Olivia FernandesDante soltou uma risada baixa e rouca, o tipo de som que fazia meu coração disparar e meu corpo todo estremecer. Ele olhou para mim com uma mistura de desejo e incerteza, como se ainda estivesse tentando decidir se isso era real ou apenas um sonho insano no qual ele estava prestes a se perder. Mas eu sabia que ele também sentia aquilo, aquela corrente invisível que nos ligava, a atração inegável que resistia a qualquer lógica ou obstáculo que o mundo tentasse impor.Era eletrizante, incontestavelmente quente, como se pudéssemos ver a sensação que nos rondava de tão palpável.— Você tem essa forma… de me desarmar — ele murmurou, aproximando seus lábios dos meus. — É impossível lutar contra você.Eu sorri, satisfeita por vê-lo ceder, mesmo que ainda houvesse uma pequena resistência em seus olhos. Ele sabia tão bem quanto eu que não éramos uma combinação comum, que as circunstâncias ao nosso redor eram caóticas e problemáticas, mas isso nunca tinha sido sobre o que era
Olivia FernandesQuando ele finalmente se livrou da última peça de roupa, pude sentir o calor do corpo dele ainda mais próximo. Seus olhos, escuros e intensos, estavam fixos nos meus, como se estivesse esperando por algum tipo de permissão, mesmo que o desejo entre nós já fosse claro como o dia.Dante se aproximou de mim, seu corpo pressionando o meu contra o mármore frio da ilha da cozinha, criando um contraste delicioso entre o calor que emanava dele e o gelo que se acumulava sob meu corpo. Eu estava ansiosa, o corpo inteiro formigando de necessidade. Minhas pernas, ainda envoltas ao redor de sua cintura, apertaram-se mais, puxando-o para mim com urgência.— Não vou te torturar, Olivia — ele murmurou com um sorriso diabólico, sua voz rouca e baixa, fazendo meus pelos se arrepiarem. — Vou te dar exatamente o que você quer.Dante segurou o membro rígido em sua mão, eu o via pulsar de desejo, se contraindo em necessidade. Minhas pernas se abriram como um convite, e eu já estava mais
Olivia FernandesHavia se passado uma semana desde que Dante disse que me amava. Uma semana onde fui atingida por emoções devastadoras e intensas. — Podemos levar os aperitivos para o auditório? — Kamila perguntou, me tirando do transe enquanto mordia a tampa da caneta incessantemente. — Sim, claro. — respondi alheia ao tempo que havia passado desde que começamos os preparativos para a recepção dos novos alunos. — É melhor irmos, o senhor Salvatore não parece de bom humor hoje. — Kamila tentou equilibrar uma bandeja na mão direita e duas pastas no braço esquerdo, caminhando na frente enquanto eu permanecia inquieta no mesmo canto. Dante estava, sim, com um mau-humor irredutível, mas não seria por menos. Desde que ele se declarou nós não nos falamos direito. E isso não é culpa dele, é totalmente minha. Desde que eu o conheci, acreditei que tudo que eu gostaria de ouvir da boca de um homem como ele seria isso. O quanto sou amada e intensamente desejada.E não vou mentir, eu gostei
Olivia Fernandes O auditório ainda fervilhava com os últimos ecos do evento. Luzes sendo desligadas, o som abafado das conversas que iam diminuindo à medida que as pessoas saíam. Eu estava à beira do palco, tentando controlar minha respiração e me concentrar, mas tudo parecia turvo. Minha mente era uma bagunça, um emaranhado de pensamentos que giravam em torno de Dante.Já era tarde e, apesar de todo o caos que rolou mais cedo, eu sabia que não importava. Nada mais importava, exceto a conversa que precisávamos ter. Meu peito estava apertado, uma mistura de medo e expectativa me consumia. Eu queria respostas, queria que aquele mal-estar que vinha crescendo entre nós simplesmente desaparecesse.Finalmente, vi Dante cruzar o caminho na saída do campus. Estava vazio e o ar frio fazia minha pele se arrepiar. Ele estava sério, mais do que o normal. Algo em sua expressão fez meu coração vacilar. Não era apenas o cansaço do dia. Havia algo mais. Algo que ele não estava compartilhando comigo
