* Allana Pov. *
- Tá pronta pra ferver? – perguntei para Vany no outro lado da linha.
Estava usando um jeans simples, tênis e uma blusa qualquer sob o casaco. Já tinha posto minhas roupas dentro de uma mochila e buscava minha escova no banheiro que havia no meu quarto.
- Só falta a maquiagem, amor. – ela me respondeu – Já tá vindo?
- Saindo daqui agora. Me dá uns dez minutos e vou estar na sua porta.
- Tá bom.
Desliguei o telefone, o guardando no bolso de trás do meu jeans e descendo as escadas com minha mochila sobre o ombro.
- Já tô indo, mãe! – gritei.
- Tudo bem. – ela me gritou de volta da cozinha – Divirtam-se vocês duas.
Sai dali caminhei até o ponto de moto táxi que havia a duas quadras de casa. Minha mãe pensava que eu estava indo a uma festa do pijama na casa da Vany, quando na verdade a gente estava saindo para festar, beber e conseguir alguns homens para nós. Os pais dela não ligavam, já que ela era maior de idade e pensavam que eu também era. Mentirinha básica da minha parte.
Cheguei a casa dela e logo estava trocando de roupa. Alguns minutos e estávamos prontas. Minhas meias arrastão, um short de couro muito curto, um corpete e scarpin. Sempre preto, tudo. Vesti meu sobretudo de couro, o transformando em um vestido quando o abotoei e marquei minha cintura com o cinto dele.
Olhei meu reflexo no espelho. Cabelos amassados, olhos marcados... “Estou pronta para matar” pensei. Vany me seguiu até o taxi que nós pedimos em seu vestido vermelho curtérrimo e colado, coberto na parte de cima por uma jaqueta marrom. Já era umas dez horas quando chegamos a porta do clube. Hoje vai ter uma dupla sertaneja qualquer.
A bem dizer nem sei o nome deles. Só sei que estou aqui pelos homens e que queria ter uma noite bem agitada.
* Luan Pov. *
A escola esvaziava rapidamente quando terminavam as aulas então não foi difícil entrar na secretaria e vasculhar os arquivos sem ser visto. Consegui o endereço de Allana e dirigi até a casa dela. Eu tinha uma moto mesmo sabendo que não tenho idade para dirigir. Eu tinha muitas coisas mesmo sabendo que pela minha idade não poderia ter.
Estacionei minha moto na rua em frente a grande casa verde. Quase fiquei com torcicolo olhando para ela.
Como ninguém sabia que a pessoinha era rica? Porque ela estudava em uma escola pública quando sua casa dizia claramente que tinha condições de frequentar o melhor colégio da cidade?
Apertei o botão do interfone e esperei que me respondessem.
- Quem é? – perguntou a voz de mulher do outro lado.
- Oi, eu sou amigo da Allana. Vim fazer o trabalho de literatura com ela. – Não era uma mentira completa.
- Ela não está. Foi em uma festa do pijama na casa da amiga.
Allana era o tipo que ia em festas de pijama? Parecia que alguém foi enrolado aí.
- Pode me dar o endereço da amiga dela?
A voz demorou a me responder.
- Quem você disse que é?
- Luan. Estudo com a Allana.
O portão fez um estrondo, se abrindo.
- Entre. – então ouvi o outro lado desligar.
Entrei e fechei o portão atrás de mim. Uma mulher de cabelos castanhos abriu a porta da casa e me convidou para entrar. Era a mãe da Allana me perguntando se queria alguma coisa e depois caçando o endereço em uma lista telefônica.
- Tenho certeza que tinha o endereço. – ela comentava alegre. – Aqui.
Ela copiou em um papel pequeno e me deu. Agradeci e sai dali o mais depressa possível. Tinha quase certeza de que ela não estava tomando leite quente e fofocando com sua amiga. Tive que atravessar a cidade para chegar até a casa da garota, que era pequena em relação a outra que sai.
