simples. Havia tantas complicações
CLARANos dias que se seguiram à nossa conversa, senti como se uma nova fase tivesse começado entre mim e Henrique. Havia algo mais leve em nosso relacionamento agora que a verdade estava finalmente exposta. Mesmo assim, sabia que o caminho à nossa frente não seria fácil. Havia muitos sentimentos envolvidos, e o fato de Lucas estar no meio de tudo isso tornava a situação ainda mais complicada.Henrique foi um pilar de apoio durante esse período. Ele me deu o espaço que eu precisava, mas ao mesmo tempo, estava sempre presente, pronto para me ouvir ou simplesmente estar ao meu lado. Era como se a nossa conexão tivesse se tornado mais forte depois daquela conversa, e isso me deu esperança de que poderíamos superar qualquer obstáculo.No trabalho, as coisas continuaram a progredir. Nossa campanha estava ganhando forma, e Ricardo parecia mais satisfeito do que nunca com o nosso desempenho. Mesmo com toda a tensão pessoal, Henrique e eu conseguimos manter o profissionalismo, e isso era uma
CLARAEu estava completamente à mercê de Henrique, e não havia nada que eu quisesse mais. Cada toque, cada carícia era como uma corrente elétrica passando pelo meu corpo, acendendo sensações que eu nem sabia que existiam. O jeito como ele me olhava, com uma mistura de desejo e ternura, me fazia sentir como se fosse a única coisa que importava no mundo naquele momento.Enquanto ele me conduzia para a cama, senti suas mãos firmes segurando minha cintura, puxando-me para mais perto. Seus lábios encontraram os meus com uma fome que parecia ter sido contida por tempo demais. O beijo era intenso, cheio de paixão, e eu me entreguei completamente, deixando que ele tomasse o controle.Henrique me deitou suavemente sobre a cama coberta de pétalas de rosas, o perfume das flores misturando-se com o cheiro do seu perfume, criando uma atmosfera quase mágica. Ele se posicionou sobre mim, seus olhos fixos nos meus, e senti a intensidade de seu olhar como uma chama que queimava suavemente, mas com uma