— Amiga? – Jin abaixou os olhos — sua namorada você quer dizer.
— Ela não é minha namorada – Ele falava a verdade, mas não encarou o Romero nos olhos — Era só uma professora, ela me dava aulas de piano, mas eu odeio pianos, então a gente acabou fazendo um monte de besteira. – Ele ficou em silêncio por um momento e então fitou Adrian que estava surpreso e de boca aberta.
— Eu não acredito que você conseguiu pegar uma professora sua. Eu te odeio seu idiota. – Socou o ombro dele rindo feito um idiota — Todo mundo nessa escola sonha em pegar uma das professoras, mas elas fingem que não se sentem atraídas. – Jin fechou os olhos dando um longo suspiro enquanto Adrian andava de um lado para o outro — A pessoa mais perto que chegou de pegar o numero de uma professora e dar uns beijos foi o Yan, mas ele levou uma surra do… - do alfa. Adrian engoliu a seco e se ajeitou em pé parando em frente ao Jin. — Tá, pode continuar.
— Minha mãe ligou avisando sobre o meu avô Raiden eu peguei minha moto e fui embora, mas eu não estava tão bem. Minha pele continuava queimando mesmo debaixo de chuva, foi quando eu olhei no retrovisor e vi que meus olhos estavam amarelos, amarelos como os seus ontem à noite. Eu fiquei maluco e acabei perdendo a direção, eu cai perto de um muro e minha moto do outro lado do universo eu acho. Acabei machucando minha perna, ralei tudo, talvez tenha quebrado não sei – Jin passou a mão pelo cabelo, meio agoniado — eu liguei pro meu irmão pedindo ajuda enquanto segurava minha perna e do nada, o sangue começou a sumir, as feridas começaram a se curar e eu entrei em choque. Não era a chuva lavando o sangue, ele estava voltando pro meu corpo – Adrian abaixou a cabeça dando uma risada baixa — aí alguém bateu na minha cabeça e eu só acordei na minha cama. Meus pais disseram que tudo que contei foi apenas um sonho, mas não foi um sonho.
— Jin às vezes a-
— EU NÃO QUERO OUVIR QUE ISSO É IMAGINAÇÃO DA MINHA CABEÇA – ele gritou. Era notável seu desespero e Adrian, por um momento sentiu pena do Iakisamoto, agradeceu por todos já terem entrado nas salas e ninguém os incomodaria ali. — Me diz qualquer coisa, menos que é ilusão. E além de tudo, dos seus olhos, e do meu corpo queimando ontem quando eu parei no meio da rua pra esperar o meu irmão a luva que o Gusta tinha me dado estava toda furada nos meus dedos. E sabe onde eu vi isso?
— Em uma série de TV?
— Em um livro. – Ele ergueu o pequeno livro com um lobo na frente, Adrian riu de canto. — Não que eu acredite nessas coisas.
— Você não acredita no mundo sobrenatural? – Adrian tomou o livro e Jin não fez questão de pegar de volta — não acredita em vampiros? Bruxos? Videntes? Lobos? – Jin desviou o olhar. — Vem jogar com a gente hoje, a gente resolve as coisas no campo. – Passou por ele batendo em seu ombro e devolveu o livro.
— Eu não quero entrar no seu time. – avisou e Adrian parou de andar.
— Você vai entrar no meu time – Adrian mandou e virou pra ele — Você quer resposta? Eu vou dar sua resposta…
— Espera, espera – ele parou na frente do ruivo e tentou se manter calmo, — você acredita em mim? Os seus olhos também ficaram amarelos, eu não sou cego.
— Te vejo no campo, Jin – avisou novamente passando pelo moreno e sumiu no corredor o deixando sozinho.
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Os olhos grandes e azuis buscaram pacientemente por aquela garota em meio a tantas naquela escola. Todas as pessoas desse mundo poderiam o julgar por correr atrás de uma mulher como a Raíza, mesmo sabendo que ela dormiu várias vezes com seu melhor amigo, e que atualmente beijou o BRUXO, um bruxo muito escroto que ele odiava com toda raiva possível, mas ele não se daria ao luxo de desistir de Raíza. Não depois de tanto tempo para conquistá-la, para conquistar seus pais.
