Kell Não sei dizer se isso é normal, mas ir à casa dos pais do meu namorado pela primeira vez, está me deixando de cabelos em pé. Em cima da minha cama há uma infinidade de roupas jogadas e bagunçadas, e confesso que nenhuma delas está me agradando. Eu sei, é bobagem. A Maah e a Cris já me disseram isso infinitas vezes. “Você é linda de todo jeito e suas roupas são maravilhosas! O Lipe te ama do jeito que você é.” Elas repetiram isso por várias e várias vezes, mas não é só isso. É o fato de hoje ser o aniversário do Felipe e eu tenho toda uma programação especial preparada só para essa noite. Sorrio e não sei dizer se é de felicidade ou de nervoso. O fato é que estou decidida a dar um passo delicado e não menos importante em nossa recente relação e que sei, que mudará muitas coisas na minha visão do mundo. Com um suspiro, ergo o vestido vermelho, estilo tubinho, todo trabalhado no guipir brilhoso, de alcinhas finas e delicadas e tem o comprimento até a altura dos meus joelhos. Bufei
Kell— Nossa, Kelly, você está… Linda! — Ele disse se aproximando para um beijo rápido que me deixou envergonhada. Abro um meio sorriso.— Obrigada! E esse carro? — pergunto olhando o Audi vermelho e lustroso atrás dele. Meu namorado olha para o veículo, passa a mão em sua lataria e quando volta a me olhar, exibe um grande sorriso.— Acabei de ganhar de presente dos meus pais. — Havia uma alegria palpável estampada em seu rosto. Meus olhos se engrandeceram de surpresa e confesso que não tenho palavras. — Vamos, senhorita? — pede com a educação de um lorde, abrindo a porta do carona para mim e antes de entrar, o beijo levemente.— Feliz aniversário, Lipe! — sussurro assim que me afasto e entro no carro.****A casa do Felipe não é muito diferente do que eu imaginava. É um apartamento enorme que fica em cobertura de um dos prédios mais luxuosos aqui da cidade. Passamos pouco tempo ali, só alguns minutos em uma comemoração particular — digo entre nós dois e os seus pais — até o momento d
Kelly Horas antes do acidente…— Não vamos ter pressa — disse baixinho, bem perto do meu ouvido, me fazendo fechar os olhos e curtir a leve sensação de arrepios que se espalhava por toda a minha pele. Lipe beijou o meu pescoço suavemente uma, duas, três vezes antes de se afastar e encontrar os meus olhos. Ele pegou o celular em seu bolso e foi até o som que está em um móvel encostado na parede, mexeu no aparelho por alguns instantes e logo o som da voz de Lewis Capaldi se espalhou pelo ambiente cantando Someone You Loved. Quando ele girou em seus próprios calcanhares, sorriu de lado e o seu sorriso me fez relaxar um pouco. — Primeiro quero dançar com você, Kelly — falou segurando uma de minhas mãos e a outra mão sua se apossou da minha cintura. Os nossos corpos começam a se mexer gostoso e lento. Fecho os meus olhos e deixo minha cabeça se acomodar confortavelmente no seu peito. Daqui é possível ouvir as batidas desenfreadas do seu coração. Está ritmado, como se fosse uma escola de s
Kell— Foi impressão minha, ou você fez planos para nós dois esse tempo todo? — Ele brinca depois de um tempo em silêncio, enquanto esperamos os nossos corpos se acalmarem. Rio do seu comentário.— Você não? — Ergo a cabeça para olhá-lo e ele dá de ombros.— Vou mentir se disser que não. Kell, ano que vem estarei indo para a faculdade de direito e assim que me formar, quero me casar com você. Não quero ter filhos logo, porque sei que quer fazer a sua carreira como chef, mas assim que estiver pronta, quero ter um monte deles. — Confessa entre beijos cálidos. Rio escandalosamente.— Um monte deles?! — O questiono embasbacada. Ele faz um sim, com a cabeça e rir também.— Tipo um time de futebol inteiro — diz com um sorriso divertido.— Minha nossa, Lipe! — ralhei impressionada e ele gargalhou. — Que horas são? — pergunto me ajeitando ao seu lado.— Deixe-me ver. — Ele pega o relógio de pulso largado ao lado do cobertor. — Pouco mais de meia-noite.— Santo Deus! — sibilo exasperada, salta
