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Capítulo 03 - Bonjour, Paris.

Carolina Smith

Acordei com o sol entrando pela janela, iluminando meu quarto de uma forma que parecia mágica. Era o dia da minha viagem para Paris. O tempo passou tão rápido que mal consegui acreditar que finalmente estava prestes a embarcar. A adrenalina misturada com uma pitada de nervosismo me acompanhou enquanto eu me vestia. Escolhi uma roupa confortável: um jeans leve, uma blusa branca e uma jaqueta de couro que eu sabia que daria um toque europeu ao meu visual.

Chegando ao aeroporto, a atmosfera estava repleta de movimentação. O som das malas sendo arrastadas, os anúncios das partidas e chegadas, e o cheiro de café fresco deixavam tudo mais emocionante. Meus pais estavam ao meu lado, com sorrisos nervosos. Eu podia ver o orgulho nos olhos deles, mas também um toque de preocupação.

— Mãe, está tudo bem — eu disse, tentando confortá-la. — Eu vou ficar bem.

— Eu sei, querida. É só que, você sabe, é uma nova fase, e estamos tão felizes por você — ela me abraçou com força, e eu senti suas lágrimas quentes em meu ombro. Meu pai, sempre mais contido, colocou a mão em meu ombro.

— Estamos aqui, sempre que você precisar — ele disse, a voz um pouco embargada. — E você pode nos ligar a qualquer momento.

Depois de me despedir deles, meu coração disparou ao olhar para o portão de embarque. A ideia de deixar tudo para trás e começar do zero em uma cidade que sempre sonhei me fazia sentir como se estivesse prestes a saltar de um penhasco, mas com um paraquedas que eu sabia que funcionaria. Era uma mistura de emoção e medo que me fazia sentir viva.

Passei pela segurança, meus pés batendo no chão frio do aeroporto, enquanto seguia para o portão de embarque. Em alguns minutos, eu estaria a caminho de uma nova vida. Olhei para trás, vendo meus pais se afastarem, ainda acenando e sorrindo. Eles eram minha base, meu porto seguro, e agora eu estava prestes a navegar em águas desconhecidas.

Enquanto esperava pelo embarque, aproveitei para pensar no que estava por vir. Paris. O nome da cidade ressoava em minha mente como uma melodia suave. Era o lugar onde eu poderia finalmente realizar meu sonho de estudar gastronomia, onde a culinária e a arte se entrelaçavam em cada esquina. Pensei nas aulas que me esperavam, nas experiências que iria viver e nas pessoas que encontraria. Será que eu faria amigos?

Pensei em todas as coisas que queria fazer. Caminhar pelas ruas de paralelepípedos, perder-me nas pequenas boulangeries, experimentar cada croissant e macarons que encontrasse. Queria explorar o Louvre, ver a Torre Eiffel de perto e, claro, experimentar a verdadeira culinária francesa. E, mais importante, queria me redescobrir. Depois de tantos altos e baixos, era hora de me permitir ser feliz, de me libertar do peso do passado.

O embarque foi anunciado, e meu coração disparou mais uma vez. Era hora de entrar no avião. Respirei fundo, passei a mão pelo cabelo e me dirigi para a entrada, meus passos firmes. Assim que coloquei os pés na aeronave, um frio na barriga me acometeu, mas era diferente. Era uma mistura de ansiedade e empolgação, como se eu estivesse prestes a embarcar na melhor aventura da minha vida.

Enquanto o avião taxava na pista, eu olhei pela janela e vi o aeroporto se afastando. O cenário se tornava menor, e eu estava prestes a cruzar o oceano em direção ao desconhecido. Fechei os olhos por um momento e, em meu coração, fiz um pedido: que essa nova jornada me trouxesse não apenas experiências, mas também a coragem de me permitir viver intensamente cada instante.

Embarquei naquela aventura, determinada a fazer de Paris o meu novo lar e a me permitir sonhar novamente. O futuro era incerto, mas estava pronta para enfrentar tudo o que viesse pela frente.

O voo foi longo, mas, assim que o avião começou a descer, uma onda de excitação me tomou. Olhei pela janela e vi as nuvens se dissiparem, revelando uma vista deslumbrante de Paris. A cidade estava envolta por um véu de luz dourada, e eu mal podia esperar para pisar naquela terra que sempre sonhei. Quando finalmente aterrissamos, o coração acelerou com a adrenalina.

Após passar pela imigração e pegar minha mala, procurei pela mulher da agência de intercâmbio que deveria me encontrar. Quando a avistei, acenei animada. Ela era uma mulher simpática, com um sorriso caloroso e um sotaque francês que me fez sentir um pouco mais em casa.

— Bonjour, Carolina! Sou Sophie, da agência. Estou aqui para te ajudar a se instalar — ela disse, segurando uma placa com meu nome.

— Bonjour, Sophie! Estou tão animada! — respondi, tentando controlar a excitação na minha voz.

