A linda ruiva reduzira a marcha do Jeep Renegade logo depois da curva que a colocava na longa ladeira que era a Avenida Kennedy. Normalmente dirigia em baixa velocidade e gostava de apreciar as coisas por onde passava, fosse uma árvore, um animal ou uma criança brincando em um quintal.
Ao contrário de quando era criança, seus cabelos agora eram muito claros e ela reforçava a cor com pinturas. Havia aprendido a gostar de seu estilo ruiva e sexy após a adolescência. Os olhos verdes, que já eram claros, tinham ficado ainda mais claros com o passar do tempo e sobre isso não havia o que fazer.
Ainda não conhecia a cidade, mal sabia o caminho até sua nova casa, mas encontrar uma loja de produtos femininos de qualidade já estava em sua lista de prioridades. De qualquer forma, da primeira vez que estivera ali com a corretora, podia jurar ter identificado uma discreta loja de bebidas e torcia para se lembrar bem do lugar. Aquela noite pretendia degustar um bom vinho ao pé da lareira e refletir sobre os planos para o futuro.
Os cinco anos em Nova York tinham sido bons, apesar das turbulências. No início fora complicado, do dia para a noite ela virara a ex-amante de um grande empresário e seu nome virara manchete em blogs de notícias e fofocas. Pior que isso fora se virar para escapar das inúmeras emboscadas da filha do sujeito, que parecia ter se decidido a infernizá-la.
Felizmente, um acordo entre Sky e Robert, rendera uma gorda poupança e fizera com que Érika, filha de seu ex-amor, a deixasse em paz. Os cinco minutos de fama também fizeram com que seu único livro publicado, Desejos Secretos, se esgotasse nas bancas e livrarias.
Pelos anos seguintes, Sky ficara na cidade, escrevendo para blogs e revistas com outros pseudônimos e desfrutando da boa vida que sua pequena fortuna a proporcionava. Contudo, os encontros com Robert Hemingway e sua esposa, a belíssima socialite, Amélia, eram constantes em festas e eventos. Sem contar a filha do casal, que não perdoava o pai pela traição como a mãe fizera e odiava a jovem escritora, armando barracos todas as vezes que se encontravam.
Cansada de tantos problemas desnecessários, Sky decidira deixar a grande metrópole. Havia se mudado para Nova York para ficar mais perto de Robert e para publicar seus livros e uma vez que os dois sonhos tinham acabado, nada mais a prendia ali.
Era hora de recomeçar. Aqueles eventos desagradáveis eram passado.
A garota abaixara a cabeça, quase encostando a face no volante para ver as letras acima de um estabelecimento assim que passara por ele. Sua memória nunca a deixava na mão, era ali mesmo o lugar que desejava chegar.
O letreiro em linhas de led vermelhas dizia Armazém Scothfield e abaixo, em letras azuis menores se lia café, almoço e bebidas. A escritora tinha de admitir, adorava as três coisas, só faltara adicionar sexo à lista.
Sky seguira procurando por uma vaga para estacionar e acabara o fazendo no quarteirão seguinte. Saíra de dentro do veículo esfregando as mãos para se aquecer. Não estava nevando, mas ainda assim era um inverno frio e a ventania não ajudava. Sair de dentro do conforto do Renegade com seu ar condicionado quentinho naquele clima era algo que só faria por uma boa razão.
E não via razão melhor que um bom vinho para a acompanhar naquela noite.
A garota abrira a pequena porta de vidro e ao passar, ouvira o som do sino que anunciava a chegada de novos clientes. O interior do lugar era aquecido e aparentemente, aconchegante. Observadora como era, a moça contara quatro mesas ao fundo, todas vazias e um balcão com alguns bancos.
Em um dos bancos estava um homem grande e gordo, com a barba por fazer e aparentemente, com o olhar mergulhado em um copo de cerveja. Vestia uma camisa de manga longa xadrez nas cores vermelho e preto e calças jeans. Os cabelos negros lhe caíam sobre a face e a moça ficara ponderando o que levava aquele homem a beber ali às seis da tarde.