Dante SalvatoreDesde o momento em que deixei escapar aquelas palavras para Olivia, eu sabia que as coisas nunca mais seriam as mesmas. Quando disse que a amava, não pensei nas consequências. Apenas deixei o que sentia transbordar. Achei que ela merecia saber, que, de alguma forma, isso nos aproximaria ainda mais. Mas tudo que vi foi medo. Medo nos olhos dela, seguido por um afastamento que me despedaçou lentamente.Ela saiu correndo. Literalmente. E, embora eu entendesse que talvez fosse demais para ela lidar com algo tão intenso, não pude evitar a dor que isso causou. Eu fiquei ali, sozinho, no silêncio, esperando que ela voltasse, que me dissesse que também sentia o mesmo. Mas os dias passaram e tudo o que recebemos foram trocas curtas de palavras, vazias, como se nada daquilo tivesse acontecido.Por mais que eu quisesse ser paciente, por mais que eu quisesse esperar que ela processasse tudo, algo dentro de mim começou a morrer. E, enquanto eu tentava me segurar, algo mais veio par
Olivia FernandesSaí da saída do campus completamente perdida. Minhas pernas andavam por conta própria, mas eu mal sabia para onde ir. A última coisa que queria era voltar para o dormitório. Sentir o silêncio esmagador, as paredes se fechando ao meu redor, sem nenhuma resposta para todas as perguntas que martelavam na minha cabeça."Foi melhor assim." As palavras de Dante ecoavam como uma faca afiada cortando meu peito. Como ele pôde simplesmente… terminar? Depois de tudo? Ele disse que me amava. Ele me beijou como se eu fosse a única coisa que o mantinha de pé. E agora, ele me descartou como se eu fosse nada.Senti o nó na garganta rasgando a cada passo que eu dava. As lágrimas vinham sem aviso, deslizando pelo meu rosto, quentes e desesperadas. Minha visão ficou turva, e minha respiração, pesada. Eu queria gritar, queria socar alguma coisa, queria perguntar a ele por quê. O que fiz de errado? Será que era porque eu demorei a dizer que o amava também? Será que ele nunca sentiu de ver
Olivia Fernandes A noite parecia ter se estendido por horas. A dor que começou rasgando meu peito aos poucos foi substituída por uma estranha sensação de entorpecimento. Talvez fosse o álcool ou simplesmente o fato de estar longe de Dante, longe de todos os lugares que me faziam pensar nele. Estar ali, com Natália e os outros, me deu um pequeno alívio, mesmo que temporário. A música tocava no fundo, e as risadas e vozes ao redor da fogueira se misturavam em um som indistinto. Eu me movia pelo espaço, sentindo a leveza do corpo, quase como se estivesse flutuando. Natália, como sempre, era o centro das atenções. Ela dançava, girando com a garrafa na mão, os cabelos soltos brilhando sob a luz fraca. Por um momento, eu quis fazer o mesmo. Quis me perder, esquecer de tudo, esquecer dele. Me vi rindo com Natália, meus pés seguindo a batida da música, sentindo a terra fria sob os meus sapatos. Eu precisava disso, precisava desse escape, por menor que fosse. Mas havia algo que quebrava o c
Olivia FernandesO vento cortava meu rosto, levando com ele o peso dos últimos acontecimentos. Sentia o movimento dos meus cabelos, úmidos e frios, chicoteando ao redor enquanto as roupas molhadas começavam a secar com o rajar do vento. Agarrada à cintura de Zayn, os pensamentos ainda giravam em torno de Dante, mas algo sobre estar ali, tão longe do campus, tão distante da minha realidade familiar, me trazia uma sensação quase estranha de segurança.Zayn fazia curvas mais acentuadas, acelerando em trechos retos, e eu me segurava nele com mais força do que gostaria de admitir.— Sabia que tava doida pra me tocar assim — ele provocou, a voz baixa e cheia de sarcasmo, contrastando com o rugido da moto.— Só tô com medo de cair — respondi, tentando desconversar, mas o calor subindo pelas minhas bochechas não me deixava mentir. Ele soltou uma risada seca, sem desacelerar.Quando paramos, desci da moto de forma tão abrupta que quase fui ao chão. Meus pés, ainda incertos, escorregaram na ter