— O lado Norte – a voz de Yuri chegava como espinhos nos ouvidos de Riki que não aguentava mais está no mesmo lugar que aquele homem que por coincidência era seu tio, irmão do seu marido… Da família. — O norte do país. Uma pacata cidade cheia de lobisomens que seguem um alfa desconhecido. Mas que protegem como loucos. Cheia de belas mulheres com sorrisos lindos. Mulheres que entenderiam nossa fome de lobo, e nem estou falando de carne fresca no meio da floresta. – Riki parou em frente à casa que morariam agora. — Eu estou tão animado pra começar a explorar cada canto desse lugar – virou para o mais novo — e achar o alfa.
— Você não pode chegar à cidade e caçar o alfa como se ele fosse alguém que todos conhecessem. Tem uma razão para ninguém saber quem porra é esse homem. – Riki se estressou. Desde a morte de Raiden ele não estava pensando direito. — Não queremos confusão com o alfa, nós precisamos dele, somos uma alcateia sem alfa, um clã sem líder, e a gente sem vingança, não vai acontecer – murmurou a última parte fazendo o outro Iakisamoto resmungar. Na Margem da floresta ao lado, Yoshi apareceu sem camisa e com do zíper aberto para o prazer do seu marido que desviou o olhar para a casa grande.
— Achou alguma coisa? – Yuri perguntou se aproximando, Jin estava próximo e não queria que o babaca ouvisse. Se ele estava ou não despertando seu lobo aos poucos, logo, logo estaria escutando tudo que falavam, mesmo de longe.
— Achei Adrian Romero, o beta. E ele não é uma pessoa que pode se aproximar. – Parou logo atrás de Riki soltando um beijo doce em seu pescoço. — O desgraçado só tem dezessete anos, e eu senti medo de estar parado perto dele no meio da floresta, só eu e ele. – Yuri cruzou os braços, confuso da cabeça aos pés, Riki o encarou também. — Estou falando do poder de tremer as pernas, não de sexo.
— Ah, claro, gostei da ideia de saber que você se sentiu atraído por um garoto de dezessete anos no meio da floresta – Riki se virou por inteiro para o marido que riu desviando o olhar para todos os lados — você tá brincando comigo? Porque se tiver é melhor parar ou eu parto sua cara em quatro, oito, dezessete partes. – Yoshi esperou aquele homem parar o surto pra sorrir e gargalhar junto de Yuri, que lhe jogou uma camisa. — Acha que eu to brincando?
— Não duvidaria da sua força, nunca, jamais. – Ajustou a blusa no corpo e pegou os tênis no banco de trás — mas eu amo você, e não tem homem nenhum no mundo que me faça desistir dos seus cabelos… - foi se aproximando devagar — eu adoro puxar eles quando estou transando.
— ah, cala a boca – Yuri puxou Yoshi para se distanciar e olhou para a porta da casa grande já que o moreno foi o primeiro a sair do carro para explorar a casa – JIN, VAMOS EMBORA.
— Pra onde você vai levar o meu marido? E o meu irmão? – Trincou os dentes quando viu Jin sair da casa colocando o casaco de volta.
— Você viu o que estava rolando na entrada da cidade? É um evento, Riki. Eventos são bons para interagirmos e quem sabe despertamos a curiosidade do alfa, ele virá até a gente em algum momento, então vamos mostrar que chegamos. Que tal? – Riki olhou dele para Yoshi e deu as costas — Adrian Romero vai está lá. Com seus dezessete anos de pura masculinidade e noviça – Riki parou no meio do caminho e virou para ver os três.
— Confio no que eu tenho aqui debaixo de todas essas roupas – provocou os três, apontando para seu corpo. Yoshi sorriu seguindo na direção como se fosse um imã, entretanto, Yuri o puxou pela camisa de volta o levando para o outro lado. — CUIDA DO MEU IRMÃO, ESSE BABACA AÍ VAI DAR BEBIDA PRA ELE.