A mãe dela me explicou que saíram e me deu o numero das duas. Ainda sentado em minha moto, liguei para Allana.
- Oiii. – ela atendeu em uma alegre saudação – Quem é?
- Onde você está? – perguntei sem perder tempo. Se dissesse meu nome ela não iria me contar, eu acho.
- No céu! – ouvi-a gargalhar junto com outras pessoas.
- Isso tem endereço?
- Sei lá!
Alguém tomou o celular dela e falou comigo.
- Alô? Oi, aqui é a Vany. Desculpa, ela não pode falar agora.
- Espera! – quase gritei. – Eu quero ir aí! Onde vocês estão?
- No show do João Neto e Fredericooo! Uhuuul!
Okay. Conseguir informações de gente bêbada não é tão difícil assim. Desliguei e dirigi até a casa de show que estava anunciando a apresentação há dias. A rua estava apinhada de gente. Carros estavam estacionados com som alto e muita gente ria, cantava, dançava e ficava. Percorri cada rosto dali até que a encontrei.
Estava subida na carroceria de uma Dodge Ranger negra, abraçada com um cara que devia ter uns trinta anos. Ele devia estar falando algo para ela, que ria baixo.
Aquilo ferveu dentro de mim. Rumei até os dois, abrindo espaço na multidão.
- Oi, gatinho. – uma mulher passou a mão em mim, mas nem dei importância. Eu ia arrancar ela daquele filho da p**a tarado!
Vany dançava solta ali perto com uma garrafa de vodca na mão e vários homens a desejando. Ela não me importava, só a garota que estava beijando aquele velho!
- ALEX! – gritei a puxando pelo pulso para baixo.
Ela perdeu o equilíbrio e cambaleou para cima de mim, que a agarrei e a desci em segurança ao meu lado. O cheiro de álcool estava forte.
- Hey! Qual é a sua, cara?
O outro desceu do carro, se pondo entre mim e ela. Meu sangue fervia e não lembro como eu fiz isso. Mas o acertei um soco no queixo, o derrubando no chão. O cheiro dizia que ele também havia bebido muito.
Allana se agarrava na caçamba do carro para não cair, e a pequei pelo braço e a puxei para irmos embora dali.
- Me solta!
Ela tentou se livrar do meu aperto, mas eu era muito mais forte que ela. Estávamos quase chegando à moto, quando senti a dor horrível nas minhas costas. O vadio veio atrás de mim, cambaleando um pouco. Não senti quando soltei Allana, só sei que desferi um soco no nariz do palhaço, um no estômago e outro no rosto. Ele caiu sobre a calçada, a roda de gente que nos assistia abriu ali. Encontrei Allana congelada com os olhos muito abertos sobre o cara ali atrás de mim. A tomei pelo braço e a levei até minha moto.
Eu não usava capacete, então não tinha nenhum para dar para ela. Subi no veiculo e mandei:
- Sobe! – ela me fitava confusa – Sobe agora!
Ela subiu na garupa e me abraçou pela cintura, descansando a cabeça em minhas costas. Dirigi até minha casa. Não a deixaria na casa dela naquele estado e, muito menos na da amiga dela.
Entrei no estacionamento do prédio e desliguei minha moto. Moro em um apartamento que não é lá grande coisa. Só que para chegar até ele carregando Allana não ia ser fácil. Me virei e a ajudei a descer sem cair, para depois eu descer. Acionei o alarme da minha moto e guardei as chaves em meu bolso. Quando me virei para vê-la, ela olhava atenta para meu peito.
Me aproximei e seus olhos subiram para os meus, travessos e maliciosos.
- O que vai fazer comigo? – sua voz estava baixa e sensual. Uma tentação, um convite.
- O que quer que eu faça com você?
Ela riu baixo e andou para trás até encontrar o capô do Sedan preto e se escorar ali, sem desviar os olhos dos meus. Isso estava me enlouquecendo. Foda-se tudo! Sumi com o espaço entre nós com dois passos longos e a empresei contra o carro. Ela veio a minha boca com sede e desejo. Percorreu meus cabelos com uma mão, tornando nosso beijo mais quente e intenso.
