Sim? Não? O que dizer naquela hora? O que eu pensava realmente ou o que ele queria que eu dissesse?- Não. – Foi minha resposta seca.Catriel me olhou, sem dizer nada. Menti que achava que não e ele que acreditava em mim, ambos tentando evitar uma briga.Sentei-me na cama onde ele estava deitado e olhei pela janela, observando a noite estrelada e respirando profundamente o ar puro que entrava por ela.- Eu só acho que ninguém é confiável.- Ninguém não se refere à minha mãe, não é mesmo?- Ninguém... Eu me refiro... A todo mundo... Que não seja nós dois.Catriel sentou-se na cama e abraçou-me por trás, dando um beijo no meu ombro:- Sei que minha mãe é bem difícil. Mas ela não faria nada contra a própria neta.Ele desatou o nó que fiz na toalha que estava enrolada no meu corpo, na parte do peito.- Como Olavo apareceu lá, se estava combinado que entregariam Siena para ele somente no dia seguinte? – Perguntei, puxando a toalha de volta.- Eu falei com ele.- Por quê? – Fiquei confusa.
- Endorfina... Melhora o humor, diminui as tensões e reduz o estresse... – Catriel puxou a toalha, deixando-a cair no chão – A alta quantidade de endorfina melhora também o... Fortalecimento do sistema imunológico... – minha voz enfraqueceu enquanto ele ia distribuindo beijos pelos meus seios, descendo pela barriga, ventre – diminuindo assim o risco de infecções... – ele ajoelhou-se no chão, abrindo minhas pernas com tranquilidade – Vírus e...- Ok, vamos fortalecer seu sistema imunológico e liberar muita endorfina esta noite, meu amor. A parte boa é que entendi que este hormônio também alivia o estresse... – abriu meus grandes lábios com os dedos, antes de passar a língua por toda minha extensão, provando-me – Vou provar meu chá preferido... – mordeu levemente meu clitóris – o que vem da sua boceta.Minhas pernas amoleceram e precisei me segurar na janela, sentindo sua língua sem pressa tocando cada centímetro da minha boceta. Gemi de forma dengosa, fechando os olhos e deixando todos
Como assim? Ela iria mesmo embora?Puxei Pauline pelo braço, afastando-a um pouco dos demais:- Você... Transou com ele na praia? – Perguntei curiosa, referindo-me a Henry e os conselhos que nossa mãe havia dado.- Claro que não! A praia é cheia de areia. É... Nojento. – Ela fez careta.- Ah... – sorri – Bem que imaginei que vocês não tinham transado na praia.- Por quê? Imaginou que eu não teria coragem? Pois saiba que eu tenho. Só não achei higiênico!- Higiênico? Sexo é higiênico? – revirei os olhos - Porra, nem fale sobre higiene! – toquei meus cabelos – E só imaginei que vocês não tinham transado na praia porque eu estava lá... E não vi mais nenhum casal nu na areia. – Comecei a rir.- Sua monstrinha pervertida! – Ela começou a rir, me dando um tapinha no ombro.A abracei:- Sentirei sua falta!- Tanto quanto sente de Alexia? – Sussurrou no meu ouvido.- Sim, tanto quanto sinto de Alexia. – Admiti.- Eu amo você, Monstrinha. Sempre amei. As meninas tomavam tanto do meu tempo. E e
Por quanto tempo ficaríamos na Villa de pescadores? Quando o futuro de Catriel e dos Levi Mallet seria decidido?Não encontrei meus pais naquela tarde. Catriel e Lucca estavam a um bom tempo em reunião com os pescadores locais, falando sobre alianças e política, como se Catriel voltar a ser rei fosse tão certo quanto o sol aparecer todos os dias em País del Mar.Eu e Odette estávamos sentadas na escadaria de uma das pequenas casas, que minha mãe insistia de chamar carinhosamente de “choupanas”.- Catriel entende muito sobre a política de País del Mar... Bem como a forma de lidar com o povo. – Odette observou.- País del Mar não é um lugar difícil de governar. O povo é tranquilo.- E sem ambições.A olhei seriamente:- Não acho que sejam sem ambições. Eles são felizes da forma como tudo acontece. Temos um povo simples... Mas feliz. Já falei da ideia de criar uma forma de as mulheres da Villa também ganharem dinheiro a não ser com o artesanato que vendem para os turistas?- Não. Qual su
