*Allana' Pov.*
O maior dos meus sorrisos estava estampado em meu rosto. Finalmente estava um pouco melhor, e melhorava mais a cada vez que pensava no garoto se contorcendo de dor a minha frente. Apertei o Ipod em minha mão enquanto saia da escola para a rua. Poderia fazer isso mais vezes. Ceder às provocações e então, o fazer pagar por ser tão gostoso. Não! O fazer pagar por ser tão idiota e irritante!
Sacudi a cabeça tentando por meus pensamentos no lugar. Quando cheguei em casa me enfurnei em meu quarto. Deitada na minha cama e olhando para o teto era o melhor jeito de pensar e entender o que pensava. Sorri quando me lembrei de minha vitória há alguns minutos, fechando os olhos para guardar cada segundo com exatidão.
Queria muito me lembrar do motivo pelo qual estava feliz, mas só me vinha a mente quando tive aquela ideia absurda e genial, e o joguei contra a estante mais próxima que encontrei. Seu rosto surpreso e sua resposta rápido ao meu beijo. De como o abdômen dele era levemente definido e que estremeceu quando invadi sua calça. Era óbvio que me queria.
Agarrei meu travesseiro e o atirei com força para o outro lado do quarto. Com o alto número de vadias com que eu já o vi, ele pode se satisfazer quando quiser e, provavelmente não estava assim só porque era comigo. Se bem que, foi mais fácil do que imaginei.
Oh my fuck god! Com que cara vou olhar para ele amanhã quando chegar na escola? Dã, com cara de que nada aconteceu. Passei a mão nas laterais de minha cintura. Ainda doía onde o filho da mãe havia apertado, tive sorte de que não pôs força o suficiente para marcar. Espero ter pagado na mesma moeda.
Meu pai acelerou o carro atrás de mim e seguiu seu caminho, me deixando no portão da escola. Ajeitei minha mochila no meu ombro e caminhei para dentro do local. Faltava mais de meia hora para o inicio da aula e, a escola estava deserta. Exceto pelo zelador que passava para lá e para cá. Fiz meu caminho até minha sala e estaquei em frente a porta com uma placa dizendo "1º ano B" . Estava trancada. Merda!
Girei em direção ao ginásio da escola. Sempre consegui ficar sozinha me sentando atrás do muro baixo que cercava a quadra dali. Fui para a área mais longe e me sentei ali, abraçando meus joelhos e escondendo meu rosto neles. Estava ouvindo música e, senti um vento suave em meu braço. Como uma respiração. Ergui minha cabeça assustada para, realmente, me assustar de verdade. O maldito estava abaixado na mesma altura que eu e, estava separado de mim por centímetros. Só não fui para trás porque tinha a parede atrás de mim. Como ele me achou aqui?
As únicas pessoas que sabiam que eu me escondia aqui eram as minhas amigas.
Relutante, eu tirei um de meus fones.
- Não precisa ficar triste. O médico disse que vou continuar funcionando normalmente. - e abriu mais um daqueles sorrisos de deboche.
Devo admitir que combinavam com ele. Eram praticamente marca registrada desse canalha.
- É uma pena. - não consegui pensar direito, pois a imagem de minha mão invadindo sua calça voltava viva aos meus olhos.
- É realmente uma pena que não tenha aproveitado. - ele se aproximou de mim e desviei meu rosto. O senti percorrer meu pescoço com seu nariz, inspirando profundamente e, para ao pé do meu ouvido - Gosto muito de você.
Fica comigo?
Duas palavras que qualquer garota se mataria para ouvir dele, principalmente com aquele tom carinhoso que estava usando. Arrepiei-me e engoli em seco. Busquei minha voz enquanto lutava para ficar de pé sem encostar nele.
- Não! - respondi com firmeza, me virei e segui para minha sala. Provavelmente já estaria aberta.
*Luan' Pov.*
- Veremos. - retruquei a vendo se afastar.
Mordi meu lábio inferior admirando a comissão de fundo dela. Sim, ela também era muito gostosa apesar de tudo. Vadia! Ainda vou conseguir ficar com ela. Nem que isso demore o ano inteiro!
