Transferência. A missão.

Prostrada diante de sua presença recebi o arquivo com os nomes de meus próximos alvos e suas informações pessoais.

— Quero que mate essas pessoas para mim.— nem com o passar dos anos sua voz ou seu rosto angelical mudou. Sua aura pacifica e enigmática.

As vezes me pergunto, porque o mestre faz isso? O que ele procura? O que ele quer provar com tudo isso? Como uma pessoa tão rutilante pode ser ao mesmo tempo tão perigoso.

— Sim mestre.— falei sem ainda com o rosto prostrado. Eu estou acostumada com esse tipo de ordem. É para isso que ele me criou, para ser uma máquina assassina.

— E...— levantei meu rosto para ver sua face seria. — Não admito erros.

— Sim mestre.

É sempre assim, as missões mais importantes são dadas a mim, e por serem importantes é erros não são admitidos. 

(...)

Minha transferência foi feita da forma mas transporte possível para o hospital central de Ergans. O mestre tem contatos e trabalho de infiltração é algo da qual estou acostumada.

As primeiras três pessoas que ter de matar, são trabalhadoras do hospital no qual me encontro. Eles já trabalharam para o mestre, mais decidiram o trair e levar informações confidenciais consigo. E se a algo que o mestre não admite é traição.

Enquanto representava o meu trabalho de enfermeira, consegui localizar um deles. Me meti na área de atendimento monitorado por Leandro, quando seus olhos caíram em mim, sua feição foi de puro terror. Ele sabe quem sou e sabe muito bem o que vim fazer. Ele começou a correr desesperada, mas não há nada que pudesse fazer, mesmo com o tumulto que seu comportamento causava nada me impediria de o matar.

Só precisava olhar para ele uma vez, para poder invadir sua mente e a destruir.

— Aaaaaaah SOCORRO— seu corpo se contorcia, como se estivesse sendo esmagado, sangrava por todo o corpo até o instante que caiu morto.

— O que aconteceu com ele?— os pacientes perguntavam antônios uns aos outros.

— Num instante ele estava bem nos atendo, noutro correndo como se tivesse visto o diabo e logo depois se contorcendo e agora morto! O que de fato aconteceu aqui?

— Enfermeiros. — chamou a recepcionista alarmada. Eu e mais dois enfermeiros fomos até o corpo morto 

— E! Esse já está morto.

— Mais como isso aconteceu? É tão suspeito. É que não faz sentindo.

— De ter sido uma falha neuronal.— conclui enquanto dirigia o corpo para sala de autopsia.

(...)

No fim do expediente fui trocar de roupa e pegar meus pertences.  Ao sair da ala dos enfermeiros, enquanto caminhava calmamente pelo corredor um homem parou a dois metros de distância de mim. Não foi difícil para mi reconhecer aquele rosto, faz parte da lista dos que tem de ser mortos. Caleb Lewis.

Nossos olhares se fintaram, nenhum de nós dois disse nada. Eu poderia o matar aqui e agora, não seria suspeita nem nada. Poderia fazer com que o enfeito demorasse dez minutos, tempo suficiente para eu estar longe do hospital e ser considerada qualquer suspeita.

Eu podia fazer tudo isso, poderia o matar. Mas algo no meu âmago me fez recuar, eu podia sentir o impacto da maldição dos Lewis sobre mim.

O mestre já tinha me falando sobre ela antes, mas longe de seus pensamentos crer que isso aconteceria comigo, muito menos eu. Afinal bem humana sou mais.

Seu sorriso ladinho surgiu, seu rosto amigável, eu sei que ele está sentindo o mesmo que eu, ou talvez ainda mais intenso. Sendo que diferente de mim, ele nunca foi treinado a repreender suas emoções.

Agora que nossas vidas se cruzaram, sinto como se uma brecha para a falha do plano do mestre esteja aberta. E isso me inquieta, só eu sei como o mestre fica quando está irado.

Sem esboçar qualquer reação continue caminhando. Ele ficou ali me admirando como um idiota perdido. Ao passe por ele sussurrei.

— Elimine esse momento de sua vida, ou permita-me mostrar-te o último estágio da dor humano.

Após passar por ele sem esperar sua reação, apressei meu passos para pegar um ônibus. Uma caixa retangular com rodas e os diversos tipos de mente. Apesar do ônibus estar cheio, não foi nenhum incomodo para mim, me estabilizar afinal de contas o que eu tenho em excesso e resistência.

Agora surge essa inquietação, Caleb Lewis...! Eu preciso matar você, antes que você me mate ou arruine os planos do mestre. Não posso estragar os planos do mestre por culpa de uma maldição. Preciso me livrar disso o mais rápido possível. Sem chance, não me deixar levar pelos efeitos da maldição. Abre disso... Caleb Lewis é um homem morto.

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