— Talvez isso seja bom – Jin sussurrou para si mesmo quando parou no meio da rua. O bairro parecia calmo como se não morasse ninguém por perto. A floresta atrás pegava os dois lados da rua como se não tivesse mais para onde ir. Colocou as mãos no bolso sentindo o corpo reagir a cada barulho que ouvia nitidamente, Jin podia jurar que se sua vista ficasse amarelada ele gritaria e sairia correndo para a floresta de quatro, encarou as arvores mais atrás, uma trilha que mais parecia o caminho para a felicidade…
— Jin? – O moreno se assustou pelo contato em seu ombro e encarou o homem ao seu lado. — Você tá bem? Se for se meter na floresta que seja com uma mulher, porque sozinho não rola – Yoshi o virou de volta pra estrada enquanto Yuri olhava ao redor, o cheiro, a queimadura da pele de Jin, os sons. Encarou o menor de novo que voltava para a estrada depois de andar em direção à floresta como uma voz o chamasse…
— Eu quero beber – avisou e saiu andando na direção da festa.
— Tá, mas você só tem dezessete anos e Riki falou pra você não beber – Yoshi correu atrás do moreno que andava o mais depressa possível.
Yuri continuou parado olhando ao redor e focou nas costas de Jin que caminhava emburrado se desviando dos comentários de Yoshi e dos comandos de Riki. Com certeza, Yoshi era bem mais legal quando fazia tudo que ele queria para ter ao menos quinze minutos sozinho com o seu amado. Yuri respirou mais um pouco, já puto e seguiu o caminho, Jin não havia se tornando um lobo ainda, mas quando se transformasse ele não seria um lobo qualquer.
Os três seguiram juntos até quase entrada, onde já mostrava inúmeras barraquinhas com todos os tipos de coisa. Yoshi sorria para tudo que via. Qualquer coisa colorida ou com flores que tivesse corações lembrava Riki, e iria comprar alguma coisa para o marido já que o deixou chateado com a história de Adrian. Mas também, não poderia ser diferente, quando o viu pela primeira vez sem camisa no meio da floresta, Adrian lhe passou uma das piores sensações, mesmo com seus genes de lobos e a sabedoria, o poder do beta de um alpha o afetou grandemente, e não era como se soubesse o que era aquilo, afinal, Yoshi foi beta um dia. Mas dependendo do seu alpha, o poder mesmo que pequeno, era grande.
— Eu quero duas cervejas – Yoshi escutou ao longe a voz de Yuri e virou na direção onde ele já abria uma e dava a Jin, primeiramente ele correria e diria para Jin não beber aquela porcaria, no entanto, quando viu o menor beber aquela garrafa de uma vez só e devolver a Yuri sem dizer nada, achou melhor ficar calado. Jin passou pelo trauma de sofrer um acidente e ver com seus próprios olhos as feridas se curarem e ainda ouvir da boca de seus pais que tudo aquilo foi um sonho, estava na cara que o garoto não acreditou, mas ele insistiria naquilo, e com certeza correria para os braços de Riki, e Riki não mentiria, nunca. — vai com calma aí. Essas bebidas são fortes.
— Eu sei – Jin limpou os lábios e olhou ao redor procurando algo que o interessasse e seus olhos pararam na quadra de lacrosse do outro lado da rua um pouco mais afastado. Ele riu de canto. Na escola antiga, era o capitão do time e gostava do jogo, ele sempre lhe proporcionava momentos ótimos, era o jogo onde podia descontar toda sua raiva. — Será que podemos jogar?
— É só formar seu time – Yoshi se aproximou olhando o pequeno aviso grudado nas grades. — podemos arrumar mais algumas pessoas para jogarem – Jin concordou e seguiu com o cunhado em direção à quadra.
Entraram pelo portão já aberto e rapidamente Yoshi conseguiu enxergar Adrian do outro lado do campo. Engoliu a seco ao ver que ele não estava sozinho e quando seus olhos se cruzaram, não foi apenas Adrian que o encarou. Yoshi acenou com a cabeça e o ruivo lhe respondeu indo em sua direção.
— Aquele é Adrian Romero – murmurou para Yuri que puxou o ar para sentir seu cheiro, queria sentir tudo ao seu redor inclusive o poder do alfa, quem sabe. Seus olhos que já pescavam todo tipo de movimentos focaram nos detalhes — nos encontramos de novo.
