— Quero falar também sobre Elian Montes, que morreu em batalha protegendo essa alcateia, um lobo, um conselheiro, e um grande amigo. Do Matheus, um dos caçadores que estava aqui desde o nascimento. Das fadas Esmeralda e Perola Sandrezes que chegaram e se foram rápido demais, deixando muitos, muitos buracos e corações partidos e do meu beta, Adrian Romero, meu irmão. Sua partida desencadeou inúmeras coisas, e uma delas foi à força que nos fez seguir a diante e acabar com nossos inimigos do Sul, trazendo uma nova era para essa alcateia.Dessa vez, ouviram alguns gritos de felicidade.— E como estamos iniciando um novo clico, quero deixar claro que algumas posições dentro da alcateia mudaram. Um exemplo: Quando Adrian morreu, eu tinha uma quarta beta preparada para qualquer coisa ao meu lado, eu não esperava que ninguém morresse, mas nunca podemos descartar essa ideia. Mika Costas lutou comigo e ao lado de seu marcado e voltou grávida da maior missão que tivemos. Com isso, ela não pode f
O dia do casamento para uma noiva tem que ser um dos mais especiais da sua vida, ao menos para aquelas que almejam acima de tudo, se unir ao homem da sua vida e criar uma família, ter muitos filhos e envelhecerem juntos até o fim de suas vidas. Os humanos quase nunca têm esse prazer de se casar com uma pessoa e continuar com ela até o fim de suas desastrosas vidas, mas os lobos eram diferentes, eles sabiam quem era seu e quem teria na sua cama até o dia em que um deles fechasse os olhos para nunca mais abrir.Já os lobos por outro lado, desde os seu nascimento, eles são predestinados a está com uma pessoa, porque alguém naquele mundo foi feito especialmente e diretamente para ele. Muitos vagam por muito tempo pela terra na esperança de encontrar sua pessoa, outros mal conseguem chegar à vida adulta quando tem sua adolescência marcada pela pessoa que os deuses lhe enviaram. E nesses dois casos, Mika Costas e Roger Silvas se encaixavam perfeitamente.Não era de hoje que todo mundo sabia
Duas semanas depois…A estrada estava boa naquela parte da manhã, o dia parecia que melhoraria depois do meio dia e esperava que as coisas se resolvessem até antes disso para que voltassem ao norte ainda aquele fim de tarde. Riki segurava o volante com força enquanto dirigia tranquilamente ouvindo uma música qualquer no carro ao lado marido que se empenhou em ler todas as cartas que foram mandadas para Raiden como pedido de desculpas por não ter ficado ao seu lado e sobre como e quando iriam voltar ao Sul, refizer a alcateia para voltarem a ser como era antes de toda aquela chacina acontecer.Se todos que viessem escrito estavam mesmo dispostos a recomeçar, isso seria uma coisa boa para Aurora, que agora era sua Alpha suprema. Já na entrada da cidade, os lobos que por ali estavam fazendo a vigia naquele horário, se alegraram ao ver finalmente os Iakisamoto de volta a suas origens e isso era uma das coisas mais incríveis que poderiam sentir no momento. Voltar a sua cidade era tudo que
— Então porque não trouxe a humana contigo? É mais fácil a gente curar ela do que criar uma criança - Livia quem disse, e era verdade.— Ela foi envenenada por uma bruxa… - Aurora mudou sua postura ainda com os olhos vermelhos em cima de Riki. — Uma bruxa do Oeste, uma bruxa que a envenenou com a flor de dalhauis congelada, que eu sei que não tem cura, e isso pega na gente. - Apontou para todos eles — Mas não pegou na criança.— Isso é porque veneno congelado não atinge vampiros. - Contou a Riki que se assustou olhando para a criança — É impossível que uma bruxa tenha envenenado a mãe desta criança, as únicas bruxas do Oeste, Leste, Sul e Norte são as do convém de Talissa.— Tudo bem, mas nenhuma dessas bruxas foi ao Oeste envenenar uma humana, ou foi? - Brigou e Aurora pensou mais um pouco, isso era verdade. — Eu tinha que te contar, precisa falar com Talissa.— Podemos ir agora à casa dela, eu te levo - Jin avisou já indo buscar a chave da moto. — E o que vai fazer com a
