*Allana' Pov.*
Bastardo, filho-da-mãe, vagabundo, conquistador barato! Quem ele pensa que é para fazer isso comigo? Só porque ele tem aquele sorriso de sacana que quer dizer que ele pode fazer o que quiser comigo! Não sou outra vadia dessa escola, se é isso que ele está pensando! Mas que merd@!
Olhei para a folha rasgada a minha frente. Coloquei força demais em meu lápis de cor, até que o papel não aguentou.
- Venha, pegue outra folha e comece de novo. - disse meu professor de artes, sem sequer me olhar.
A sala estava silenciosa, exceto pelo ruído dos lápis de cor em suas sulfites. Me levantei de mal humor e peguei a droga do papel de uma pilha em frente ao professor.
- Sem cemitérios dessa vez, por favor. - ele me olhava sobre os óculos na ponta do nariz.
Eu mastiguei minha resposta de "Claro, é só o senhor ficar parado. Vou fazer meu autorretrato usando meu reflexo em sua careca!”, e respondi com um Hum enquanto voltava para minha carteira. Pus o desenho rasgado junto com a pilha de papéis inúteis que eu guardo dentro do meu caderno e voltei pro meu desenho. Não seria um cemitério, mas com certeza eu quero m****r alguém para lá. Eu acho...
*Luan' Pov.*
Fim de prova, tudo dentro da minha mochila e eu esperando para sair. Hoje eu iria segui-la até a biblioteca e observá-la, de novo. Não sou covarde nem tímido, mas agora que sei que ela também gosta de mim, quero que ela admita isso a si mesma e venha até mim. Isso se eu conseguir aquentar esperar mais.
O sinal soou e eu deixei todos saírem na minha frente, sabendo que Allana não se mistura com a multidão e também prefere sair por último. Sala vazia, me pus para fora a tempo de vê-la cruzar a escola em direção a biblioteca nos fundos da instituição. A segui de longe até ela entrar, esperei alguns segundo e entrei também.
O local não era grande, eram paredes forradas com estantes de livros e três mesas compridas no centro. Ela tinha posto a mochila sobre a última mesa e estava tirando um livro de lá. Aproximou-se do computador que estava ali para registros e começou a mexer nele.
- É para uso exclusivo do bibliotecário.
Ela saltou alto e, não pude deixar de soltar uma risada curta. Fechando a cara para mim ela voltou a mexer no computador e pegou o scanner de códigos de barra do lado, passado sobre o código do livro em sua mão.
- Não vai me responder?
Ela me deu as costas tentando encontrar o lugar exato do livro nas estantes, já que eles eram todos numerados. Espiei dentro de sua mochila aberta e puxei de lá um Ipod que estava dando sopa. O liguei e pus na última música que ela havia escutado. O nome According To You - Orianthi passava pela tela enquanto eu ouvi um rock um tanto meloso pro meu gosto. Coisa de garota pensei. Quantas vezes será que ela havia escutado isso?
- Hey! O que pensa que está fazendo?
Ergui minha cabeça e ela vinha furiosa em minha direção. Sua expressão era realmente assassina e, pude ver porque todos tem medo dela.
- Curiosidade. - sorri levando seu Ipod para longe do alcance dela, a fazendo estreitar os olhos.
- Me devolva! - me avisou com a voz baixa. Identifiquei uma ameaça ali.
- Quer? Venha e pegue!
- Ora seu... - ela contornou a mesa em direção a minha mão que, eu simplesmente ergui para longe do alcance dela. O que não foi difícil, já que eu era alguns centímetros mais alto.
Ela pulou tentando recuperar seu eletrônico. Não pude deixar de rir da cena, acho que isso a irritou ainda mais, se é que era possível. Querendo que ela se desequilibrasse sobre mim de novo, eu dava leves puxões para trás.
Até que, me pegando de surpresa, ela agarrou a gola de minha jaqueta e me jogou com força contra uma das estantes, derrubando alguns livros. Antes que pudesse me centrar meus lábios foram tomados com força e algo mais que não pude deixar de notar. Como se eu estivesse programado para isso, correspondi com a mesma pressa sentindo as mãos dela soltarem minha camiseta e seguir uma para minha nuca e outra para dentro de minha blusa, arranhado meu abdômen.
