Capítulo 38

Mesmo com o firme propósito de afogar as mágoas e sufocar as lágrimas no fundo de um rio; Eliza sabia em seu íntimo que esses pensamentos eram frutos de uma alma vazia e contraditória, escondida em meio a uma alto estima, que nunca existiu.

O espelho, a sua frente revelou o quanto ela estava enganando-se. Diante dela estava refletida a imagem de uma jovem amedrontada e perdida dentro de sua própria insignificância. Dentro daquele ínfimo ciclo, chamado, vida, ela era um nada, um Zé-ninguém. Ela era apenas uma imagem pálida e rebuscada tentando encontrar-se no mundo.

Ao olhar mais uma vez para seu reflexo desfalcado, ela se perguntou em que momento da vida se perdeu de si própria. Eliza sabia que não seria preciso ir muito longe ou gastar neurônios, para descobrir que perdeu-se de si mesma no exato momento que encontrou Giulio. Encontrá-lo foi sua perdição, sua condenação; pois ele tirou dela a única coisa que ainda a fazia sentir-se viva: os sonhos. Agora ela estava vazia, incompleta.
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