— Alguma coisa me diz que isso será frequente de hoje em diante - Adrian arrumou o taco o batendo no chão e olhou para Jin. Pela carinha do novo e os olhos que brilhavam enquanto assistia à partida que rolava na quadra, Adrian concluiu ser o lobo que não se transformava. Isso se realmente fosse um lobo. — Essa é sua família?
— Esse é meu cunhado, Jin Iakisamoto – empurrou o garoto para frente e Adrian o fitou da cabeça aos pés, — e esse é o Yuri, meu irmão, e o menos importante da família.
— Eu tenho o meu valor – avisou Yuri mais atrás cruzando os braços. — mas não jogo esse negócio, é muito violento pra mim. Eu prefiro assistir de longe – foi sincero.
— Não é um jogo para perdedores. Vão querer jogar? – Adrian sorriu para interagir, afinal, tinham que conhecer perfeitamente os Iakisamoto, ordens do alfa.
— O Jin – bradou Yoshi, tão rápido que fez os mais novos se assustarem — ele é um bom jogador, desde criança vem praticando era capitão do time na nossa cidade.
— Tudo bem. Vou colocar ele no time do meu amigo, infelizmente o meu já está completo, mas acho uma vaga pra ele no outro – Adrian chamou Gusta que veio correndo tentando armar um coque com o cabelo longo. — Tenho o último integrante do seu time, Jin Iakisamoto. – Gusta olhou de Adrian para Jin que sorriu de canto. Se fosse para jogar ele até gargalhava, tudo que o Iakisamoto queria era apenas isso, aliviar o estresse e esquecer que seus pais não acreditaram na sua versão da historia: EM QUE ELE TINHA SE CURADO.
— Vem, porque o Adrian é um grande babaca – Gusta puxou o moreno e o levou para o canto para pegar um taco e o casaco da mesma cor para jogarem em sincronia.
— Eu posso pegar pesado? – Adrian perguntou quando se voltou a Yoshi. — Você disse que ele não se transforma e um dos métodos do nosso alfa é surrar um lobo e forçar sua transformação.
— E você quer que ele se transforme no meio de todo mundo? – Adrian riu de canto.
— Se ele se transformar, temos o nosso jeito de lidar com as coisas desse tipo. – Sorriu novamente dando as costas aos Iakisamoto que se entreolharam e seguiram para se sentarem em algum canto.
A última partida acabou levando um dos times para as finais. Adrian entrou em campo com seu time e todas as garotas das arquibancadas gritaram elétricas pelo time preferido do colégio. Gusta entrou depois com seu time também chamando atenção das garotas. Para ser justo, o time oficial do colégio se dividiu no meio e complementaram com pessoas de fora, então o jogo seria mano a mano, o sangue ia rolar.
Jin ficou atrás de Gusta que ficou de frente para Adrian. Quando o som do apito soou pelo campo, Gusta riu de canto desviando da bola, bem a tempo de Adrian pegá-la quando a mesma caiu, no entanto, no primeiro passo que deu para passar para o lado adversário, Jin passou pelo ruivo jogando-o no chão tão rápido quanto pegou a bola e correu para a trave arremessando a bola com uma força incrível e marcando o primeiro ponto. Yuri e Yoshi levantaram rápidos batendo palmas para Jin que sorriu erguendo o taco. Gusta correu até o moreno o parabenizando, apesar do susto seu time tinha marcado um ponto.
— O que aconteceu? – Yan parou do lado de Adrian que o encarou ainda jogado no chão. — Escorregou? Ou ele te jogou mesmo no chão como todo mundo viu? – Esticou a mão para o ruivo pegar o ajudando a levantar — que força.
— Eu acho que os Iakisamoto mentiram, ele já se transformou, só não lembra, porque ele não pode ter toda essa força e ainda ser humano. – Adrian arrumou o capacete ajustando seu taco entre as palmas de suas mãos. — Eu vou acabar com ele.