- Ah! - deixei escapar o gemido sem querer, enquanto a envolvia pela cintura a trazendo mais junto a mim. Há meses eu precisava daquilo, agora meu corpo todo estava desperto gritando o quanto eu era sensível ao toque dela.
Sua mão desceu de meu abdômen para brincar no cós de meu jeans. Céus! Eu estava sob controle, mas não tinha certeza se continuaria se ela o invadisse. Provavelmente ficaria duro no mesmo instante e... Como eu quero isso!
Invadindo minha calça, ela me acariciou sobre o tecido de minha boxer. Inclinei meu quadril em direção à sua mão, esperando que ela entendesse minha necessidade. Foi quando fui pego de surpresa de novo.
- ARG! - gritei sem fôlego.
Ela apertava com força meus testículos e, quando pude abrir os olhos para vê-la, estava impassível a milímetros do meu rosto contorcido de dor.
- Devolva meu Ipod. - ela avisou de novo, usando uma voz fria e ameaçadora.
Estremeci enquanto me xingava mentalmente. Sem sua resposta ela puxou meus testículos com força e, não vi outra opção a não ser entregar aquela coisa idiota para ela. Senti o objeto ser tomado com violência de minha mão e ela se afastar. Me dobrei, massageando minha região ferida e tentando respirar corretamente. Não a vi quando ela deixou a biblioteca.
*Allana' Pov.*O maior dos meus sorrisos estava estampado em meu rosto. Finalmente estava um pouco melhor, e melhorava mais a cada vez que pensava no garoto se contorcendo de dor a minha frente. Apertei o Ipod em minha mão enquanto saia da escola para a rua. Poderia fazer isso mais vezes. Ceder às provocações e então, o fazer pagar por ser tão gostoso. Não! O fazer pagar por ser tão idiota e irritante!Sacudi a cabeça tentando por meus pensamentos no lugar. Quando cheguei em casa me enfurnei em meu quarto. Deitada na minha cama e olhando para o teto era o melhor jeito de pensar e entender o que pensava. Sorri quando me lembrei de minha vitória há alguns minutos, fechando os olhos para guardar cada segundo com exatidão.Queria muito me lembrar do motivo pelo qual estava feliz, mas só me vinha a mente quando tive aquela ideia absurda e genial, e o joguei contra a estante mai
*Allana' Pov.*Andrew Six gritava em meus ouvidos no meio da aula. Rolei o botãozinho dos meus fones, o pondo no máximo. Estava rabiscando um desenho qualquer no meu caderno enquanto a professora explicava o que aquelas linhas no quadro tinham a ver com matemática. Meu celular vibrou e eu o abri sob a mesa. Uma sms que abri na mesma hora.“Te ajudo a esconder o corpo”Era de Rosevani, minha outra amiga que estava sentada com a carteira colada na minha. Olhei para ela que me deu uma piscadela. Tirei um de meus fones e perguntei:- Como assim?- Está óbvio que você quer matar alguém desde o momento em que pus meus olhos em você. Até em seu desenho você mata ele...Ela espichou os olhos para meu caderno, vendo o desenho de um homem enforcado sendo comido por abutres.- É o Luan?- Quem?- Não se fa&cced
Li rápido o que estava escrito ali. Romantismo. Vanguarda. Surrealismo. Quinhentismo. Minha esperança desapareceu. Seria uma aula muito pior do que pensei.- Vamos ficar com Surrealismo. – Luan falou escrevendo alguma coisa no próprio caderno.- Deveríamos entrar em acordo sobre o tema.- Surrealismo é legal. Vi um quadro que parece com Silent Hill.Rolei meus olhos.- Mas a teórica é entediante. Segunda geração Romântica é mais interessante.Ele ergueu as sobrancelhas.- Não parece o tipo romântica. – inclinou o corpo para mais perto de mim – Gosta de flores? – perguntou em um sussurro.- Não. E é sobre a era gótica, com muita morte e depressão. Não sobre romances tapados.Ele juntou as sobrancelhas, pensativo. Voltou para seu cadern