Sky já ia cumprimentar o sujeito quando um senhor surgira, se levantando de trás do balcão com um pano branco na mão. O homem de olhos azuis e longa barba branca enxugava uma taça e a colocara junto de outras e encarara a moça com o ar sério de quem via um fantasma.
—Boa noite, querida. Elliott ao seu dispor – dissera o sujeito, vestindo uma boina verde e apanhando os óculos de lente redondas pequenas demais para o tamanho de sua face – Em que posso lhe ser útil?
Era um homem alto e gordo, bem mais velho que aquele bebendo no balcão. Usava um avental azul com o nome do estabelecimento bordado e Sky deduzira que era o dono, pois não tinha cara de funcionário em sua opinião.
A ruiva esboçou um sorriso ao pensar naquele senhor vestido com roupa e gorro de Papai Noel. Certamente deveria fazer isso na época do Natal, seria um desperdício se não o fizesse com aquela longa barba branca. O sorriso gentil e amistoso também deveria ser bem atrativo para as crianças.
—Eu… – começara a garota, olhando para a adega atrás do senhor – Estou procurando por um vinho. O senhor tem uma excelente coleção, pelo que vejo.
O homem alargou ainda mais o sorriso com o elogio. Era uma mulher direta e apreciadora de boas bebidas, algo não muito comum de se ver.
—Procurando por algo especial? – indagara o velho.
—Na verdade, aceito sugestões – respondera Sky.
Então ela não entendia sobre vinhos. E certamente sobre nenhuma bebida – pensara o homem. Entretanto, era uma mulher elegante e isso bastava.
—Tinto ou branco? – perguntara Elliott, procurando saber mais sobre o gosto da jovem para bebidas. O homem no balcão finalmente virara a face pra olhar a garota falando com o senhor.
—Tinto, por favor. Meu ex-namorado sempre comprava os vinhos, por isso não entendo nada sobre safras e marcas. Vou confiar na sugestão do senhor.
—Esqueça o senhor – dissera o homem sorrindo – Me chame de Elliott.
—Sim, senhor, digo, Elliott – sorrira Sky de volta.
—Tenho aqui um Chateau Pichon, safra de 2007. Tenho certeza de que irá gostar, é um ótimo vinho. Temos de admitir que ao menos vinhos, os franceses fazem melhor com um capricho de dar inveja – dissera o sujeito, apanhando uma garrafa da enorme prateleira atrás de si.
—Se o senhor, quero dizer, se você diz – respondera Sky, aprendendo a se comunicar com aquele homem – me entrego completamente à sua indicação.
O homem digitara alguma coisa em uma caixa registradora enquanto a moça apanhava a garrafa de cima do balcão, lendo as anotações em francês no rótulo, embora não entendesse nada. Já ia perguntar o valor da bebida quando o velho voltou a falar.
—Você não é daqui, não é? – indagara ele – Moro nessa cidade desde que nasci, conheço praticamente todo mundo. Vi os filhos de muita gente nascerem, crescerem e até alguns se casarem. Qual é a sua graça, por favor?
Aquela conversa caminhava para um pedido de desconto no valor. Sky sabia que homens sempre cediam a pedidos sedutores de mulheres bonitas e ela era uma linda jovem de vinte e sete anos sendo cortejada por um homem que tinha idade o bastante para ser seu pai, ou talvez avô.
—Sou Serenity, Serenity Sinclair – respondera a garota esticando a mão por cima do balcão para cumprimentar o sujeito – Comprei uma casa ao sul da Bald Mountain. Já transferi minhas coisas, mas só estou me mudando realmente hoje. Primeiro dia de verdade na cidade.
O velho parecera mais surpreso do que antes. Sky tinha um talento único em ler as pessoas e sabia quando estavam pensativas a respeito de algo sério. Isso somado à paranoia de esperar sempre pelo pior, a tinha levado para dezenas de sessões de terapia por viver desconfiada de que escondiam coisas dela.
Obviamente, Robert tinha grande parte da culpa por isso.
—Elliott Scothfield. É um prazer conhecê-la, senhorita – dissera o homem, a cumprimentando – O sujeito pouco falante ao seu lado é Norman Burton.
O grandalhão que até aquele momento não havia dito nada, voltara o olhar na direção de Sky. Ainda segurava a enorme caneca de vidro pela alça.