- Não esperava que eu ficasse em casa enquanto falava com meu irmão, não é mesmo? Esqueceu que sou o rei deste país? – Catriel levantou-se, falando de forma firme.- Não é mais o rei!- Porque você me afastou para pegar o trono. Sempre quis meu lugar. – A voz de Catriel alterou-se, diferente do duque Giancarlo, que em momento algum alterou o tom.Giancarlo Cappel suspirou e deu-se por vencido, sentando-se numa das poltronas.Ele usava um terno cinza com camisa branca e gravata vermelha. Os cabelos, que batiam na altura dos seus ombros, estavam penteados para trás, com muito gel. Eu não achava o duque bonito, mas naquele momento ele me pareceu um pouco sexy, especialmente com a forma tranquila com que falava.- Tirando o fato de você ter sido amante da minha esposa, não tenho nada contra você, Catriel. – Foi bem claro.Engoli em seco, temendo que fossem discutir aquele assunto ali, na minha frente.Catriel mordeu o lábio, não falando nada.- Por que me chamou, duque? – Lucca perguntou
Porra, eu estava muito confusa. Se já tivéssemos o resultado da comida tudo seria mais fácil. Acusar a mulher sem provas realmente era bem complicado e mesmo que as digitais dela estivessem no cofre, parecia-me que o delegado sequer cogitou que ela pudesse ter feito o que fez.O certo era que a rainha tinha mantido a própria neta presa por dois anos, fazendo o pai acreditar que a filha estava morta, mantendo-o ainda longe de todos. Também foi contra o relacionamento da filha. E ainda se recusou a entregar Siena ao pai, mesmo sabendo que a justiça havia lhe dado a guarda da filha de volta. Ainda assim estava livre, numa mansão, como se nada tivesse acontecido. E aquilo era bem estranho.- Só vim morar aqui para tentar agilizar esta questão do envenenamento do seu pai. – O duque continuou.- Vossa Graça é muito cínico! – Lucca provocou.- E vocês cegos! – Foi a resposta dele.Uma empregada apareceu com água e refrescos. Claro que ninguém quis, já que o assunto era justo o veneno que hav
Mas Anna Julia sequer se moveu com a força dos meus pés, mantendo-se com a mão firme na minha garganta, tentando fazer com que eu caísse, embora eu me segurasse no parapeito, na tentativa de grudar as pernas ao corpo dela.Uma mão me segurou com firmeza pelo braço enquanto Anna Julia caía no chão, de forma violenta. Era Catriel, vindo me socorrer, sem que eu sequer conseguisse chamá-lo, aparecendo na hora exata em que precisava.Senti as lágrimas escorrerem pelas bochechas enquanto a minha mão foi diretamente para o pescoço, tentando recuperar o ar, sentindo como se ela ainda estivesse apertando minha garganta.- Sua louca! – Catriel gritou, enquanto todos vinham para sacada.- Ele... Me empurrou! – Anna apontou para Catriel, fazendo uma voz melindrosa enquanto reclamava para o marido.- Esta mulher é doente! – Catriel gritou, enquanto me pegava no colo – Estava tentando jogar Aimê daqui de cima...Enlacei meus braços ao redor do pescoço dele, incapaz de dizer qualquer coisa.- Ela co
- Neste caso, certamente será encaminhada para um trabalho comunitário.Peguei a folha que ele tinha nas mãos e pus perto da vela, observando o meu desenho em grafite, tão perfeito que captava até as veias dos meus braços, que eram bem marcadas, bem como a mancha mais escura do pescoço, causada por Anna Julia.Encarei Catriel, completamente admirada:- Achei que você só pintasse. Mas também desenha... Muito bem.Ele balançou a cabeça:- Ainda falta aprimorar o desenho. Me saio muito melhor com a pintura.- Ficou perfeito! – Toquei a folha, sentindo a textura do grafite misturada com o papel sulfite. - Você tem um dom incrível.- Creio que eu tenha mais inspiração do que dom... – Deu um beijo no meu ombro – Vê-la é sempre um martírio para mim, já que tenho vontade de desenhá-la ou pintá-la o tempo todo.- Quando iremos embora daqui? – Perguntei, afobada – Preciso de um banho decente com os meus produtos de higiene... Tenho que comprar roupas novas antes de recuperar minhas coisas que f