CAPÍTULO 4 UM SONHO!

Helena 

Os meses se passaram entre agulhas, bordados, tricôs e crochê e a cada dia o número de roupinhas aumentava e eu ficava tão feliz em poder fazer as roupas que vestiria o meu bebê. 

Enquanto estava distraída com esses afazeres não pensava no futuro, nem me recordava das promessas do meu pai, era como se eu vivesse em uma bolha toda minha, só existia eu Maria, Antônio e o bebê no meu ventre.

Sim, Antônio, pois nesse tempo em que ficamos isolados ele se aproximou mas de mim e de Maria afinal éramos só nós nesta casa e assim nasceu um laço entre nós, eu sabia que ele estava ali encubido de uma missão, eu não sabia qual, mas enquanto isso não acontecia os nossos dias se passavam de forma leve tranquila. 

Às vezes Maria e Antônio discutiam por algo, sempre há uma certa distância e eu nunca conseguia ouvir, a Maria sempre desconversava,  as vezes  me dizia que era por causa dos soldados que faziam a segurança o motivo pelo qual  eles brigavam.

E com isso o tempo passou, eu já estava com a minha barriga enorme, já não conseguia mais ver os meus pés, que se encontravam sempre inchados, não sabia precisar exatamente com quantos meses de gravidez eu estava,  já que meu pai não permitiu que eu fizesse nem mesmo o primeiro ultrasom. 

Maria me cobria de mimos e cuidados, muitas vezes eu percebia em seu olhar uma certa preocupação, e ela sempre me incentivava a caminhar na faixa de areia que havia na ilha ou pelo jardim diariamente, ela dizia que isso me ajudaria quando chegasse a hora do bebê nascer.

E assim nós fazíamos! Todos os  dias ao amanhecer caminhávamos na faixa da areia de uma ponta a outra, várias vezes, eu tirava a sandália dos pés e sentia a areia úmida e muitas vezes as ondas até molhavam os meus pés.  Conversavamos sobre o futuro e como seria o meu bebê!

Eu dizia a Maria que ela seria como avó do meu bebê e que ele seria muito amado, tanto por mim pelo pai, como por ela, pois ela era como minha mãe, falei com ela que se o meu bebê fosse um menino que se  chamaria Felipe mas se fosse uma menina se chamaria Clara.

Maria me perguntou se esse era o nome do pai do meu bebê, eu fiquei em silêncio um bom tempo pensativa, se havia uma pessoa em quem eu confiaria a minha vida e a de meu filho essa pessoa era Maria. Olhei em volta confirmando que estávamos sozinha.

– Sim Maria, o pai do meu filho é o Felipe, se algo acontecer comigo procure ele Maria. Você entende que isso é confidencial não entende Maria, meu pai manda matá-lo, e eu não quero isso para o homem que amo. Posso passar minha vida toda aqui isolada com meu filho. Eu não ligo! Mas não quero vê-lo morto. Digo

–Me promete que não contará a ninguém sobre isso Maria?

Ela me olhou nos olhos e disse:

–Te prometo Helena, pelo amor que tenho a você ninguém saberá disso!

Alguns dias depois me chamou atenção Maria sempre deixar lençóis toalhas tesoura e apetrechos higienizados em uma parte do guarda-roupa do meu quarto 

– Maria, para quê você separou essas peças? Vamos receber visitas? Pergunto.

– Não, minha filha.  Helena a hora do seu bebê nascer está próxima, seus pés já estão inchando, seu rosto também, sem contar que a sua barriga já está baixa. Acredito que o seu bebê já achou uma  posição para nascer. Maria me responde 

–Você já deve começar a se preparar para o parto e esses utensílios eu já estou deixando preparados para a hora do nascimento do seu bebê, é bom estarmos preparados assim não tem nenhum problema nem correria. Fala me passando segurança.

– Fique tranquila Helena, vai dar tudo certo! Fala Maria me passando confiança.

Terminamos toda arrumação e limpeza do quarto a Maria me ajudou e após tomar uma boa ducha Maria pediu que eu sentasse na cama que ela iria fazer massagens no meu pé para aliviar a retenção de líquido 

Ficamos algum tempo conversando e fazendo planos para o futuro enquanto Maria massageava meus pés me trazendo um alívio para o peso e minhas pernas 

Maria Você acredita que eu serei uma boa mãe às vezes penso que não saberei cuidar do meu bebê. 

Maria Clara durante um tempo os movimentos que está fazendo em meus pés e diz: 

Sim Helena, você será uma ótima mãe, que você é uma mulher que sabe amar Isso é o principal para ser uma boa mãe. 

Então Maria eu serei uma ótima mãe porque eu amo demais esse serzinho que está aqui dentro de mim.

Eu sei disso minha filha eu sei disso 

Após mais algum tempo Maria me traz uma sopa no quarto pois fiquei com preguiça de me levantar foi tão bom o alívio da massagem nos meus pés que eu prefiro ficar quietinha, não levou muito tempo e eu dormi estava cansada e o sono não demorou a chegar.

Felipe está me sorrindo aquele sorriso lindo que me encantou desde a primeira vez que eu vi, ele se aproximava e me dizia para que eu fosse forte, beijava minha testa e colocava a mão na barriga fazendo uma leve carinho, nesse momento imagem começa a se desmarcar e eu acordo num susto, percebo que é um sonho.

Me levanto para ir ao banheiro, uma coisa que já se tornou normal na minha vida, mas quando me aproximo da porta do banheiro sinto algo quente escorrer em grande qualidade pelas minhas pernas, olho e o chão está todo molhado.

– MARIAAAA!!!!!

Chamo por Maria, sei que meu bebê está na hora de nascer, sinto uma dor na minha lombar que se irradia pela minha barriga, retiro a calcinha molhada e me dirijo ao box, tomo um rápido banho e coloco uma camisola.

Quando entro no quarto Maria já havia  preparado a cama e os travesseiros e me pede para deitar e começar a monitorar as contrações.

– Já volto minha filha, vou buscar o relógio da cozinha, fique tranquila, estarei aqui com você! Fala Maria.

Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >

Capítulos relacionados

Último capítulo