— Eu vou acabar com ele.— E eu achando que a noite acabaria bem; sem brigas ou confusões, como o alfa ordenou – Yan sussurrou voltando para seu lugar — adoro confusão, ou socar alguém.— É por isso que você faz parte do meu trisal – Adrian debochou e encarou por debaixo do capacete os olhos negros de Jin. Quanta surra ele precisava levar para seu lobo sair? — Yan, se prepara – mandou, assim que o apito fez seu trabalho, Adrian esqueceu a bola e correu apenas na direção do Jin e o confronto dos corpos resultou a um Jin jogado no chão e Adrian correndo para o gol sabendo que Yan lhe passaria a bola e o placar empataria.Bingo.Jin girou na grama tentando respirar, o ar que faltou por alguns segundos e ele se livrou do capacete, suas unhas cravaram na grama, alguma coisa em seu corpo tinha se quebrado, tinha certeza absoluta.— Jin, você tá legal? – Gusta agachou perto dele para ajuda-lo a levantar, esticou os braços e o Iakisamoto levantou ainda meio tonto e só depois de estar de pé, q
— Um banho de água fria? – Akira repetiu devagar andando pela sala de um lado para o outro. — queremos que ele se transforme, se queriam tanto apressar a transformação, por que não deixaram que seguisse até o final?— Por que estávamos no meio de um campo de lacrosse em frente a tantas pessoas que eu nem sei contar direito – Yuri também estava inquieto de um lado para o outro querendo mais do que ninguém entender Adrian e toda sua alcateia — Eles vivem aqui como se nada e nem ninguém pudesse os atingir, são como reis e seguem as regras de um alfa que nem eles talvez conheçam. Eles são ferozes e completamente… incompreensíveis. Seus cheiros são fortes, eles são… fortes - parou em frente a Akira que o encarou esperando por algo mais — Yoshi tem razão quando diz que a presença deles tem algo mais.— Nós viemos para essa cidade em busca de vingança, - Riki se pronunciou pela primeira vez, seus olhos em reflexo com as chamas da lareira — Só que a gente tá nos esquecendo do detalhe mais imp
Em um momento daquela madrugada, os olhos esverdeados de Aurora Romero se abriram abruptamente. Seu corpo levantou da cama com passadas rápidas até o despertador e desligando antes do mesmo gritar pelo quarto. Suspirou tranquilamente indo até seu guarda-roupa buscar um maior casado que pudesse encontrar e uma calça para vestir. Colocando de qualquer jeito ela saiu do quarto descendo as escadas, parou na sala procurando qualquer ruído, de um lado para o outro, não encontrou. Correu para a cozinha saindo na porta pequena, a florestava estava nem a sua frente, abaixou para calçar as botas de Adrian jogadas por ali e começou a caminhar.Olhando no pequeno relógio no pulso, notou que faltava pouco para o primeiro dia de aula e menos ainda para o sol raiar cobrindo os telhados das casas bonitas e bem feitas do Norte. Entrou na floresta pisando na terra firme e quase se atola na primeira lama que encontrou. Deixou um xingamento olhando para todos os lados. Caminhou por mais alguns minutos a
— Jin. Jin. Jin. Jin. Jin. Jin. Jin. Jin. Jin. JIN!— Cala a boca! – Ele abriu a porta de uma vez encarando Riki que sorriu de canto mordendo os lábios. — O que é?— Vou te levar para o colégio. – Ajeitou a jaqueta dando um sorriso. — Vamos?— Eu tenho moto. A mamãe disse que eu podia ir sozinho. E vou. Porque eu não quero ter que olhar pra sua cara. – Passou por ele seguindo pelo corredor e desceu às pequenas escadas que davam acesso a sala.— Mas eu quero levar você. É seu primeiro dia numa escola nova em anos, pelo amor de Deus. Quero fazer isso porque sou seu irmão mais velho.— Eu tenho dezessete anos e não quero você me seguindo pelo resto dos meus dias nessa cidade gelada que é insuportável – foi rude ao encarar e dizer tudo aquilo para o irmão que cruzou os braços — eu não quero sua ajuda.— Você nem deve saber onde é a escola. - Avisou querendo a todo custo que ele cedesse logo, mas conhecia bem o sangue que corria nas veias do outro, teimosia era seu maior defeito.— Tenho c