Entramos em um carro que nos esperava, e logo estávamos a caminho da faculdade. Enquanto dirigíamos, não conseguia deixar de olhar pela janela, absorvendo cada detalhe da cidade. As ruas de paralelepípedos, as fachadas antigas dos prédios, as árvores alinhadas ao longo das avenidas. Paris estava viva, e a atmosfera era elétrica.

Sophie apontava para alguns pontos turísticos enquanto dirigía. — Ali está o Arco do Triunfo! E você verá a Torre Eiffel logo mais à frente.

Eu só conseguia sorrir, maravilhada. Cada esquina parecia contar uma história, e eu mal podia esperar para fazer parte delas.

Após alguns minutos, chegamos à faculdade. Era um prédio imponente, com uma arquitetura clássica que refletia a rica história da cidade. Sophie me conduziu até a recepção, onde assinei alguns papéis. A cada assinatura, sentia-me um pouco mais próxima do meu novo futuro.

— Aqui está o seu horário de aulas — Sophie disse, entregando-me um envelope. — Você terá aulas de culinária, francês e algumas disciplinas práticas.

— Obrigada! — respondi, ansiosa para começar.

Ela então me entregou a chave do meu quarto. — Agora vamos levar suas coisas até lá.

Subimos as escadas e, ao abrir a porta do meu quarto, uma mistura de emoções me invadiu. Era simples, mas tinha tudo o que eu precisava. Uma cama de solteiro coberta por um lençol branco, um pequeno frigobar no canto, uma mesa de estudos iluminada pela luz que entrava pela janela e um guarda-roupa para guardar minhas roupas. O banheiro, embora pequeno, tinha o básico e parecia acolhedor.

— É um bom espaço para você se instalar — Sophie comentou, observando minha reação. — Lembre-se de que aqui será seu lar pelos próximos meses. Faça o melhor disso.

— Eu vou fazer! — eu prometi, já imaginando como poderia personalizar o espaço com fotos e pequenas lembranças.

Depois de um momento para absorver tudo, Sophie me deu algumas dicas sobre a faculdade e sobre a cidade. Fui ouvindo tudo atentamente, tentando gravar cada informação.

— Agora, você pode se instalar e, se quiser, podemos sair para comer algo — sugeriu Sophie.

— Seria ótimo! Estou morrendo de fome — admiti, com um sorriso.

— Vamos explorar um pouco antes de você começar as aulas!

E assim, saímos para as ruas de Paris. O sol estava começando a se pôr, lançando uma luz dourada sobre a cidade. Enquanto caminhava ao lado de Sophie, uma sensação de expectativa se instalou em meu peito. Paris era mais do que eu havia imaginado, e eu estava pronta para mergulhar de cabeça nesta nova aventura. A vida estava prestes a começar, e eu estava mais do que preparada para aproveitá-la ao máximo.

Enquanto caminhávamos pelas ruas de Paris, o aroma de pães frescos e café preenchia o ar. Sophie sugeriu que parássemos em um restaurante charmoso com mesas ao ar livre, onde as pessoas desfrutavam do calor do fim de tarde.

— Que tal aqui? — ela perguntou, apontando para um bistrô acolhedor, com toldos listrados e flores coloridas decorando as mesas.

— Perfeito! — respondi, sorrindo.

Entramos e escolhemos uma mesa perto da janela. O cardápio era recheado de pratos deliciosos, e logo Sophie me perguntou:

— Você tem planos de trabalhar aqui enquanto estuda?

— Eu gostaria muito — admiti. — Preciso de uma renda extra.

Sophie acenou, satisfeita. — A agência oferece algumas oportunidades. Aliás, tem um restaurante que está precisando de garçonetes. Se você estiver interessada, posso fazer a ponte.

Meu coração pulou de animação. — Eu adoraria! Isso seria perfeito. Trabalhar em um restaurante em Paris seria uma ótima experiência, principalmente para o curso.

— Ótimo! — Sophie disse, pegando seu celular para anotar as informações. — Vou entrar em contato com o gerente e te passar os detalhes. Eles estão procurando alguém que comece logo, então será uma boa chance.

Enquanto esperávamos nossos pratos, não pude deixar de pensar em como tudo estava se encaixando. Paris, o intercâmbio, a oportunidade de trabalhar em um restaurante… era exatamente o que eu precisava.

— Obrigada por me ajudar, Sophie — falei, sentindo-me grata.

— É para isso que estou aqui! — ela respondeu com um sorriso, e em seus olhos havia um brilho de cumplicidade.

Nossos pratos chegaram, e ao dar a primeira garfada, percebi que a comida era tão deliciosa quanto eu imaginava. Enquanto saboreávamos os pratos, falávamos sobre nossos planos e sonhos. A energia era contagiante, e eu sabia que esta era apenas a primeira de muitas aventuras que eu teria em Paris.

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