Não quando o coração pedia descaradamente por ela, ainda que estivesse machucado. Caminhando pela escola, Fabricio a encontrou no vestuário, seu cheiro não o impediria de se aproximar de qualquer jeito. O vestuário das garotas ficava perto da quadra e certamente a aula de educação física começaria, e obviamente ele não deixaria que ela fizesse aquela aula. Esperou já perdendo toda sua paciência Raíza sair daquele lugar, de todas as garotas que passaram por ele, a única que Fabricio fez questão de não encarar nos olhos foi Aurora.
Embora seu olhar doce e gentil dissesse muitas coisas, a áurea que ela carregava dentro de si era tão pesada que ele se sentia um filhote ao seu lado. Porém, na escola, e nos assuntos do coração, ela não iria se meter. Quando Aurora saiu deixando a porta um pouco mais aberta, ele entrou fechando-a rapidamente e trancou. Olhou para os armários fechados e a sala quase vazia e foi andando pelo pequeno espaço até encontrar sua querida morena sentada em um dos bancos.
Ela sabia que ele estaria ali quando saísse da sala, ela o sentiu; seu corpo estremecia quando ele estava perto, ela conhecia o som de seus passos, o batucar de seu coração era sua alma gêmea, sempre se conectam.
— Eu sabia que você viria.
— Eu sabia que você viria. - ela disse, mas não ergueu a cabeça. Não estava preparada para olhar em seus olhos, os olhos que ela tanto gostava e admirava.
— Você deve saber também que estive no seu quarto à noite - ela assentiu. — Não vai querer saber por que não entrei?
— Por que você sentiu o cheiro do Adrian? - Fabricio não disse nada — Eu não vou te impedir de ficar com outras pessoas se quiser se vingar, mas acontece que eu precisava ter alguém. E não me importei em ser justamente o Adrian. - ela levantou virando pra ele — você me deixou sozinha naquela noite no meio de uma floresta depois de ter brigado horrores.
— A culpa é sua - Raíza riu.
— A culpa é totalmente sua. Você e seu ciúme doentio, você é maluco - Ele desviou o olhar — eu adoro dançar, ser uma líder de torcida. É uma das coisas mais legais que posso fazer sem mostrar o que sou de verdade. Eu pareço uma garota normal no meio do nosso mundo. E você não me pode impedir de fazer isso.
— Eu não quero impedi você de fazer nada, só estava cuidando do que é meu. - Ele se aproximou com o pouco de paciência que tinha. — o que você faria se eu marcasse um ponto e a líder de torcida do time adversário viesse dar seu telefone pra mim?
— Eu mataria você por ter recebido. - Se aproximou mais parando bem a frente do homem. Podia sentir seu cheiro gostoso e isso a enlouquecia, a saudade estava perfurando seu peito com tanta voracidade que mal poderia respira-la. — Mas eu não aceitei. Eu recusei afirmando que tinha um namorado, você não precisava ter me arrastado dali no meio do jogo e me levando pra floresta. Você foi um ogro. Um machista horrível.
— Eu paguei por isso.
— Você sumiu por uma semana mesmo eu indo atrás. E depois viajou para seu retiro de verão em um campo militar com o seu pai. Não disse nada, não pediu desculpas, você sumiu.
— Eu não nego que fiz as piores coisas do mundo pra você - ele tocou no rosto pequeno jogando os cabelos para trás. — Mas acredite em mim quando digo que todos esses dias foram infernais para mim eu pensei em você o tempo todo, e o pior, não tinha como eu falar contigo. E você aqui, de boa, dormindo com o Adrian.
— Eu não entendo como ainda são amigos. - Fabricio revirou os olhos. — O que você quer aqui? Veio reclamar porque me viu beijando o Marcos?
— Tá ficando com o bruxo agora? - questionou se afastando um pouco.
— Foi um acidente, paguei uma aposta com a Lívia. Eu sinto muito - Fabricio não disse nada, e desviou o olhar — Eu vou pra aula.
— Nós precisamos conversar. Eu errei no passado, mas quero tentar consertar as coisas. Raí eu sou apaixonado por você. - ela sorriu, sabia disso nunca duvidou daquele amor. — Eu quero você de volta.