— Ela estava beijando o Marcos? – perguntou novamente fazendo Adrian revirar os olhos na direção do loiro que assistia o nada sentado na sala de aula — Você entende a gravidade disso? Ela estava beijando o Marcos, que é um bruxo. Um bruxo!— Porque você não presta atenção na aula? – Adrian estreitou os olhos para o amigo que mesmo tentando prestar atenção numa aula que nem tinha começado, tudo que ele conseguia ver era ela e Marcos no meio do corredor aos beijos como se fossem muito íntimos. — Temos um trabalho a fazer depois do almoço, então você não me vem com problemas do coração pra resolver agora.— Você está falando isso por que não era a Lívia com a língua daquele bruxo na garganta – Adrian ficou sério — eu não estou nem aí se a Raíza passou o verão transado com um monte de vagabundo pra tentar me esquecer, nada justifica ela beijar o bruxo.— A Raíza não passou o verão todo beijando um monte de vagabundo, ela passou comigo. Ela não é esse tipo de pessoa – Fabricio o olhou pela
— Amiga? – Jin abaixou os olhos — sua namorada você quer dizer.— Ela não é minha namorada – Ele falava a verdade, mas não encarou o Romero nos olhos — Era só uma professora, ela me dava aulas de piano, mas eu odeio pianos, então a gente acabou fazendo um monte de besteira. – Ele ficou em silêncio por um momento e então fitou Adrian que estava surpreso e de boca aberta.— Eu não acredito que você conseguiu pegar uma professora sua. Eu te odeio seu idiota. – Socou o ombro dele rindo feito um idiota — Todo mundo nessa escola sonha em pegar uma das professoras, mas elas fingem que não se sentem atraídas. – Jin fechou os olhos dando um longo suspiro enquanto Adrian andava de um lado para o outro — A pessoa mais perto que chegou de pegar o numero de uma professora e dar uns beijos foi o Yan, mas ele levou uma surra do… - do alfa. Adrian engoliu a seco e se ajeitou em pé parando em frente ao Jin. — Tá, pode continuar.— Minha mãe ligou avisando sobre o meu avô Raiden eu peguei minha moto e
— Você acredita no sobrenatural?— Hã? - Ela riu. — Depende; eu acredito que um dia estarei sentada aqui quando Edward Cullen entrar por aquelas portas com seus olhar penetrante e os lábios coloridos.— Gosta de vampiros?— Se você tiver dentes afiados e garras, eu já gamo - ela riu dando uma leve corada, mas Jin não. — O que foi?— Você falou com seu irmão? - Aurora não entendeu, ficou séria procurando no meio de seus pensamentos alguma coisa que pudesse fazer com que aquele diálogo não parecesse tão... ruim. — Espero que não esteja brincando comigo, porque o que aconteceu foi real. Eu juro. - disse simplesmente se levantando da mesa e a deixou sozinha.Aurora primeiramente pensou em ir atrás do moreno que pareceu tão chateado. Não queria ferir seus pensamentos ou deixar que ele pensasse alguma coisa ruim de si.— Droga.— Não acredito que você espantou o boy - Lívia sentou ao lado da garota que só a encarou de canto.— Nem eu acredito que você deu seu número pra ele.— Ele é novato,
— Espera aí - Ele escutou aquela voz novamente ao pé do ouvido, sabia que era Adrian, mas o que acontecia consigo era mais impressionante.Ele sentiu a terra fria em seus pés quando saiu do campo adentrando a floresta. Sua visão turva o impedia de saber por onde estava seguindo, até ser largado em uma pedra qualquer. Adrian se afastou de Jin junto dos outros betas e o assistiu se contorcer e gritar por socorro enquanto via sua própria pele queimar e cair ao seu redor. A primeira transformação doía. Era pesada e animalesca.Sua pele queimava por fora dissecando e deixando os pedaços caírem dando vida aos pelos que aparecia por todo corpo. Adrian assistiu cada pedaço da transformação até mudar a cor de seus olhos para amarelo e os abrir contemplando o lobo em sua frente.As pernas mal podiam ficar de pé. Um filhote em meio à floresta que se assustou até com a queda que levou rolando várias vezes até bater em uma árvore. Os betas o cercaram para que não fosse longe, a fome de um lobo em