Pauline deu um beijo na nossa mãe e outro em mim e saiu, fechando a porta.Olhei para minha mãe e comecei a gargalhar:- Você disse “choupana”?- Não é este o nome destas casinhas tão singelas e fofas?Quando Catriel retornou eu estava deitada na cama, observando a lua cheia no céu, imaginando-a refletida no mar, mas com preguiça de ir até a varanda. Não lembrava a última vez que havia ficado sem fazer nada ou pensar em nada, com a mente completamente vazia.- Foi na Delegacia? Descobriu alguma novidade? – Sentei-me no meio da cama, observando-o atentamente.Catriel retirou a camiseta e jogou-a sobre uma cadeira:- Não... Só estava andando por aí.- Andando por aí? – Levantei, indo na direção dele.- Estou tão confuso, Aimê! – Ele passou as mãos pelo rosto, parecendo exausto.- Quer... Falar a respeito?Catriel deu um passo e ficou junto de mim. Toquei seu peito vagarosamente, percebendo o suor. Foi quando ele me enlaçou pela cintura, chocando nossos corpos de forma violenta. Sorri, e
Quando chegamos na Delegacia, o ambiente já nem me pareceu estranho. Pelo contrário, era até familiar. Nunca passou pela minha cabeça ir tantas vezes numa Delegacia como havia ido nos últimos tempos.Assim que nos sentamos em frente ao Delegado, separados pela sua mesa grande e cheia de papéis espalhados e desorganizados sobre ela, Catriel perguntou imediatamente:- Como meu pai foi envenenado?- Com Cianeto.- Cianeto? – ri, atônita – Isso já sabemos Delegado. Agora conte uma novidade, por favor.- Se tiver paciência e me deixar concluir, farei isso com gosto, Alteza – me olhou, de forma sarcástica. - Para ser mais exato – olhou para Catriel – Havia vestígios de veneno, embora mínimos, no cofre que existia dentro do quarto do rei e da rainha.Catriel balançou a cabeça, atordoado:- Como... Só viram isso agora? Por que tanto tempo para chegarem a conclusão de que havia restos do veneno no cofre?- Recolhemos vários itens dos aposentos do rei e da rainha quando tivemos livre acesso ao
Precisava explicar quem eu era para não correr o risco de ser impedida de entrar no meu destino quando chegasse, já que não teria dinheiro para pagar pela corrida.Enquanto em pensava em mil coisas ao mesmo tempo, o homem me alcançou o celular.- Ah, obrigada! – Falei, perplexa por ele te me dado o aparelho para que eu usasse.- Cat?- Aimê, sua louca, onde você está? O que aconteceu, porra?- Estou indo para a mansão Cappel. Me encontre lá, Catriel, por favor. Eu temo que... – A ligação caiu, interrompendo-me.Tentei várias vezes e não consegui contato.- O sinal é fraco para estes lados. – O homem me explicou.- Obrigada da mesma forma.Ele parou o carro em frente a muros altos e um portão gigantesco de ferro. Eu não lembrava da área de entrada da mansão Cappel, já que quando visitei a residência, tempos atrás, havia vindo junto da família real, pouco prestando atenção a detalhes.- É aqui, Alteza!Desembarquei do carro e disse:- Me encontre na villa de pescadores amanhã. É lá que
Sim? Não? O que dizer naquela hora? O que eu pensava realmente ou o que ele queria que eu dissesse?- Não. – Foi minha resposta seca.Catriel me olhou, sem dizer nada. Menti que achava que não e ele que acreditava em mim, ambos tentando evitar uma briga.Sentei-me na cama onde ele estava deitado e olhei pela janela, observando a noite estrelada e respirando profundamente o ar puro que entrava por ela.- Eu só acho que ninguém é confiável.- Ninguém não se refere à minha mãe, não é mesmo?- Ninguém... Eu me refiro... A todo mundo... Que não seja nós dois.Catriel sentou-se na cama e abraçou-me por trás, dando um beijo no meu ombro:- Sei que minha mãe é bem difícil. Mas ela não faria nada contra a própria neta.Ele desatou o nó que fiz na toalha que estava enrolada no meu corpo, na parte do peito.- Como Olavo apareceu lá, se estava combinado que entregariam Siena para ele somente no dia seguinte? – Perguntei, puxando a toalha de volta.- Eu falei com ele.- Por quê? – Fiquei confusa.