— Vai com calma Fabricio. Porque eu posso sentir as melhores coisas por você, mas não vou tolerar namorar uma pessoa que não me dar espaço pessoal, que não me deixa ser eu mesma na frente das pessoas. - Fabricio apertou os lábios em um bico. — tá vendo? Você não quer receber ordens e nem aceita o que estou propondo.
— Tudo bem. O Alpha disse para eu ser uma pessoa melhor e eu preciso ser se não vou perder você.
— Não tem que ser bom porque o Alpha mandou. Tem que ser bom porque quer isso. - deu as costas pegando suas coisas e saiu do vestuário deixando o loiro sozinho.
*
Em outra sala, Jin ainda matutava na cabeça a conversa que teve com Adrian. Não sabia o que exatamente aquele ruivo quis dizer.
Conhecer o sobrenatural?
Acreditar em vampiros, lobisomens, bruxos?
Por acaso ele estava tirando uma com sua cara? Mas de uma coisa ele tinha certeza, sua pele ferida cicatrizando não era coisa desse mundo. Então por que acreditar em coisas desse mundo? O primeiro dia como Adrian mesmo falou, era mais pra conhecer os alunos e professores. Infelizmente, Jin Iakisamoto era o único novato em anos naquela escola, era diferente ter um rosto novo, ou melhor, uma carranca nova para as garotas olharem.
Quando a aula acabou, Jin saiu da sala sabendo que seu destino era a quadra, os testes começariam depois do almoço e ele participaria com toda certeza. Por todo aquele vai e vem de pessoas, ele conseguiu achar Aurora, o que não era difícil quando no meio do corredor entre os seres mortais, estava um anjo de cabelo rosa dentro de um short curto mostrando suas pernas e seu corpo cheio de curvas. Tentador. Ele se aproximou sem se dar conta que era vigiado pelo ruivo mais louco daquele colégio, mas também, o que descarregaria todo seu ciúme pela irmã no campo.
— Tentei não achar você, mas seu espírito é tão brilhante que acabei achando no fim do túnel que é essa porcaria de escola. - Aurora riu virando para encontrar os olhos bonitos e escuros de Jin.
— Isso foi uma cantada ou uma crítica ao nosso colégio? - ela fechou o armário trazendo consigo apenas um casaco para amarrar na cintura — o primeiro dia é o mais chato, acredite, as coisas vão melhorar.
— Aposto que sim. Na verdade, a única coisa boa que aconteceu hoje foi falar com você - eles entraram na cantina e Jin a seguiu sem contestar — Mesmo que o primeiro dia não tenha me surpreendido, o cardápio parece bem interessante.
— Sabia que ia gostar. Essa escola é a única que carrega o ensino médio, conta com ajuda dos pais e do estado. Ou seja, temos a melhor educação e as melhores sobremesas também - avisou ao colocar uma torta de framboesa em sua bandeja, Jin concordou. — Já que você é novato, eu te deixo sentar comigo, só porque não conhece ninguém.
— Quem disse que eu não conheço ninguém? - Aurora quis rir ao sentar se à mesa de sempre, bem no meio do refeitório — Eu conheço o Gusta, que ao menos foi gentil ontem. E o seu irmão, eu falei com ele antes da segunda aula. E também me deram esses três números de celular - Ele tirou do bolso pequenos pedaços de papéis com nomes e números de três garotas diferentes. — Tem gente muito interessada em me levar pra conhecer a cidade.
— Ah - Aurora leu os nomes rapidamente e o encarou — Achei que ser popular não estava nos seus planos.
— E não estar. Não ligo pra esse tipo de coisa - Ele desdenhou os números — Não estou interessado em garotas no momento.
— E exatamente no que está interessado agora? - Aurora perguntou em sussurro, querendo se aproximar, Jin riu achando aquele olhar pequeno e curioso o mais lindo do mundo.
— Você acredita no sobrenatural?
