Adonis Kappas é descendente de grego e desde menino assistia seu pai trabalhar como chefe na cozinha de um restaurante. Ele se via fascinado e cresceu sonhando em se tornar um grande chef como o seu pai era.Anos mais tarde, ele volta para o Brasil com o intuito de abrir o seu próprio bistrô e ser reconhecido no mundo gastronômico. Mas, um roubo poderá estragar os seus planos. Agnes Ferraço, é uma promotora de modas famosa e viciada em seu trabalho. Mas, nem sempre ela foi assim. Devido a uma decepção amorosa, decidiu deixar de curtir a vida e viver apenas para o mundo da moda. Além de animada e extrovertida, Agnes guarda um grande segredo. Devido as circunstâncias do destino, o chef vai trabalhar na casa de Agnes. Ele vai alimentá-la e ela precisa do seu alimento. O que acontecerá nessa maravilhosa trama? *Uma paixão?*Uma nova amizade? ✓ Comédia.✓ Drama.✓ Dois casais e suas confusões dentro e fora da cama.E ainda tem a Kell, que promete conquistar o seu coração. Trilogia O
Adonis Kappas Desde menino, quando eu assistia o meu pai na cozinha de um grande restaurante me encantava com a sua sabedoria e imponência. O ar de um grande rei. Ele mandava e desmandava naquele lugar e todos lhe obedeciam sem contestar as suas ordens, como se ele fosse a maior autoridade ali, mas o que me impressionava mesmo era a mágica dos pratos, a forma e o cuidado com que eram montados, a elegância, o poder, o aroma. Não tive a menor dúvida, logo soube que um dia eu seria como ele. Eu seria um grande chef. Ando pelo ambiente semiescuro e empoeirado e chego a sonhar acordado com a transformação do lugar. Me desculpe a falta de educação, me chamo Adonis Kappas, sou descendente de grego, mas moro no Brasil desde que me entendo por gente. Tenho 30 anos e passei uma boa e longa temporada na Itália. Sim, foram cinco anos longe do meu amado país. Mas essa é uma história muito longa e que talvez… Eu disse talvez, eu conte para vocês. Sou o tipo de cara vaidoso. Eu malho muito, cuido b
Adonis — Como estão as coisas? — pergunto, quando estamos bem acomodados em um restaurante. Petrus leva uma porção de salada a boca e mastiga calmamente. Tomo um gole do vinho branco, que ele escolheu para acompanhar o salmão defumado. — Está tudo bem. Fiz alguns investimentos acertados na bolsa de valores. Cara foi a melhor coisa que eu já fiz na vida — diz empolgado. Lanço-lhe um olhar intrigado, estou feliz por ele. Tanto eu, quanto o Petrus lutamos muito para chegarmos aonde queríamos. — Um investimento? — Deixo transparecer o meu interesse no assunto. Petrus faz sim, com a cabeça, enquanto bebe um pouco da sua bebida. — Na verdade, eu investi todas as minhas economias nessa jogada — diz, me fazendo engasgar com a bebida. — E isso é seguro? — Seguro? Cara eu vou render milhões em poucos dias. — Sua cert
Adonis Kappas Adentro o escritório luxuoso e sigo pelo hall, ainda mais exuberante, e paro na recepção que tem um enorme balcão de mármore negro lustroso. Uma linda jovem me sorri, mas com um sorriso profissional, e se prontifica em me ajudar. — Bom dia, me chamo Melissa, em que posso ajudá-lo? — Bom dia, Melissa! Procuro por Andrea Escobar. — A senhora Escobar está em uma reunião. O senhor pode aguardar um pouco, ou gostaria de deixar recado? — Eu espero, obrigado! Andréa Escobar é uma das melhores arquitetas do estado. Ela foi indicada por Petrus, meu melhor amigo. Foi ela quem arquitetou o seu impecável escritório e hoje, ela dará vida ao meu sonho. Os minutos se arrastam e finalmente Melissa me anuncia. Passo por uma porta larga, de um design perfeito. O escritório da mulher é uma perfeição, ditado por móveis modernos, de um design singular, com uma harmonia perfeita e cores claras nas paredes. Andréa aparenta ter pelo menos uns 39 anos. É uma senhora bem cui