Os portões foram abertos às pressas.A chuva que caia era demasiadamente assustadora e diferente naquela noite. Os olhares dentro do carro se cruzaram por segundos, sabiam que algo estava errado, e ainda assim seguiram em frente. Nada poderia fazer com que os homens parassem seu caminho. Aquele era seu dever. Pararam o carro quando enxergaram mais a frente o bando maior que já conheceram. Os faróis foram apagados e em segundos o carro desligado.— Tem certeza que devemos fazer isso? – Riki questionou ao pai que deu outra olhada para os homens e viu ao longe seu alpha.— Sim devemos. O alpha é nossa prioridade. – Deu seu ultimato fazendo o filho pular para fora do carro rapidamente batendo a porta. Os olhares dos homens em sua frente o seguiram enquanto caminhavam pra perto. Seu alpha estava amarrado, como se fosse o mais fraco de todos ali, mas era o contrario. Oh com certeza.— Achei que demorariam um pouco mais. Fico feliz que tenham conseguido chegar logo. Seu alpha não fala muito,
“está quente, eu estou quente. O que está acontecendo?”“a rua, a rua está toda molhada”.“chuva está intensa, estou molhado. Estou acabado”.“curando, estava tudo se curando”.“- Riki, eu, eu, eu, eu”.— EU ESTOU CURANDO – Sentou na cama tão rápido que o folego quando o prendeu novamente. Iori saltou da poltrona ao lado parando em sua frente e Jin a fitou respirando fundo até se acostumar com tudo e ficar calmo. — Mãe?— Jin, querido. Você está bem? Sente alguma coisa? Vou chamar o médico – avisou e saiu do quarto. Jin passou a mão na cabeça procurando saber como diabos ele foi parar ali se lembrava de muito bem de estar na chuva, e sua perna… sua perna. Tirou o lençol das pernas procurando pelas feridas. Ele sabia, tinha se curado.— Jin? – Ele ergueu a cabeça — Finalmente acordou. Achei que dormiria mais um pouco.— Você viu isso, Yuri? Viu? Minhas pernas estão curadas. Eu estou curado.— Hã? - ele encarou Jin, depois Iori que deu de ombros cruzando os braços — e porque você estari
Depois de uma longa conversa com Jin que durou exatamente vinte e dois minutos e nenhum segundo a mais, Riki o viu chutar a porta da frente de casa para sair da mesma sendo seguido por Iori e Akira que tentavam o acalmar. Claro que Jin seria o primeiro a retrucar o fato de que teriam que se mudar. Ele era um dos garotos populares da escola, o capitão do time, pegava mais da metade das garotas e somente Riki e Yoshi sabiam que as aulas de piano eram apenas uma desculpa para foder com a professora de peitos grandes.Assim que entrou no carro, bateu a porta outra vez como todo adolescente aborrecido com os acontecimentos presentes. Riki o encarou mais vezes que Yuri que tratou de colocar os fones e escutar sua música, aquela discussão familiar ele passaria com gosto. Mais do que qualquer um ali dentro do carro, Yuri queria chegar ao Norte, conhecer o alfa daquelas terras e trazê-lo para enformar, esfolar, esquartejar Takashi o homem que assassinou seu pai, seu alfa, um elo do seu poder.
— O lado Norte – a voz de Yuri chegava como espinhos nos ouvidos de Riki que não aguentava mais está no mesmo lugar que aquele homem que por coincidência era seu tio, irmão do seu marido… Da família. — O norte do país. Uma pacata cidade cheia de lobisomens que seguem um alfa desconhecido. Mas que protegem como loucos. Cheia de belas mulheres com sorrisos lindos. Mulheres que entenderiam nossa fome de lobo, e nem estou falando de carne fresca no meio da floresta. – Riki parou em frente à casa que morariam agora. — Eu estou tão animado pra começar a explorar cada canto desse lugar – virou para o mais novo — e achar o alfa.— Você não pode chegar à cidade e caçar o alfa como se ele fosse alguém que todos conhecessem. Tem uma razão para ninguém saber quem porra é esse homem. – Riki se estressou. Desde a morte de Raiden ele não estava pensando direito. — Não queremos confusão com o alfa, nós precisamos dele, somos uma alcateia sem alfa, um clã sem líder, e a gente sem vingança, não vai aco