* Allana Pov. *- Tá pronta pra ferver? – perguntei para Vany no outro lado da linha.Estava usando um jeans simples, tênis e uma blusa qualquer sob o casaco. Já tinha posto minhas roupas dentro de uma mochila e buscava minha escova no banheiro que havia no meu quarto.- Só falta a maquiagem, amor. – ela me respondeu – Já tá vindo?- Saindo daqui agora. Me dá uns dez minutos e vou estar na sua porta.- Tá bom.Desliguei o telefone, o guardando no bolso de trás do meu jeans e descendo as escadas com minha mochila sobre o ombro.- Já tô indo, mãe! – gritei.- Tudo bem. – ela me gritou de volta da cozinha – Divirtam-se vocês duas.Sai dali caminhei até o ponto de moto táxi que havia a duas quadras de casa. Minha mãe pensava que eu estava indo a uma fes
- Vamos subir. – a tomei pelo pulso e a levei para o elevador, apertando o número do andar. Os números passavam lentos e isso me deu muita raiva. A espiei e ela assistia os números vermelhos subirem, já não parecia tão bêbada assim. As portas se abriram e ela se apoiou em meu braço para caminhar. Fomos até meu apartamento e ela entrou assim que eu abri a porta.Era só uma sala/cozinha pequena e meu quarto com banheiro ao lado. Liguei a luz e a encontrei entrando em meu quarto. A segui, mas estava escuro lá dentro. Já entrava no cômodo quando ela me jogou contra a parede, me beijando e tirando minha jaqueta. O sabor de álcool era forte, mas mais inebriantes eram as mãos dela invadindo minha camiseta e me arranhando.Agarrei com força os pulsos dela e a empurrei para a cama. Um sorriso malicioso passou pelos lábios dela de novo. Ela se sentou enquant
* Allana Pov. *Acordei com muita sede. Meus olhos vagaram pelo quarto escuro tentando se acostumar com as sombras.Uma porta aberta na parede à minha esquerda deixava alguma luz entrar ali, mas só confundia mais minha visão. Me sentei e minha cabeça latejou, um sinal claro que bebi demais. Olhei para meu lado direito na cama, e um homem loiro dormia de bruços, nu como veio ao mundo.Tentei girar minhas pernas para fora da cama, porém as senti pesadas e um pouco dormentes. Sorri. Me lembrava em partes da minha noite anterior, principalmente que o sexo foi ótimo. Seja lá quem for ele, tinha uma língua dos deuses!Encontrei meu short caído no chão aos pés da cama. O vesti ainda sentada, ele não havia tirado o resto da minha roupa, do modo como gosto. Subi o pequeno zíper e tateei a procura do botão sem sorte. Cadê aquela coisinha?Ah! Minha
Ele arrumou tudo e lavou a louça, enquanto eu assistia na minha banqueta.- A festa do pijama da sua amiga é bem agitada, né?Engoli em seco, observando-o secar as mãos em um pano de prato.- É. – não falei mais nada com medo de gaguejar. Qual é? Ele me olhava como se fosse meu pai sabendo que aprontei, e também nunca conversei com os homens que fiquei. A bem da verdade, nunca mais os via depois do sexo.- Só tem isso em sua defesa? - Ele ergueu as sobrancelhas, me avaliando – Mentiu para sua mãe, saiu com estranhos, se embebedou...Ele contava nos dedos as acusações.- Espera aí – interrompi fazendo sinal para ele parar – Como sabe se menti para minha mãe?- Tenho sangue de investigador. – piscou para mim, e senti minhas pernas se amolecerem de novo. – Ela é muito bonita,
- Sei fazer muitas coisas. – sussurrei deslizando minhas mãos pelos braços dela para atingir-lhe os seios.Ela se mexeu incomodada, e senti seu rosto quente.- Shii... – a acalmei acariciando os mamilos sobre a roupa. Alguns segundos e ela jogou a cabeça para trás, apoiando-a em meu ombro. Seu corpo já estava totalmente relaxado sob minhas mãos e a respiração ficou curta e entrecortada.Deslizei minhas mãos para a barra da blusa, e quando a invadi Allana se levantou como se tivesse tomado um choque e se afastou de mim.- O que foi? – perguntei ainda meio confuso. Fiz algo errado?- Nada. – ela me respondeu, uma péssima mentirosa.* Allana Pov. *Luan me olhava como se eu o tivesse esbofeteado. A verdade é que tenho uma vergonha enorme da minha barriga e não gosto que ninguém a toque ou veja. Sim, isso &e