— Você acredita no sobrenatural?— Hã? - Ela riu. — Depende; eu acredito que um dia estarei sentada aqui quando Edward Cullen entrar por aquelas portas com seus olhar penetrante e os lábios coloridos.— Gosta de vampiros?— Se você tiver dentes afiados e garras, eu já gamo - ela riu dando uma leve corada, mas Jin não. — O que foi?— Você falou com seu irmão? - Aurora não entendeu, ficou séria procurando no meio de seus pensamentos alguma coisa que pudesse fazer com que aquele diálogo não parecesse tão... ruim. — Espero que não esteja brincando comigo, porque o que aconteceu foi real. Eu juro. - disse simplesmente se levantando da mesa e a deixou sozinha.Aurora primeiramente pensou em ir atrás do moreno que pareceu tão chateado. Não queria ferir seus pensamentos ou deixar que ele pensasse alguma coisa ruim de si.— Droga.— Não acredito que você espantou o boy - Lívia sentou ao lado da garota que só a encarou de canto.— Nem eu acredito que você deu seu número pra ele.— Ele é novato,
— Espera aí - Ele escutou aquela voz novamente ao pé do ouvido, sabia que era Adrian, mas o que acontecia consigo era mais impressionante.Ele sentiu a terra fria em seus pés quando saiu do campo adentrando a floresta. Sua visão turva o impedia de saber por onde estava seguindo, até ser largado em uma pedra qualquer. Adrian se afastou de Jin junto dos outros betas e o assistiu se contorcer e gritar por socorro enquanto via sua própria pele queimar e cair ao seu redor. A primeira transformação doía. Era pesada e animalesca.Sua pele queimava por fora dissecando e deixando os pedaços caírem dando vida aos pelos que aparecia por todo corpo. Adrian assistiu cada pedaço da transformação até mudar a cor de seus olhos para amarelo e os abrir contemplando o lobo em sua frente.As pernas mal podiam ficar de pé. Um filhote em meio à floresta que se assustou até com a queda que levou rolando várias vezes até bater em uma árvore. Os betas o cercaram para que não fosse longe, a fome de um lobo em
— Ele pode mesmo acordar e perder o controle? - Lívia questionou. Não queria passar sua noite olhando pra janela de um lobo amador podendo estar ao lado de Adrian em algum lugar.— Você fez isso quando se transformou. Já que te ajudaram, ajuda alguém agora. Seja uma pessoa boa ao menos uma vez - Mika se sentou no tronco ali perto e fitou a janela e a grande casa nova dos Iakisamoto. — Por que o homem mais bonito dessa casa é gay?— Não sei. E por que eu tô aqui se você é a arma de guerra? Perguntas que nunca saberemos as respostas. - Suspirou entediada e sentou com Mika.— Fomos escolhidas pra fazer a primeira ronda, não acha isso legal? O Alpha é compreensivo, e nunca deixa a gente de lado pelos betas ridículos e queridinhos.— Não acredito que você sente ciúme do Adrian, Yan e do Fabricio - Lívia a encarou e a viu virar o rosto — Mika eles foram criados e treinados pelo Alpha, você quer que ele jogue eles na roda em toda confusão?— Não sinto ciúmes de ninguém, Lívia, mas eu treinei
— O que está fazendo? Se afasta dai - Adrian apareceu puxando seus ombros para o lado e encarou seu rosto — Não corra perigo.— É o Jin, Adrian, abra a porta - Ordenou firme e forte. O ruivo olhou novamente procurando o cheiro, mas havia mudado, não havia mais humano ali. Ouviram as batidas pequenas na porta e Adrian soltou os ombros da irmã para ir até a porta.Devagar ele abriu a porta dando de cara com o Iakisamoto, embora o chuvisco tivesse fraco, com o tanto que andou chegou molhado a pequena varanda do lado de fora. Adrian o chamou apenas com um aceno de cabeça e Jin subiu os degraus entrando na casa para dar de cara com Aurora ao fim da cozinha. Ela sorriu se aproximando devagar, parecia ter medo enquanto chegava.Parada diante dele ela pode sentir o cheiro mais intensamente, guardando o mesmo. Ele mostrava um poder sobrenatural, mas não como o dela, não como de um Alpha. Eles se encararam por alguns minutos até ela erguer a toalha que havia trago. Jin tirou o capuz da cabeça r