Apoiou o salto na roda do carro e me puxou pela cintura contra si. Meu membro já desperto roçava nela e me lembrava o que ela fazia comigo com tão pouco. Senti a falta de ar e me separei dela, que sorria enquanto mordia o lábio vermelho do beijo. Tão tentadora!
- Não é o suficiente. – ela sussurrou.
- Vamos subir. – a tomei pelo pulso e a levei para o elevador, apertando o número do andar. Os números passavam lentos e isso me deu muita raiva. A espiei e ela assistia os números vermelhos subirem, já não parecia tão bêbada assim. As portas se abriram e ela se apoiou em meu braço para caminhar. Fomos até meu apartamento e ela entrou assim que eu abri a porta.Era só uma sala/cozinha pequena e meu quarto com banheiro ao lado. Liguei a luz e a encontrei entrando em meu quarto. A segui, mas estava escuro lá dentro. Já entrava no cômodo quando ela me jogou contra a parede, me beijando e tirando minha jaqueta. O sabor de álcool era forte, mas mais inebriantes eram as mãos dela invadindo minha camiseta e me arranhando.Agarrei com força os pulsos dela e a empurrei para a cama. Um sorriso malicioso passou pelos lábios dela de novo. Ela se sentou enquant
* Allana Pov. *Acordei com muita sede. Meus olhos vagaram pelo quarto escuro tentando se acostumar com as sombras.Uma porta aberta na parede à minha esquerda deixava alguma luz entrar ali, mas só confundia mais minha visão. Me sentei e minha cabeça latejou, um sinal claro que bebi demais. Olhei para meu lado direito na cama, e um homem loiro dormia de bruços, nu como veio ao mundo.Tentei girar minhas pernas para fora da cama, porém as senti pesadas e um pouco dormentes. Sorri. Me lembrava em partes da minha noite anterior, principalmente que o sexo foi ótimo. Seja lá quem for ele, tinha uma língua dos deuses!Encontrei meu short caído no chão aos pés da cama. O vesti ainda sentada, ele não havia tirado o resto da minha roupa, do modo como gosto. Subi o pequeno zíper e tateei a procura do botão sem sorte. Cadê aquela coisinha?Ah! Minha
Ele arrumou tudo e lavou a louça, enquanto eu assistia na minha banqueta.- A festa do pijama da sua amiga é bem agitada, né?Engoli em seco, observando-o secar as mãos em um pano de prato.- É. – não falei mais nada com medo de gaguejar. Qual é? Ele me olhava como se fosse meu pai sabendo que aprontei, e também nunca conversei com os homens que fiquei. A bem da verdade, nunca mais os via depois do sexo.- Só tem isso em sua defesa? - Ele ergueu as sobrancelhas, me avaliando – Mentiu para sua mãe, saiu com estranhos, se embebedou...Ele contava nos dedos as acusações.- Espera aí – interrompi fazendo sinal para ele parar – Como sabe se menti para minha mãe?- Tenho sangue de investigador. – piscou para mim, e senti minhas pernas se amolecerem de novo. – Ela é muito bonita,
- Sei fazer muitas coisas. – sussurrei deslizando minhas mãos pelos braços dela para atingir-lhe os seios.Ela se mexeu incomodada, e senti seu rosto quente.- Shii... – a acalmei acariciando os mamilos sobre a roupa. Alguns segundos e ela jogou a cabeça para trás, apoiando-a em meu ombro. Seu corpo já estava totalmente relaxado sob minhas mãos e a respiração ficou curta e entrecortada.Deslizei minhas mãos para a barra da blusa, e quando a invadi Allana se levantou como se tivesse tomado um choque e se afastou de mim.- O que foi? – perguntei ainda meio confuso. Fiz algo errado?- Nada. – ela me respondeu, uma péssima mentirosa.* Allana Pov. *Luan me olhava como se eu o tivesse esbofeteado. A verdade é que tenho uma vergonha enorme da minha barriga e não gosto que ninguém a toque ou veja. Sim, isso &e
