POV ALEXIA D’AUVERGNE BRETONNEAndrew e eu pegamos um voo comercial. Eram tantos convidados naquela festa de Aimê que não houve jatos suficientes para serem alugados. Sean ficou com um dos meninos no assento de traz. Arthur conosco.- Você não achou nossos pais muito estranhos?Andrew me olhou:- Como assim?- Eu não sei explicar! Mas... Pareciam querer que achássemos que pouco se importavam com qualquer coisa.- Acho que estão numa fase que pouco se importam mesmo. Querem viver, só isso.- Minha mãe nunca foi uma pessoa de viver sossegadamente.- Nem a minha. Mas ela não é mais aquela garota rebelde que lutava contra a monarquia.- Para mim Katrina ainda é a garota rebelde que luta contra a monarquia.- Acha que nossos pais se rebelarão contra as monarquias e acabarão com todos os reinos do mundo? – Andrew riu, com aquele sorriso que me derretia por dentro.Peguei a mão dele e balancei a cabeça:- Talvez você tenha razão. Estou imaginando coisas...- Ou não! – Sean levantou no assent
POV KATRINA LEE CHEVALIER- Tem certeza que o endereço é este? – Perguntei para Magnus enquanto andávamos pela rua completamente deserta, na madrugada.- Tenho.- Mas isso aqui parece um bairro residencial.- E creio que realmente seja. Mas não há nada que diga que o encontro precisa ser num bar. Isso foi coisa inventada por Dom.- Não foi Dom que inventou que tinha que ser num bar. Era mais seguro na época. E inclusive tiveram alguns que foram em casas.- Ah, não quero saber dos encontros que você foi... Por favor.Comecei a rir: - Está com ciúme?- Eu? Ciúme de Dom? – ele riu – Sempre.- Seu bobo! – Comecei a rir.- Não achei que você e Dom fossem ser amigos para o resto da vida. Não depois de tudo que houve entre vocês.- Ele casou com a minha irmã.- Eu sei. Caso não lembre, ela também era minha irmã. O que passou, passou Magnus. Eu gosto de Dom... E por você eu sinto amor... Paixão... É bem diferente.Ouvimos passos atrás de nós e não olhei para trás, amedrontada. Magnus virou a
AlpemburgDesde que eu era criança, sempre desejei ser a rainha de Alpemburg, embora fosse a terceira na linha de sucessão. Pauline, a futura monarca, que se preparou praticamente a vida inteira para assumir o país, desistiu, deixando nas mãos da nossa irmã do meio, Alexia, a responsabilidade de carregar a coroa.Sempre ouvi das minhas irmãs que ser a futura rainha era um fardo a carregar. Nunca vi desta forma. Sempre me senti privilegiada por ser da monarquia e ter nascido princesa de um reino/país tão maravilhoso quanto Alpemburg, que foi governado por meu pai, meu avô, certamente o bisavô e toda a linhagem D’Auvergne Bretonne.Eu gostava daquela vida cheia de luxo. Era feliz por ser amada e idolatrada pelo povo do meu país, assim como meu pai havia sido um dia. Alexia, apesar de séria e sempre bem amparada politicamente pelo nosso avô, fechara seu reinado com chave de ouro, considerada uma rainha responsável e de boas alianças políticas. Resumindo: um reinado de paz.Eu deveria ter
— Max é o meu segurança.— E? — Odette mostrou as palmas das mãos, em sinal de dúvida. — Qual o problema? Seus pais jamais se importariam com isso. E o povo a ama de qualquer jeito.— Eu serei rainha de Alpemburg.— E ele pode ser seu marido.— Odette, esperei a vida inteira para assumir o trono. Sempre sonhei com o momento da coroação. Eu amo a minha vida e sei que sou uma privilegiada depois de tudo que passei quando criança. Sempre pus na minha cabeça que eu casaria com um príncipe, alguém da realeza.— Andrew Chevalier? — Ela riu.— Andrew já arranjou sua princesa. E além do mais, ele não tem uma coroa ou título.— Então você recusaria Andrew Chevalier?— Por mais que o tenha amado durante toda a minha vida... — exagerei. — Eu diria não pelo fato de ele não ter uma coroa.— Isso quer dizer que irá caçar um futuro rei ou alguém da realeza para casar?— Não sou obrigada a casar. Não diz em lugar nenhum que para assumir o trono eu precise ter uma aliança no dedo direito.— Ok, neste
