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CAPÍTULO SESSENTA E NOVE

Estava tão desnorteada que não sabia para que lado era sua casa. Entrou na primeira rua que lhe apareceu à frente e foi andando. O choro pedia passagem, ela queria se curvar sobre os joelhos e gritar. Gritar até perder as forças, cair e morrer. Ficou surpresa de saber que um zumbido que ouvia vinha dela mesmo. Um assobio lhe subia pela garganta, grosso e amargo e ela se ajoelhou na beirada da calçada e deixou o vômito fluir. Nem sabia que tinha comido tanto, mas vomitou ao ponto de achar que seu estômago estava virando do avesso.

— Está tudo bem, moça? – Uma pessoa sem rosto lhe perguntou e ela não conseguiu identificá-la como homem ou mulher. Seus olhos ardiam e deviam estar vermelho de tanta força tinha feito para vomitar. Sua barriga doía, os músculos doíam. Ela chacoalhou a cabeça em concordância, sua voz não sairia nem que sua vida dependesse disso.

Precisava chegar em casa. Não fazia ideia de em que rua estava, se estava longe ou perto de sua casa e só percebeu que estava ind
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