44: Recém-chegado

Olivia Fernandes

Pedir para Natália ter um pouco de senso de responsabilidade era como rezar para uma pedra. Eu poderia fingir que minhas preces adiantariam, mas no fim, todos nós sabíamos que aquilo era feito em vão. E, acredite, eu tentei.

Pedi, implorei, tentei negociar e fazer trocas onde ela seria plenamente beneficiada para que eles encontrassem outro lugar para fazer essa tal festa. Porque, além de eu não querer arriscar meu cargo na reitoria, eu também não queria um monte de pessoas duvidosamente limpas sujando o carpete do lugar onde eu vivo na maior parte do mês.

E eles não eram nada convincentes quanto à higiene. Eu podia ver pelo modo como se jogaram na cama de Natália assim que chegaram da rua, todos sujos pelo sei lá o que eles faziam.

“Nós estávamos em uma rave,” o que me apelidou disse, como se tivesse lido meus pensamentos.

“Não precisa se explicar,” falei, um tanto rude, mas esperava que ele entendesse que aquilo ali não era nada confortável para mim.

“Preciso, senã
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