Antes de tomar banho, peguei um livro de romance que eu já havia lido no mínimo umas vinte vezes. Se chamava “Par Perfeito” e estava na lista dos meus preferidos por uma cena picante em especial, que estava marcada com um pequeno post-it de cor amarelo neon, para que eu pudesse encontrá-la facilmente, sempre que quisesse.Me dirigi a sala de banho com o livro em mãos e o pus no balcão enquanto retirava minha roupa sem pressa. Contemplei meu corpo nu no espelho que ia do chão ao teto. Deveria fazer um corte especial nos pêlos pubianos? Ou melhor seria raspá-los por completo? Se Max optasse por fazer sexo oral em mim, como será que preferiria? Ou aquilo não influenciaria em nada? Se eu gostasse muito, deveria perguntar-lhe se da próxima vez ele quereria com pêlos ou sem pêlos?Respirei fundo, certa de que gostaria sim que aquela noite fosse a qual eu perderia minha virgindade. Já havia feito dezoito anos e era hora de começar minha vida sexual. Embora eu quisesse casar com um príncipe,
— Irá postar que hoje é o dia de perder sua virgindade? — perguntou, rindo.— Acha que devo colocar na legenda #partiu-perder-a-virgindade ou #partiu-descobrir-o-que-é-um-orgasmo?— Acha mesmo que terá um orgasmo na sua primeira vez?— Por que não? Eu acho que sim.— Praticamente impossível.Enruguei a testa, apreensiva. Como assim?Minha mãe parou na porta, vestida de forma magnífica para um jantar que tinha com meu pai e alguns políticos de um país vizinho que haviam vindo conhecer Alpemburg.— Vai sair? — Me olhou.— Sim. Odette e eu vamos passear um pouco.— Onde?— Num lugar seguro.Ela olhou para Odette:— Confio em você.— Claro, Majestade! — Odette sorriu, sem jeito.— E em mim? — perguntei de imediato.— Também. — Ela fez uma careta e depois sorriu, dando-me um beijo. — Voltaremos tarde. Não saia sem seguranças.— Eu não faria isso. — Sorri, debochadamente.Antes que ela se fosse para o tal jantar, perguntei:— Mãe, é impossível gozar na primeira vez?Satini D’Auvergne Breton
— Se eu quiser tocá-la, fugirá novamente?— Não! — Fui firme.Max veio instintivamente na minha direção, deitando-me e se pondo entre minhas pernas, com os olhos fixos nos meus.— Você é linda, Aimê... — A voz dele saiu fraca e carregada de desejo.— Me beije, Max... — pedi.Max curvou a cabeça e beijou-me carinhosamente, a língua enrolando na minha enquanto uma das mãos tocava a lateral do meu corpo, sem pressa, sobre o vestido de tecido fino.O beijo foi longo e quente. Minha calcinha molhou, o que não era novidade, já que eu mesma conseguia provocar aquilo. Quando Max afastou-se um pouco, me olhou:— Gosto de você há muito tempo, Aimê.— Eu... Também gosto de você — admiti.— Estou querendo dizer que... Estou apaixonado.— Apaixonado? — Quase engasguei.Apaixonado era uma palavra forte, não só para aquele momento, mas para qualquer outro.— Se você sente o mesmo que eu, o que nos impede de ficar juntos?Levantei meu corpo, empurrando-o com gentileza, preocupada, sentando-me sobre o
Max pegou a taça:— Está bêbada.— Não estou bêbada! Acha que por uma pessoa ser sincera e falar a verdade não pode estar em sã consciência?Max pegou a taça da minha mão e jogou-a longe. Ouvimos o som dela caindo na água. Levantei, aturdida e peguei a garrafa do espumante, bebendo o restante no gargalo. Quando acabei, joguei a garrafa na mesma direção em que ele atirou o copo, apontando o dedo na sua direção:— Perdeu a sua oportunidade, “Max”!Max levantou, atordoado:— Por que nunca me falou antes sobre achar que eu não servia para você?Eu ri:— Achou que servia? Eu serei uma rainha dentro de alguns meses, Max.Max balançou a cabeça, virando as costas em seguida:— Você só se preocupa consigo mesma. Não é capaz de enxergar nada além do seu mundinho dourado.— Eu me preocupo com o povo de Alpemburg, mais do que qualquer outra coisa. Faria qualquer coisa por este país.Max virou na minha direção:— Não, você nunca se preocupou com o povo de Alpemburg, Aimê. Só se preocupa com o que