—Então você é a nova proprietária da casa do velho Ben? Foi, de fato, uma tragédia o que houve com aquele homem. Eu bem disse que ele estava ficando louco, mas ninguém me deu ouvidos. Nem os próprios filhos…
A garota ficara em silêncio por um instante, esperando que algum dos dois continuasse a falar, mas aparentemente agora esperavam que ela dissesse algo, embora não fizesse ideia do que estavam falando.
—Ben…? – resmungara Sky, esperando uma explicação mais ampla.
—Ben Carter – dissera Elliott – Antigo proprietário da casa ao pé da Bald.
Agora as coisas começavam a fazer mais sentido. Talvez.
—Carter? Quer dizer, parente de Jonathan Carter? – indagara Sky.
—Johnny – dissera o velho no lado de dentro do balcão – É o filho mais novo de Ben. Ele morava com a mãe, Helena e a irmã, Susie, no centro da cidade há algum tempo. Então você o conheceu.
Sky balançara a cabeça para os lados.
—Na verdade, não o conheci pessoalmente. Falei apenas com a corretora, senhora Valentine. Foi ela quem me disse que a família havia colocado a casa à venda – explicara a moça – Visitei a propriedade com ela e me pareceu muito boa pelo preço, não tive como resistir.
—Ah, Valentine Smith, aquela cobra – resmungara Norman, sorvendo de um gole da cerveja – É claro que ela não contaria toda a história para vender logo a casa. Não podemos negar que é um grande imóvel.
De repente, Sky sentia como se tivesse sido enganada. Do que aqueles dois estavam falando? Havia algo sobre a casa que ela não sabia?
—Que história? – perguntou diretamente se dirigindo ao mais velho.
Os dois homens se olharam por um momento.
—Ben Carter morreu naquela casa há seis meses – explicara o sujeito – A família já não morava com ele há algum tempo.
—Fale a verdade para a moça, homem – interrompera Norman – Ben estava louco. Já tinha alguns anos que vinha balbuciando pela cidade. Foi exatamente por isso que a esposa e os filhos o deixaram e foram morar no centro. O velho alucinava dizendo que estava sendo perseguido por personagens de seus livros. Esses escritores são todos assim, chega um momento em que ficam perdidos entre realidade e fantasia dentro de suas cabeças.
—Ben então era um escritor? – indagara a garota, apenas para conferir – O nome não me traz nenhum livro à mente. Me desculpem por dizer.
—Não se sinta culpada por isso – confortara Elliott – Era um homem com um grande talento, mas nunca foi uma celebridade nacional, nenhum Dan Brown, se é que me entende. E não foi por isso que sua vida social definhou. Há anos o homem se rendera ao alcoolismo. Se tornou um alcoólatra inveterado e ninguém conseguiu trazê-lo do fundo do copo novamente.
A ruiva ponderara por um instante, refletindo sobre as fatídicas coincidências descobertas naqueles poucos minutos. Estava se mudando para uma casa onde um escritor alcoólatra morrera. Ironicamente, a primeira coisa que fizera antes de colocar os pés em sua nova residência fora parar para comprar uma garrafa de vinho. Não gostava dos rumos que aquela conversa seguia.
Felizmente – se lembrara – era cética demais para acreditar em destino.
Quando mais nova havia acreditado em destino, amor e todas essas coisas que meninas adolescentes acreditam, mas o tempo a ensinara que o destino era escrito linha por linha, todos os dias, por cada um.
—Quanto lhe devo? – dissera erguendo a garrafa e sorrindo para desviar o curso daquela conversa fúnebre demais para seu primeiro dia na cidade.
—Considere como um presente de boas-vindas – dissera o sujeito erguendo a mão esquerda. Agachando atrás do balcão, Elliott apanhara outra garrafa, esta cheia até quase a metade e esticara a mão, a oferecendo para a moça – Leve este também, por conta da casa. É um Conhaque Courvoisier, garanto que não há melhor companhia para noites frias.
—Aceite os presentes desse homem – dissera Norman, terminando de beber a cerveja na caneca – Ele não é o tipo que faz caridade. Além disso, o lugar onde vai morar é um dos pontos mais frios da cidade nessa época do ano.