Adonis — Se divertindo muito? — pergunto com um tom ríspido. A garota tenta conter o riso, mas me olha com olhos divertidos e gargalha mais uma vez. Rolo os olhos impacientes. — Posso saber qual é a graça?! — rebato irado. — Você. — Ela diz e volta a rir. — Maluca! — resmungo. — Nossa, que mau-humor! Posso? — pede, apontando o banco vazio ao meu lado. Dou de ombros. — Se prometer não me dá um banho de uísque! — resmungo carrancudo e lhe dou as costas. — Grossoooo! — cantarola, se acomodando ao meu lado. Tento levar a noite na boa, mas parece que a garota irritante resolveu me chatear ainda mais. Ela pede uma bebida colorida e o tempo todo olha para o meu rosto. Encabulado, finjo que não vejo, mas sério, estou me perguntando o que tanto ela olha para mim? — Kappas, mas é claro! Você é o Adonis Kappas, não é? — diz, e pronto, ela já tem a minha atenção. — Sim, te conheço? — Ela abre um sorriso largo e espontâneo. — Claro que me conhece! Sou a Flávia, Flávia Simões. Estudamos ju
Flávia Simões — Ana, onde está a proposta de Roma? — Agnes pergunta para sua secretária, perdida em pilhas de papéis. Ela bufa irritada, quando não encontra o que procura. A secretária abre a porta, adentrando a sala e se põe a procurar a tal proposta. Eu apenas assisto as duas malucas remexendo a papelada, quase que perdendo o juízo. Olho para mesinha de centro e pego o único documento esquecido no tampo de vidro temperado, e me levando do sofá macio, indo de encontro das duas. Paro de frente para Agnes e lhe estendo o papel. A mulher para o que está fazendo e olha o papel e depois para mim. Ela sorri. — Eu já disse que te amo hoje? Deus, achei haver perdido a m*****a proposta! Agnes se j**a, sentando-se na cadeira e respira aliviada. — Pode ir, Ana. — Ela dispensa a secretária, e mete a cara nos papéis. — Hoje é sexta — digo, me sentando de frente para ela. — E? — pergunta, sem tirar os olhos do papel. — Pensei em sair essa noite, você vem? — Ah! Não dá amiga! Tenho que acordar
Flávia Meia hora de evento… A música eletrônica dita os passos firmes e, simultaneamente, graciosos das modelos, que exibem os novos passos da moda. Há uma onda gigante de flashes, inundando a todos no evento e eu só consigo pensar que em algumas horas estarei dentro da Voguel, com um belo par de olhos azuis anis e nem sei se tiro uma lasquinha dele, ou se ele tirará de mim… Ou se alguém fará isso por mim. Pai do céu, e se eu não gostar da troca? Sou desperta por um burburinho agitado no meio da multidão e olho imediatamente para o alto do palco. Agnes… Entro em pânico quando a vejo caída ao chão de madeira branca, lustrosa e imediatamente passo um rádio para os seguranças, seguindo apressada para o palco. — Ponham ela aqui — peço, apontando para o sofá que fica por trás das cortinas. — Wall, continue com o evento, eu cuido da Agnes — peço para a assistente de palco. Ela me mataria se soubesse que não levaram o evento adiante. — Ok. *** — Senhorita Agnes Ferraço — O médico diz, e
Flávia Simões — Então, lembra do Petrus? — Adonis diz, assim que nos aproximamos da mesa. Olho para o homem dos pés à cabeça. Olhos escuros, petulantes e altivos me encaram, com um conhecido sorriso sacana. Um corpo marrento, sendo oprimido por uma camisa branca, extremamente apertada. O jeans surrado, faz o mesmo com as coxas grossas e com o documento protuberante no meio de suas pernas. Claro que eu me lembro dele! — Esse é o carinha metido a besta, que andava ao seu lado no colégio? — Solto essa. Ele gargalha alto, mostrando os dentes perfeitos e o pomo de Adão, que dança em sua garganta, em um sobe e desce, enquanto rir do meu comentário. — E você deve ser a maluquinha da turma — fala com deboche. Rolo os olhos. — Sabia que iam gostar de se ver! — Adonis diz, achando graça. — Bom, esse não era da turma. Oliver Borbolini, esta é Flávia Simões, uma amiga do colegial. — Ele finalmente nos apresenta. Sorrio lindamente para o par de olhos negros, que me encaram com um brilho que não