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Capítulo 05 - Evento Importante.

Carolina Smith

Hoje faz exatamente uma semana desde que cheguei em Paris, e, apesar de todas as mudanças e dos imprevistos que caíram no meu colo, eu estava gostando do rumo que as coisas estavam tomando. A rotina ainda era novidade: manhãs de aulas intensas de gastronomia, tardes no trabalho para garantir minha permanência aqui e, à noite, a chance de caminhar pela cidade como se eu fosse parte dela.

Hoje não era diferente, saí da faculdade e fui direto para o restaurante, pronta para mais uma tarde de correria. Assim que cheguei, notei que o ambiente estava mais agitado que o normal. Os chefs conversavam rápido, os garçons entravam e saíam da cozinha em um ritmo frenético, e senti que algo importante estava para acontecer.

— Carolina! — chamou minha chefe, Camille, ao me ver.

Ela era uma mulher elegante, com uma postura firme, mas um jeito direto e justo de tratar a equipe. Sorri ao me aproximar, mas percebi pela expressão dela que tinha algo a mais ali.

— Hoje à noite teremos um grande evento — ela começou, sem rodeios. — Um dos garçons que iria trabalhar lá ficou doente, então preciso que você vá no lugar dele.

— Sem problemas — respondi sem pensar duas vezes. Trabalhar em um evento parecia uma ótima oportunidade para aprender mais e, quem sabe, até fazer contatos interessantes.

Camille suspirou, um pouco mais aliviada, e logo em seguida me entregou um uniforme mais elegante do que o que usávamos no restaurante. Era um vestido preto, discreto, mas sofisticado, que deixava claro o nível do evento.

— É importante que você chegue ao local às seis da tarde em ponto — continuou ela, enquanto me passava a localização. — E quero você bem arrumada, entendeu? Um cabelo bem feito, uma maquiagem simples, mas elegante. Esse é um dos eventos mais importantes da semana, então cada detalhe importa.

Assenti, sentindo um frio na barriga. Nunca tinha participado de um evento desse tipo antes, mas havia algo na forma como Camille explicava que me fazia querer fazer tudo perfeitamente.

Passei o restante da tarde no restaurante, focada no trabalho e sem deixar transparecer a ansiedade que começava a tomar conta. Terminei meu turno às três e meia e fui liberada para ir embora e me preparar.

Cheguei no dormitório ainda absorvendo a ideia de trabalhar em um evento tão importante. Assim que fechei a porta, me joguei na cama, exausta. Me permiti uns minutos de descanso, fechando os olhos enquanto respirava fundo e tentava controlar a ansiedade que agora me acompanhava.

O som do celular vibrando me despertou do meu breve momento de paz. Era uma mensagem de Camille com a localização do evento. Curiosa, abri o mapa e comecei a pesquisar o lugar. Em segundos, uma série de fotos apareceu, e meus olhos se arregalaram ao ver o tamanho e a sofisticação do local: era um salão imenso, com lustres luxuosos e decoração clássica. Claramente, não era um lugar para qualquer evento — aquilo tinha cara de alta sociedade.

Sem resistir à curiosidade, digitei o nome do evento. Logo, me deparei com uma matéria que destacava o encontro de vários empresários renomados da França. Passei os olhos rapidamente pela notícia, até que um nome chamou minha atenção: Louis Beaumont. O sobrenome soava familiar, mas não tinha ideia do porquê.

Continuei lendo, e logo vi algumas fotos dele. Louis era um homem de presença marcante, daqueles que você só de olhar sabe que tem poder. Tinha um jeito descontraído, mas com um charme e uma intensidade no olhar que era impossível ignorar. Ele parecia sorrir com uma confiança que deixava claro que era alguém acostumado a estar no controle. "Bonito", pensei por um momento. Mas logo deixei a ideia de lado. Eu tinha coisas mais importantes para me preocupar.

Fechei o celular, suspirei e fui até o banheiro para tomar um banho. A água quente me ajudou a relaxar e, aos poucos, comecei a me concentrar no que realmente importava: eu precisava me arrumar com capricho e estar impecável para o evento.

Depois do banho, coloquei o vestido que Camille me entregou. Quando me vi no espelho, precisei admitir: o tecido ajustava-se perfeitamente ao corpo, valorizando cada curva de um jeito elegante, mas sem exageros. O tecido fluía suavemente, e a cor escura realçava meu tom de pele. Senti-me diferente, quase uma versão mais sofisticada de mim mesma.

Decidi prender meus cabelos loiros em um coque alto e bem arrumado. Um penteado simples, mas que dava um toque de classe. Em seguida, comecei a maquiagem. Passei sombras em tons dourados e marrons, deixando os olhos bem marcados, mas sem pesar. Finalizei com um batom cremoso de tom rosa claro, que dava um ar natural e sofisticado ao mesmo tempo. Estava contente com o resultado.