* Luan’ Pov. *Ali estava Allana, ajoelhada aos meus pés e com meu sêmen em sua boca. Era a cena mais linda e excitante que já vi. De algum modo os olhos dela adquiriram uma luxuria e mistério que nunca tinha visto neles. Era mais um dos lados dela que eu conhecia agora, e que me fizeram gozar forte há alguns segundos.A beijei sentindo meu próprio gosto. Me esqueci completamente do que ela tinha na boca, mas não me importei. Quando me separei, a garota tímida me fitava de novo. Talvez um pouco assustada. Por quê?Distribui beijos de sua boca ao pescoço, me ajoelhando em frente a ela. Allana suspirou e se mexeu incomodada.- Não. – a ouvi murmurar e se afastar de mim.- O que foi?- Não quero.Ela desviou os olhos para longe e se levantou. Ah, cara! Eu queria muito entrar nela de novo, mas vou respeitar o desejo dela. Recolh
- Pare com isso, filha. Já está na hora de derrubar essas paredes porque elas não estão mais te protegendo, estão te privando de viver. Só... Deixe as coisas fluírem sem detê-las.Ela soltou meu braço e fui para meu quarto, fechando a porta atrás de mim, me jogando na cama e ligando meu rádio. Esperei que meu pai jogasse Luan para fora de casa aos pontapés. Ao invés disso o Adônis loiro entrou no meu quarto com um sorriso Colgate total 12.- Seus pais me amam! – ele cantarolou se sentando do meu lado. – Qual é o problema?Você é o problema!- Nada. – murmurei fitando o teto. Ele rolou para cima de mim, apoiado nos joelhos e nas mãos ao lado da minha cabeça.- Então podemos terminar nosso trabalho. – sussurrou próximo ao meu rosto – mas não sem testar essa cam
* Luan’ Pov. *Sim, como suspeitei. Allana é muito mais difícil de entender do que qualquer outra garota. Me despedi dos pais dela e fui para a farmácia mais próxima. A mãe dela estava encantada por mim, o pai só um pouco surpreso.Conclui sozinho que devo ser o primeiro macho da espécie que ela trouxe para casa.Nenhuma garota reclamou de eu ser carinhoso demais. Será que fiz algo errado? Comprei o que queria e voltei para casa. Almocei, perdi tempo na internet e lá pelas seis horas fui me arrumar para voltar para a casa dela. A mãe dela estava começando a por a mesa para o jantar quando o pai dela me acompanhou para dentro da residência.- Allana está no quarto dela. Vai lá. – a mãe dela me disse depois que me cumprimentou.Segui pelo corredor até a porta com o nome dela em uma plaquinha de madeira. Meigo, ou meloso com
Tomei seus pulsos com força, vi seus lábios se entreabrirem e a empurrei com um pouco de violência contra a cama. Ela caiu sobre o colchão, deslizando para o meio. Apoiei-me em um joelho e a puxei pelos tornozelos até mim, ouvindo um gemido de surpresa. Sua respiração estava um pouco acelerada, fazendo os seios saltarem do espartilho.Embebido pela cena, desatei o laço que fechava a peça. A tapa veio forte contra minha face, jogando meu rosto para a direita. Fechei meus olhos enquanto o formigamento amortecia a dor, e a senti dar leves beijos na área atingida. Abri meus olhos para Allana, que rolou ficando por cima, tirou minha camiseta e a jogou longe.- Vá para perto da cabeceira. – aquilo foi uma ordem, soando um pouco como pedido.Descalcei meus coturnos e me sentei escorado na cabeceira, vendo-a abrir a bolsa e voltar com dois lenços na mão. Pegou uma m&ati