- Endorfina... Melhora o humor, diminui as tensões e reduz o estresse... – Catriel puxou a toalha, deixando-a cair no chão – A alta quantidade de endorfina melhora também o... Fortalecimento do sistema imunológico... – minha voz enfraqueceu enquanto ele ia distribuindo beijos pelos meus seios, descendo pela barriga, ventre – diminuindo assim o risco de infecções... – ele ajoelhou-se no chão, abrindo minhas pernas com tranquilidade – Vírus e...- Ok, vamos fortalecer seu sistema imunológico e liberar muita endorfina esta noite, meu amor. A parte boa é que entendi que este hormônio também alivia o estresse... – abriu meus grandes lábios com os dedos, antes de passar a língua por toda minha extensão, provando-me – Vou provar meu chá preferido... – mordeu levemente meu clitóris – o que vem da sua boceta.Minhas pernas amoleceram e precisei me segurar na janela, sentindo sua língua sem pressa tocando cada centímetro da minha boceta. Gemi de forma dengosa, fechando os olhos e deixando todos
Como assim? Ela iria mesmo embora?Puxei Pauline pelo braço, afastando-a um pouco dos demais:- Você... Transou com ele na praia? – Perguntei curiosa, referindo-me a Henry e os conselhos que nossa mãe havia dado.- Claro que não! A praia é cheia de areia. É... Nojento. – Ela fez careta.- Ah... – sorri – Bem que imaginei que vocês não tinham transado na praia.- Por quê? Imaginou que eu não teria coragem? Pois saiba que eu tenho. Só não achei higiênico!- Higiênico? Sexo é higiênico? – revirei os olhos - Porra, nem fale sobre higiene! – toquei meus cabelos – E só imaginei que vocês não tinham transado na praia porque eu estava lá... E não vi mais nenhum casal nu na areia. – Comecei a rir.- Sua monstrinha pervertida! – Ela começou a rir, me dando um tapinha no ombro.A abracei:- Sentirei sua falta!- Tanto quanto sente de Alexia? – Sussurrou no meu ouvido.- Sim, tanto quanto sinto de Alexia. – Admiti.- Eu amo você, Monstrinha. Sempre amei. As meninas tomavam tanto do meu tempo. E e
Por quanto tempo ficaríamos na Villa de pescadores? Quando o futuro de Catriel e dos Levi Mallet seria decidido?Não encontrei meus pais naquela tarde. Catriel e Lucca estavam a um bom tempo em reunião com os pescadores locais, falando sobre alianças e política, como se Catriel voltar a ser rei fosse tão certo quanto o sol aparecer todos os dias em País del Mar.Eu e Odette estávamos sentadas na escadaria de uma das pequenas casas, que minha mãe insistia de chamar carinhosamente de “choupanas”.- Catriel entende muito sobre a política de País del Mar... Bem como a forma de lidar com o povo. – Odette observou.- País del Mar não é um lugar difícil de governar. O povo é tranquilo.- E sem ambições.A olhei seriamente:- Não acho que sejam sem ambições. Eles são felizes da forma como tudo acontece. Temos um povo simples... Mas feliz. Já falei da ideia de criar uma forma de as mulheres da Villa também ganharem dinheiro a não ser com o artesanato que vendem para os turistas?- Não. Qual su
- Não esperava que eu ficasse em casa enquanto falava com meu irmão, não é mesmo? Esqueceu que sou o rei deste país? – Catriel levantou-se, falando de forma firme.- Não é mais o rei!- Porque você me afastou para pegar o trono. Sempre quis meu lugar. – A voz de Catriel alterou-se, diferente do duque Giancarlo, que em momento algum alterou o tom.Giancarlo Cappel suspirou e deu-se por vencido, sentando-se numa das poltronas.Ele usava um terno cinza com camisa branca e gravata vermelha. Os cabelos, que batiam na altura dos seus ombros, estavam penteados para trás, com muito gel. Eu não achava o duque bonito, mas naquele momento ele me pareceu um pouco sexy, especialmente com a forma tranquila com que falava.- Tirando o fato de você ter sido amante da minha esposa, não tenho nada contra você, Catriel. – Foi bem claro.Engoli em seco, temendo que fossem discutir aquele assunto ali, na minha frente.Catriel mordeu o lábio, não falando nada.- Por que me chamou, duque? – Lucca perguntou