CAPÍTULO 2 O IRMÃO OCULTO.

Felipe 

Já fazem meses que estou nessa missão, um trabalho cansativo, pois tenho que aguardar informações, observar o alvo, recolher informações e contatos.

Não foi uma missão ao qual eu deva executar o alvo, mas sim investigar os detalhes da sua vida para que o Dom pudesse ter uma estratégia de ataque, por isso o Vicenzo solicitou os meus serviços.

 Esse é o nome do meu Dom Vicenzo de Luca!

No momento, com toda a calmaria que estávamos vivendo, o conselheiro Salvatore Costelo pai da Helena solicitou ao Vicenzo um homem de confiança para fazer o treinamento de sua filha.

Como o Dom estava interessado em uma aliança mais profunda com o homem, me enviou para que investigasse de perto se ele seria confiável.

Minha estadia na casa  estava tranquila até conhecer Helena, ela é linda, uma beleza incomparável, e meus instintos mais primitivos de proteção e posse vieram à tona.

Preciso de Helena para mim. Percebi que o pai dela tem uma caráter bem duvidoso mas ainda não tive provas, a cada dia me vi mais envolvido por ela, ela também está apaixonada por mim, e sei que Vicenzo vai resolver todo o acordo de casamento.

Poucas pessoas sabem que eu sou irmão do Dom, eu nunca quis que ele falasse a minha verdadeira origem,  já que somos irmãos por parte de pai, minha mãe morreu no parto e meu pai se casou com a mãe do Dom.

Pouquíssimas pessoas sabem desse primeiro casamento já que foi um acordo muito antigo feito pelo meu avô e um grande fazendeiro, como minha mãe logo engravidou, e no parto faleceu. Poucas pessoas sabem da minha existência. 

Fui criado por meus avós no interior, mais tarde meu pai mandou que eu fosse treinado para ser um ótimo soldado e me especializei em rastreamento.

Ninguém sabe do nosso parentesco, pois temos sobrenomes diferentes, eu me chamo Felipe Morano e o Dom Vincenzo de Luca. Vi para os íntimos que são bem poucos.

Isso é  providencial,  para nós é bem vantajoso, sou os olhos dele sem que ninguém perceba.

Nosso pai faleceu há pouco tempo, porém  ele sempre nos manteve próximos dentro do possível, no internato foi o lugar onde mais nos aproximamos, pois dividimos o mesmo quarto, que por ordem do Dom tinha isolamento acústico, para quando ele quisesse  falar com o filho, só não imaginavam que eram os dois filhos que estavam ali.

 

Isso nos aproximou muito, porém eu sempre quis trabalhar nas sombras e nosso pai incentivou isso, como se eu  fosse os  olhos invisíveis  do meu irmão em vários lugares.

Com isso fomos treinados juntos, mas eu seria o soldado leal ao Dom e não seu irmão.

Apesar do Dom conhecer todo o conselho, pois ele é o herdeiro da cadeira da Máfia já que ninguém sabe de minha existência. 

Eu não tenho o menor interesse, prefiro minha privacidade a ter que aturar esse monte de velhos sem ter o que fazer enchendo meu saco.

Gosto da adrenalina da missão, e deixo a parte burocrática para o Vicenzo, e nós sabemos que essas trocas de poder sempre causam certas ambições pela cadeira do Dom e Vicenzo tem certas desconfianças, o que ele está corretíssimo, como diz o ditado: 

 Rei deposto, rei morto!

E meu irmão está certo em investigar minuciosamente quem é confiável ou não. Ele está sendo precavido, pois traição em nosso meio é comum 

Estou trabalhando nesse caso já  tem meses, pois essa missão é muito importante, ele me  enviou pois sou o melhor homem para rastreamento e sei me tornar  invisível para seguir alguém. 

Mas dessa vez não vejo a hora de voltar para casa, sinto muita falta de Helena, nunca pensei que uma mulher iria me tocar desse jeito, principalmente uma menina como ela, tão jovem e tão bela. 

Sei que não existe nenhum acordo de casamento para Helena, por isso quando o dom me chamou para essa missão eu pedi como prêmio a mão da Helena em casamento, e ele Claro me concedeu. 

Não vejo a hora de voltar para casa e reencontrar a minha doce Helena e sei que seremos muito felizes. 

Esse tempo de trabalho na Máfia me deu uma condição financeira razoável, fora a herança que meu pai me deu em vida, pois não teria como participar de seu inventário sem levantar suspeitas, assim ele me deu muitas ações ao portador que se valorizaram muito, hoje sou um homem rico.

Sei que tenho condições de dar a  Helena uma vida confortável bem melhor do que ela  tem hoje com o pai dela. 

Sei que o pai dela é um homem arrogante e com certeza não permitirá que nós venhamos a ter qualquer envolvimento e nem compromisso mas como o Vicenzo  é quem vai ordenar, ele se verá obrigado a cumprir a ordem. 

Tenho estranhado o silêncio da Helena, antes nos falávamos sempre que o pai dela não estava em casa, porém já faz meses que não consigo contato com Helena, e isso está me preocupando.

Espero até a semana que vem estar de volta, preciso ver a mulher que amo.

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