Provar sua inocência

Enry correu para seus aposentos como se fugisse de si mesmo. Cada passo ecoava a angústia que corroía seu peito, a culpa o esmagando como uma montanha impossível de suportar. Ele havia ordenado aquilo. Havia assistido à punição de sua própria companheira, e agora o vazio o consumia por dentro. Fechou a porta atrás de si com brutalidade, as mãos trêmulas, os olhos ardendo. Sua mente repetia incansavelmente a imagem de Danika sendo chicoteada, seu corpo frágil e imóvel, suas esperanças sendo despedaçadas junto com sua carne.

Ele sentiu o peso insuportável de sua decisão. "Foi escolha dela", repetia para si mesmo como um mantra, tentando se convencer de que não havia outra saída. O lobo dentro dele, que sempre rugia e o guiava com uma força primal, agora estava em silêncio, como se estivesse morrendo junto com ela. Os instintos que sempre o haviam mantido no controle estavam fracos, quase inexistentes.

E então, pela primeira vez desde que assumira o trono, Enry permitiu que as lágr
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