Passei minha mão em meu cabelo, o bagunçando e descontando minha frustração nele. O perfume dela ainda estava impregnado em mim. Agora com mais força. Quero muito que ela pague pelo que me fez ontem, mas também quero muito tê-la. Me torturar daquele jeito não é nem um pouco legal. Levantei-me e segui para minha sala também.
Meu professor de artes dizia alguma coisa sobre unir todo o ensino médio e um projeto não sei das quantas. Não estava dando atenção, até que ele sacudiu uma caixa de papelão em frente ao meu rosto.
- Tire um. - ele disse cansado.
Olhei para dentro da caixa e ela estava cheia de papéis dobrados. Peguei um para mim e o professor seguiu para o garoto atrás de mim. Desdobrei o papel com uma palpitação em meu interior. Quando li o que estava ali, não pude acreditar.
- O que tenho que fazer? - perguntei para Vinicius, o cara que sentava do meu lado.
- Pesquisas e trabalhos junto com quem você pegou. Pelo resto do ano.
Olhei para meu papel de novo.
- Quem você tirou? - ele me perguntou.
Estendi a tirinha para ele, que riu.
- Vocês formam uma dupla perfeita.
Olhei mais uma para o papel. Meus olhos percorrendo as escritas dele várias vezes.
“Alexandra Santos, 1º ano B”.
Mal acreditei na sorte que eu tive.
*Allana' Pov.*Andrew Six gritava em meus ouvidos no meio da aula. Rolei o botãozinho dos meus fones, o pondo no máximo. Estava rabiscando um desenho qualquer no meu caderno enquanto a professora explicava o que aquelas linhas no quadro tinham a ver com matemática. Meu celular vibrou e eu o abri sob a mesa. Uma sms que abri na mesma hora.“Te ajudo a esconder o corpo”Era de Rosevani, minha outra amiga que estava sentada com a carteira colada na minha. Olhei para ela que me deu uma piscadela. Tirei um de meus fones e perguntei:- Como assim?- Está óbvio que você quer matar alguém desde o momento em que pus meus olhos em você. Até em seu desenho você mata ele...Ela espichou os olhos para meu caderno, vendo o desenho de um homem enforcado sendo comido por abutres.- É o Luan?- Quem?- Não se fa&cced
Li rápido o que estava escrito ali. Romantismo. Vanguarda. Surrealismo. Quinhentismo. Minha esperança desapareceu. Seria uma aula muito pior do que pensei.- Vamos ficar com Surrealismo. – Luan falou escrevendo alguma coisa no próprio caderno.- Deveríamos entrar em acordo sobre o tema.- Surrealismo é legal. Vi um quadro que parece com Silent Hill.Rolei meus olhos.- Mas a teórica é entediante. Segunda geração Romântica é mais interessante.Ele ergueu as sobrancelhas.- Não parece o tipo romântica. – inclinou o corpo para mais perto de mim – Gosta de flores? – perguntou em um sussurro.- Não. E é sobre a era gótica, com muita morte e depressão. Não sobre romances tapados.Ele juntou as sobrancelhas, pensativo. Voltou para seu cadern
* Allana Pov. *- Tá pronta pra ferver? – perguntei para Vany no outro lado da linha.Estava usando um jeans simples, tênis e uma blusa qualquer sob o casaco. Já tinha posto minhas roupas dentro de uma mochila e buscava minha escova no banheiro que havia no meu quarto.- Só falta a maquiagem, amor. – ela me respondeu – Já tá vindo?- Saindo daqui agora. Me dá uns dez minutos e vou estar na sua porta.- Tá bom.Desliguei o telefone, o guardando no bolso de trás do meu jeans e descendo as escadas com minha mochila sobre o ombro.- Já tô indo, mãe! – gritei.- Tudo bem. – ela me gritou de volta da cozinha – Divirtam-se vocês duas.Sai dali caminhei até o ponto de moto táxi que havia a duas quadras de casa. Minha mãe pensava que eu estava indo a uma fes