Ele havia lhe dado um selinho.Ela havia dado seu primeiro beijo. Sorriu besta tentando desviar o olhar, mas como imã, sua visão sempre voltava para ele e seu cabelo rebelde dormindo tranquilamente.Aurora não dormiu aquela noite apenas olhando para o rosto daquele homem, tão lindo, tão perfeito, com feições sérias e maduras, e agora, com um clã em suas costas embora ele não pudesse dar ordens ou qualquer coisa. Se o poder de um grande Alpha não despertou nele, ela o teria como outro de sua alcatéia. Desviando de seu toque, Aurora sentou na cama e sentiu aquele cheiro. Revirou os olhos se arrastando por entre os lençóis e pisou no chão indo diretamente pra janela.Puxou um pouco da cortina e viu Fabricio de um lado, Yan do outro, ambos de braços cruzados olhando na sua direção. Riu. Culpa-los, não iria. A ligação era forte demais com seus betas. Eles sentiam o perigo ao seu redor, lhe proteger era mais forte que qualquer coisa, instinto era direto.Baixou as cortinas quando escutou al
— A primeira transformação é dolorosa, você iria sentir cedo ou tarde. Não tenho culpa se sua família não o preparou. Os métodos do Alpha para transformações forçadas são dolorosas. Na verdade, tudo que vem do Alpha é doloroso.— Você o conhece? Meus pais disseram que vieram para o Norte para ter o auxílio desse Alpha e pedir ajuda para uma vingança, mas ele não apareceu para eles.— O Alpha não é muito de mostrar sua cara, mas pode acreditar, no momento em que você mais precisar de ajuda, ele vai brotar do chão somente para te salvar. Ele é confiável, uma pessoa que você tem o prazer de dar sua vida sem pensar duas vezes. Somos devotos a ele como o nosso deus na terra. - Jin a olhava de perfil notando a forma como a garota falava do tal Alpha — E é por isso que ele não sai por aí mostrando quem realmente é. Caso contrário, muitas pessoas tentariam o matar, como já vieram, mas morreram de uma forma tão desastrosa.— Você também é?— Sim, e a primeira na fila para substituir qualquer u
Ele subiu o olhar para os olhos de Adrian e cruzou os braços sabendo que vinha uma grande surra pelo futuro.— Achei que não viesse pra escola - Jin não respondeu, não porque não tinha o que responder, e sim porque esperava pelo menos um soco vindo daquele homem.— Você mandou em vir. E eu não teria para onde ir já que não quero ficar em casa com meus pais.— Nós temos um lugar na floresta, uma cabana escondia entre alguns arbustos. Você pode ficar lá. Às vezes os lobos amadores precisam de uns tempos sozinhos. - Jin não disse nada, mas concordou. Ele precisava de um tempo — E é claro que não vamos dar esse tempo pra você.— Ah não. - Murmurou desgostoso.— Ah sim. Seu pai, e o resto da sua família vieram atrás da gente para vingar a morte de seu Alpha, e é claro que não dá pra fazer isso com um membro dos Iakisamoto descontrolado. Nós vamos te dar o treinamento intensivo.— Por que o nome não me parece Bom?— Por que não é. Falta menos de duas semanas para a lua cheia, se você se tra
— O que você fez? – Fabricio ergueu o olhar para o ruivo que lhe trouxe outro copo de cerveja deixando sob a mesa do bar — Você entregou o Jin para o alpha? Mas a gente nem tinha terminando de socar a cara dele. – Reclamou e olhou do ruivo para Yan que desviou o olhar para fora — você também concorda com isso?— O que mais você quer que façamos? Os treinamentos já são severos e nenhuma das outras vezes em que treinamos um lobo seja ele da alcateia ou não, tivemos esse tipo de problema. O Jin é maluco. Ele não controla a raiva, ele tem na cabeça toda uma vida sem saber de nada, acabou de entrar pra esse mundo e tá perdido no universo. Juntando tudo isso, ele não merece necessariamente apanhar, ele merece saber que tem alguém acima dele, com problemas maiores e que a transformação não é basicamente nada comparada ao medo de ver um lobo transformado e virado no cão vindo em sua direção – Adrian explicava com calma, bom, ao menos era o que achava já que sua paciência tinha acabado há mais