—Não tenho como agradecer… – começara a garota.
—Deixe disso. Irá voltar aqui mais vezes, tenho certeza – respondera Elliott – Se me permite recomendar, tenho ótimas panquecas para o café da manhã e bifes acebolados perfeitos para o almoço. Será um prazer recebê-la qualquer dia desses. Volte e considere as bebidas de hoje quites.
Sky concordara com a proposta, afinal, já havia pensado na possibilidade de voltar para comer ali. Estava levando suprimentos e outras coisas no carro, mas logo teria de sair em um tour pela cidade para conhecer lojas e supermercados.
Agradecera e dissera ter sido um prazer os conhecer, apesar da conversa fúnebre sobre o tal escritor e saíra do armazém abraçada às duas garrafas.
O lado de fora era bem diferente do interior aquecido e confortável, com toda a ventania fria e o clima úmido daquela estação. Tudo que a garota queria agora era voltar para dentro de seu carro e seguir direto até a nova casa.
Se tudo corresse como planejado, logo estaria tomando um banho quente e depois, degustando daquele maravilhoso vinho junto ao calor da lareira.
Sky saíra do armazém abraçada às duas garrafas que havia ganhado. Tinha de admitir que aquilo parecia um sinal de boa sorte, conhecer gente simpática e ganhar presentes logo que chegara na cidade. E teria de voltar ali para provar a comida de Elliott ou fosse lá quem cozinhasse naquele lugar. Porém, nem tudo parecia ser sorte. A garota mal dera dois passos e pisara em falso, desequilibrando para a frente. Antes mesmo que soltasse as garrafas para tentar se equilibrar de volta, sentira quando uma sombra a envolvera. Mãos fortes e quentes a seguraram com firmeza pelos ombros, a mantendo em pé até que recuperasse o equilíbrio. Do fim da longa avenida abaixo, uma lufada vento soprara, esvoaçando seus cabelos e carregando diversas folhas secas pela calçada. —Essa foi por pouco – dissera a ruiva, apertando as duas garrafas contra os seios com o braço esquerdo enquanto levava a mão direita até a face para mover a mecha de cabelos cor de fogo que o vento colocara sob
Sky seguia pela trilha entre as árvores ouvindo The Black Eyes Peas no rádio e pensando em como seria sua rotina do dia seguinte em diante. Certamente os primeiros dias seriam agitados, teria de ir à cidade comprar coisas novas para a casa e fazer anotações de tudo que precisava ser consertado.Contudo, calculava que dentro de um mês as coisas estariam resolvidas, aí então a vida seria de pura tranquilidade. Isso se sua mãe não decidisse aparecer. Joana, ou como preferia ser chamada, Melody, estava sempre disposta a fazer todo o possível para canalizar as energias do ambiente e isso significava mudar tudo que Sky organizava para um lugar diferente.A ruiva costumava pensar que ela era o mar calmo e sua mãe o tsunami. De qualquer forma, não podia negar que as coisas sempre ficavam bem no final.Logo após o portão de entrada da proprie
A jovem escritora vira sua inspiração retornar de forma mágica ao ter aquele caderno em suas mãos. Não era de seu feitio escrever manualmente. Como toda garota de sua geração, anotava o mínimo possível em papel com caneta. Até as listas de compras eram digitadas no celular ou notebook. Porém, não conseguia deixar a esferográfica de lado quando começava a esboçar um novo livro. Escrevera até adormecer exausta. Havia sido um dia longo e conturbado. Acordara com o som da campainha. Abrira os olhos devagar e percebera que sequer tinha apagado as luzes do quarto. A primeira coisa de que se lembrara fora do caderno de anotações e quando não o vira em lugar nenhum, se sentara na cama apavorada tentando lembrar onde o havia guardado. Felizmente Sky tinha um jeito simples de organizar as coisas e lá estava o caderno na gaveta do enorme criado-mudo com o abajur de cor creme ao lado da cabeceira. Ouvira novamente o som da campanhia na porta e deduzira, contra a vontade,