- Vamos subir. – a tomei pelo pulso e a levei para o elevador, apertando o número do andar. Os números passavam lentos e isso me deu muita raiva. A espiei e ela assistia os números vermelhos subirem, já não parecia tão bêbada assim. As portas se abriram e ela se apoiou em meu braço para caminhar. Fomos até meu apartamento e ela entrou assim que eu abri a porta.Era só uma sala/cozinha pequena e meu quarto com banheiro ao lado. Liguei a luz e a encontrei entrando em meu quarto. A segui, mas estava escuro lá dentro. Já entrava no cômodo quando ela me jogou contra a parede, me beijando e tirando minha jaqueta. O sabor de álcool era forte, mas mais inebriantes eram as mãos dela invadindo minha camiseta e me arranhando.Agarrei com força os pulsos dela e a empurrei para a cama. Um sorriso malicioso passou pelos lábios dela de novo. Ela se sentou enquant
* Allana Pov. *Acordei com muita sede. Meus olhos vagaram pelo quarto escuro tentando se acostumar com as sombras.Uma porta aberta na parede à minha esquerda deixava alguma luz entrar ali, mas só confundia mais minha visão. Me sentei e minha cabeça latejou, um sinal claro que bebi demais. Olhei para meu lado direito na cama, e um homem loiro dormia de bruços, nu como veio ao mundo.Tentei girar minhas pernas para fora da cama, porém as senti pesadas e um pouco dormentes. Sorri. Me lembrava em partes da minha noite anterior, principalmente que o sexo foi ótimo. Seja lá quem for ele, tinha uma língua dos deuses!Encontrei meu short caído no chão aos pés da cama. O vesti ainda sentada, ele não havia tirado o resto da minha roupa, do modo como gosto. Subi o pequeno zíper e tateei a procura do botão sem sorte. Cadê aquela coisinha?Ah! Minha
Ele arrumou tudo e lavou a louça, enquanto eu assistia na minha banqueta.- A festa do pijama da sua amiga é bem agitada, né?Engoli em seco, observando-o secar as mãos em um pano de prato.- É. – não falei mais nada com medo de gaguejar. Qual é? Ele me olhava como se fosse meu pai sabendo que aprontei, e também nunca conversei com os homens que fiquei. A bem da verdade, nunca mais os via depois do sexo.- Só tem isso em sua defesa? - Ele ergueu as sobrancelhas, me avaliando – Mentiu para sua mãe, saiu com estranhos, se embebedou...Ele contava nos dedos as acusações.- Espera aí – interrompi fazendo sinal para ele parar – Como sabe se menti para minha mãe?- Tenho sangue de investigador. – piscou para mim, e senti minhas pernas se amolecerem de novo. – Ela é muito bonita,
- Sei fazer muitas coisas. – sussurrei deslizando minhas mãos pelos braços dela para atingir-lhe os seios.Ela se mexeu incomodada, e senti seu rosto quente.- Shii... – a acalmei acariciando os mamilos sobre a roupa. Alguns segundos e ela jogou a cabeça para trás, apoiando-a em meu ombro. Seu corpo já estava totalmente relaxado sob minhas mãos e a respiração ficou curta e entrecortada.Deslizei minhas mãos para a barra da blusa, e quando a invadi Allana se levantou como se tivesse tomado um choque e se afastou de mim.- O que foi? – perguntei ainda meio confuso. Fiz algo errado?- Nada. – ela me respondeu, uma péssima mentirosa.* Allana Pov. *Luan me olhava como se eu o tivesse esbofeteado. A verdade é que tenho uma vergonha enorme da minha barriga e não gosto que ninguém a toque ou veja. Sim, isso &e
* Luan’ Pov. *Ali estava Allana, ajoelhada aos meus pés e com meu sêmen em sua boca. Era a cena mais linda e excitante que já vi. De algum modo os olhos dela adquiriram uma luxuria e mistério que nunca tinha visto neles. Era mais um dos lados dela que eu conhecia agora, e que me fizeram gozar forte há alguns segundos.A beijei sentindo meu próprio gosto. Me esqueci completamente do que ela tinha na boca, mas não me importei. Quando me separei, a garota tímida me fitava de novo. Talvez um pouco assustada. Por quê?Distribui beijos de sua boca ao pescoço, me ajoelhando em frente a ela. Allana suspirou e se mexeu incomodada.- Não. – a ouvi murmurar e se afastar de mim.- O que foi?- Não quero.Ela desviou os olhos para longe e se levantou. Ah, cara! Eu queria muito entrar nela de novo, mas vou respeitar o desejo dela. Recolh