Por fim, calcei meu par de saltos com sola vermelha — o mais caro que já comprei. "Se algum dia eu for precisar desse tipo de sapato, esse é o momento", pensei com um sorriso. Eles completavam o look perfeitamente, dando um toque de elegância e confiança.

Coloquei um par de brincos dourados e um relógio elegante, que combinavam com os detalhes do vestido. Olhei mais uma vez no espelho, surpresa com o que via. Era como se aquela versão de mim mesma estivesse pronta para qualquer coisa que Paris pudesse oferecer.

Peguei minha bolsa e coloquei apenas o necessário: carteira, celular e um batom extra. Conferi mais uma vez minha aparência no espelho, respirei fundo e saí do dormitório. Ao caminhar pelo campus, senti vários olhares em minha direção, alguns surpresos, outros curiosos, mas todos intensos. Aquilo me fez sorrir internamente. A produção havia ficado realmente boa.

Cheguei ao portão e logo avistei um táxi. Entrei e mostrei o endereço ao motorista, sentindo um misto de ansiedade e excitação. A cada rua que passávamos, o coração parecia bater mais rápido.

Ao chegar, desci do táxi e olhei ao redor. O local era ainda mais imponente do que parecia nas fotos, colunas de mármore, janelas altas e detalhes dourados por toda parte. O evento claramente era de alto padrão. Quando entrei, só os funcionários estavam presentes, finalizando os últimos preparativos. Dei uma rápida olhada nas outras garçonetes e garçons e me senti aliviada ao ver que todos estavam igualmente bem arrumados. Escolhi a produção certa.

Caminhei até Camille, que parecia bem focada, dando as últimas orientações para alguns funcionários. Quando me viu, ela assentiu com um pequeno sorriso de aprovação.

— Então, Carolina — ela começou, me entregando uma bandeja vazia — Quero que você fique na entrada primeiro, recebendo os convidados e oferecendo bebidas. Quando todos estiverem acomodados e o evento começar, você vai se deslocar para a ala leste, onde os empresários vão se reunir para o jantar.

Assenti, absorvendo todas as instruções e me preparando mentalmente para o que estava por vir.

— Tudo bem, acho que consigo lidar com isso — respondi, mantendo um sorriso profissional no rosto.

— Ótimo — Camille respondeu, colocando uma mão no meu ombro como incentivo. — E lembre-se de ser discreta e educada. Esse é um evento muito importante, então é essencial que todos estejam confortáveis.

Assenti novamente, pronta para começar. Estava decidida a fazer meu melhor.

Assim que os primeiros convidados começaram a chegar, eu endireitei a postura e coloquei um sorriso educado no rosto, tentando ao máximo parecer profissional e tranquila. Servi as primeiras taças de champanhe, recebendo alguns elogios de homens e mulheres que comentavam sobre o meu visual e o quanto eu estava elegante. Cada elogio era um pequeno estímulo, e eu começava a me sentir mais confiante e satisfeita com a minha escolha de ter aceitado essa oportunidade.

Após um tempo de serviço, ao olhar na direção da entrada, um novo grupo de convidados entrou. Entre eles, eu o vi. Ele era inconfundível: o rosto conhecido das fotos que eu tinha visto mais cedo. Louis Beaumont. E, para minha surpresa, ele era ainda mais impressionante pessoalmente.

Ele era um homem maduro, e seu porte exalava confiança e um certo mistério perigoso. Alto, com ombros largos e um corpo que parecia perfeitamente esculpido, ele se movia com a postura firme de alguém acostumado a comandar. A elegância do terno que ele usava, perfeitamente ajustado ao seu corpo definido, deixava claro que ele era um homem de gostos refinados. Mas havia algo mais em sua aparência — um ar sensual e um toque de cafajeste que só tornavam sua presença ainda mais intrigante.

Seu cabelo escuro estava levemente bagunçado, como se cada fio estivesse ali por pura intuição, dando a ele um charme despretensioso. E aquele sorriso… Era o tipo de sorriso que misturava um quê de mistério com uma confiança quase insolente, como se ele soubesse exatamente o efeito que causava nas pessoas. Ele parecia absorver tudo ao seu redor, cada detalhe, e eu tive a sensação de que nada escapava àquele olhar astuto e penetrante.

Quando seus olhos escuros percorreram o salão, senti um leve arrepio, mesmo sabendo que ele provavelmente nem havia notado minha presença ali. Mas o magnetismo dele era inegável. Era como se toda a sala diminuísse, e só ele estivesse em foco, capturando o ambiente com uma presença que era impossível ignorar.

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