O motorista do passado (II)

- Acha mesmo que eu olharia para Sasha e o compararia com meu irmão morto há mais de duas décadas?

- O que você e mamãe pretendem fazer?

- Ficaremos aqui um tempo até Catriel resolver sua situação com a Corte.

- E depois?

- Depois levarei minha filha caçula até o altar. – Sorriu.

Catriel pegou minha mão, apertando-a entre a sua, o dedo girando o anel de noivado que eu trazia no anelar.

O olhei, sentindo o coração acelerar. Só de pensar no nosso casamento eu já ficava ansiosa. E ainda tínhamos tantos problemas para resolver!

- E... Depois? – Insisti.

- Satini e eu viajaremos. Não teremos residência fixa.

- Quero transar em vários países diferentes. Talvez bater um recorde... – Minha mãe falou, andando na nossa direção com um largo sorriso no rosto, não demonstrando nenhum constrangimento ou vergonha pelo que dizia.

- Satini! – Meu pai ficou um pouco sem jeito.

- Acha que eles não sabem que a gente faz sexo, Estevan? – Ela arqueou a sobrancelha, as pálpebras escuras emoldurando o rosto
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