—Não sou casada – respondera a garota – Na verdade, comprei a casa tem pouco tempo e moro sozinha. Gosto de espaço, solidão, privacidade. E todos os ambientes têm câmeras que registram tudo vinte e quatro horas por dia a fim de garantir minha segurança no caso de assalto ou coisas assim.—Câmeras escondidas? – comentara o advogado varrendo cada canto da cozinha com o olhar – Devo dizer que a ideia é genial, mas acho um desperdício uma mulher tão linda gostar tanto de solidão como diz.E lá estava o sujeito lançando seu charme irresistível novamente. Era como um predador que caçava por prazer e não escondia as presas. Sky sabia para onde aquele jogo de flertes seguiria e era exatamente o que desejava. Contudo, não havia mais um coração indefeso para ser partido em seu peito.—Quer um pouco? &nd
As bolas também eram grandes. O saco, completamente depilado, fora o primeiro ponto de parada da garota com sua língua sedenta de desejo. Sky não pretendia demorar muito por ali. O tempo continuava correndo e o que desejava era aproveitar como se o mundo fosse acabar dali meia hora, ainda mais depois que sentira aquele colosso pulsando entre seus dedos.A boca gulosa e insaciável da ruiva explorara cada centímetro em menos de um minuto. Sky não sabia dizer exatamente o tamanho daquele maravilhoso brinquedo para adultos em suas mãos, mas a julgar por outros amigos com quem já estivera, calculava uns vinte e quatro centímetros. E a grossura se destacava entre os maiores que já tinha visto!A chupada durara menos de cinco minutos. A intenção da mulher era apenas o deixar lubrificado o suficiente para que, ao se sentar, as coisas rolassem sem problemas. A calcinha já estava
Ângela Sant’Anna Del’Aventura. Quando ouvira o nome pela primeira vez, Sky precisara se controlar para não rir. De alguma forma, para a escritora, aquele parecia o nome de alguma protagonista de novela mexicana.Contudo, a verdade era um pouco mais complicada e séria.Agente Del’Aventura. O título não fazia o nome parecer menos engraçado.Ângela, como pedira para ser chamada, era uma agente do FBI e segundo explicara brevemente, estava à frente de uma operação para capturar o homem com quem a ruiva havia passado a noite.Quando ouvira que o advogado com quem transara era procurado pelo FBI em três estados, acusado de oito homicídios, Sky começara a ponderar se havia tomado a decisão certa na noite anterior, pouco antes de aquele belo espécime de homem bater à sua porta.Entretanto, não conseguia se concentra
—Estamos lidando com um assassino. Chegamos aqui após muito trabalho e investigação de muitos profissionais. Pessoas morreram porque não podemos prever o futuro, então, independentemente do que acredite, sorte ou não, está viva e não teremos mais mortes nesse caso – respondera rispidamente.—E quanto à última garota que mencionou? – perguntara Sky.—A encontramos no porta-malas do carro. Não chegamos a tempo para ela.Por fim, a mulher vestindo roupas negras saíra, caminhando no chuvisqueiro em direção à SUV que a esperava. Todos os demais agentes já aguardavam em seus veículos. Sky continuava em pé à porta da frente da casa, agora vestindo calças, blusa de moletom e chinelos.De braços cruzados, via os veículos manobrando e deixando a propriedade. Esperava que aquele evento
Após Ângela e sua equipe deixarem a residência, Sky subira para o quarto e se agarrara ao Sexy Notes. Passara a chamar aquele estranho caderno pelo nome de seu antigo blog, pois a única coisa que restara do que havia feito tinha sido o título com letras douradas na capa. A ruiva mordia o lábio inferior de leve, nervosa, curiosa, pensativa. Fechara os olhos e ficara assim por mais de trinta minutos com o livro colado ao peito em um abraço. Se dizia todo o tempo que não estava louca. Era uma mulher jovem e saudável, plenamente no controle de suas faculdades mentais. Não havia dúvidas, ela sabia que tinha escrito grande parte da cena junto de Ricardo naquele caderno. O encontro, a transa, tudo correra perfeitamente até a equipe do FBI surgir em sua casa. Agora, tudo que restava era a certeza de que havia transado com um assassino serial. A confusão em sua mente se dava quanto ao poder daquele caderno. Tudo o que havia escrito tinha acontecido. Contudo,