Adonis KappasNão tem maior desespero do que não saber onde a sua filha está. Foi o que pensei algumas horas atrás. Agora sei que o desespero maior é receber um telefonema de uma pessoa desconhecida e descobrir que ela está em uma cama de hospital e morrendo lentamente. Entro no corredor branco e largo com passos largos e precisos, e confesso que não faço ideia de como cheguei até aqui. Na recepção a única coisa que nos disseram foi aguardássemos que em breve o médico nos traria notícias e é exatamente isso que estamos fazendo a quase duas horas. Ao meu lado, Agnes parece completamente perdida no tempo. Ela já chorou, se desesperou e agora parece completamente desligada do planeta terra. Oliver e Petrus ficaram tomando conta das meninas e a Flávia não sai de perto de nós dois nem por um minuto. Em um canto afastado, estão os pais de Felipe esperando o mesmo e parecem tão desolados quanto estamos.— Quem são os familiares de Kelly Ferraço? — Um policial pergunta entrando na sala de espe
Simone BorbolineTrês meses depois...— Ai está perfeito, Téo! — digo para um dos seguranças contratado para Proseg - Segurança e Portaria. Três meses depois que deixei a federal, Petrus e eu colocamos os nossos planos em prática e em sessenta dias os nossos sonhos se concretizaram. A Proseg agora tem um formato, uma logomarca e uma pequena equipe treinada por mim. Com os seus conhecimentos em administração, não foi difícil passar pelas camadas burocráticas e depois disso, preenchemos o lugar com equipamentos necessários para um trabalho perfeito. — Ponha as armas no estoque, Virgínia — peço e logo em seguida ouvi o som da porta se abrindo atrás de mim. Petrus entrou na sala de tiro ao alvo e eu suspirei baixinho, observando seus cabelos agora mais curtos, a barba delineada com perfeição em seu rosto, que o deixou ainda mais másculo e sexy.— Pronta? — indagou assim que me abraçou por trás e após beijar a minha nuca suavemente. Um arrepio se espalhou por todo o meu corpo apenas com e
Adonis Kappas é descendente de grego e desde menino assistia seu pai trabalhar como chefe na cozinha de um restaurante. Ele se via fascinado e cresceu sonhando em se tornar um grande chef como o seu pai era.Anos mais tarde, ele volta para o Brasil com o intuito de abrir o seu próprio bistrô e ser reconhecido no mundo gastronômico. Mas, um roubo poderá estragar os seus planos. Agnes Ferraço, é uma promotora de modas famosa e viciada em seu trabalho. Mas, nem sempre ela foi assim. Devido a uma decepção amorosa, decidiu deixar de curtir a vida e viver apenas para o mundo da moda. Além de animada e extrovertida, Agnes guarda um grande segredo. Devido as circunstâncias do destino, o chef vai trabalhar na casa de Agnes. Ele vai alimentá-la e ela precisa do seu alimento. O que acontecerá nessa maravilhosa trama? *Uma paixão?*Uma nova amizade? ✓ Comédia.✓ Drama.✓ Dois casais e suas confusões dentro e fora da cama.E ainda tem a Kell, que promete conquistar o seu coração. Trilogia O
Adonis Kappas Desde menino, quando eu assistia o meu pai na cozinha de um grande restaurante me encantava com a sua sabedoria e imponência. O ar de um grande rei. Ele mandava e desmandava naquele lugar e todos lhe obedeciam sem contestar as suas ordens, como se ele fosse a maior autoridade ali, mas o que me impressionava mesmo era a mágica dos pratos, a forma e o cuidado com que eram montados, a elegância, o poder, o aroma. Não tive a menor dúvida, logo soube que um dia eu seria como ele. Eu seria um grande chef. Ando pelo ambiente semiescuro e empoeirado e chego a sonhar acordado com a transformação do lugar. Me desculpe a falta de educação, me chamo Adonis Kappas, sou descendente de grego, mas moro no Brasil desde que me entendo por gente. Tenho 30 anos e passei uma boa e longa temporada na Itália. Sim, foram cinco anos longe do meu amado país. Mas essa é uma história muito longa e que talvez… Eu disse talvez, eu conte para vocês. Sou o tipo de cara vaidoso. Eu malho muito, cuido b