Guilherme
Depois de expor minha decisão de expandir nossas vendas para uma boate, encarei JP e João, observando a confusão estampada em seus rostos. Era compreensível. Eles não esperavam essa reviravolta nos nossos planos, e eu entendia perfeitamente suas dúvidas.
— Sim, é isso mesmo. — respondi, mantendo minha expressão séria. — Vou abrir uma boate, e será lá que vamos vender nosso produto.
Os olhares de incredulidade dos jovens me atingiram, mas eu estava decidido a seguir adiante com minha ideia. Era arriscado, eu sabia, mas também era uma oportunidade única para expandirmos nossos negócios de uma forma completamente nova.
— Mas você tem uma boate? — perguntou JP, ainda tentando processar a informação.
— Não ainda. — admiti, — MAS vou abrir uma. E será a melhor boate da cidade.
Expliquei-lhes minha visão para o empreendimento, detalhando os planos de transformar o local em um ponto de encontro exclusivo, onde a elite da cidade se reuniria para se divertir e, é claro, consumir nosso produto de qualidade superior.
À medida que eu falava, podia sentir a energia mudando na sala. A incredulidade dos jovens estava sendo substituída por um brilho de entusiasmo em seus olhos. Eles começaram a entender a magnitude da oportunidade que se apresentava diante de nós.
— É uma ideia ousada. — comentou João, com um sorriso se formando em seus lábios. — Mas se alguém pode fazer isso acontecer, é você, chefe.
Eu retribuí o sorriso, sentindo uma onda de determinação renovada inundar meu ser. Eles estavam certos. Essa era minha chance de mostrar do que éramos capazes, de elevar nossos negócios a um novo patamar.
― Vamos fazer isso. ― declarei, minha voz ecoando com confiança. ― Vamos transformar essa boate no ponto de referência da cidade, e nossas vendas vão disparar.
Com um novo sentido de propósito, mergulhamos de cabeça na elaboração dos planos para nossa nova empreitada. Cada detalhe foi meticulosamente planejado, discutido e refinado até alcançarmos uma visão clara do que queríamos construir.
Primeiro, decidimos sobre a localização ideal para a boate. Queríamos um lugar que fosse acessível, mas também exclusivo o suficiente para atrair uma clientela de alto nível. Depois de examinarmos várias opções, encontramos um prédio histórico no coração da cidade que se encaixava perfeitamente em nossos critérios. Era espaçoso, elegante e oferecia um ambiente ideal para o tipo de experiência que queríamos proporcionar aos nossos clientes.
Com a localização definida, passamos para o design interior da boate. Queríamos criar um ambiente luxuoso e sofisticado, com uma atmosfera que cativasse os sentidos e convidasse as pessoas a se entregarem à diversão e ao prazer. Contratamos os melhores designers de interiores da cidade para transformar nossos conceitos em realidade. Desde a disposição dos móveis até a escolha das cores e texturas, cada detalhe foi cuidadosamente planejado para criar uma experiência única e inesquecível para os nossos clientes.
Ao mesmo tempo, desenvolvemos uma estratégia de marketing abrangente para promover a boate e atrair a atenção do público. Utilizamos uma combinação de publicidade tradicional, mídias sociais e eventos especiais para gerar interesse e criar expectativa em torno da inauguração. Queríamos que as pessoas falassem sobre nossa boate muito antes de ela abrir suas portas pela primeira vez.
Enquanto trabalhávamos nos detalhes finais, a empolgação e a energia eram palpáveis. Todos estavam comprometidos com o sucesso do empreendimento, e isso se refletia em cada decisão que tomávamos. Sabíamos que estávamos prestes a lançar algo verdadeiramente especial, algo que iria deixar uma marca indelével na cidade e no mundo do entretenimento noturno.
***
Finalmente, o grande dia chegou. A boate estava pronta, os convidados estavam chegando e a expectativa estava no ar. Eu olhei em volta, maravilhado com a transformação que havíamos realizado. O prédio que antes estava vazio e sem vida agora pulsava com energia e vitalidade, pronto para receber seus primeiros clientes.
À medida que as portas se abriam e as pessoas começavam a entrar, senti um misto de emoções: nervosismo, excitação, gratidão. Este era o momento que tanto esperávamos, o culminar de meses de trabalho árduo e dedicação. Eu sabia que não importava o que o futuro reservasse, esta noite seria lembrada como o início de algo grande.
E então, com um sorriso nos lábios e um brilho nos olhos, eu dei um passo à frente e entrei na boate. Estava um espetáculo, está melhor do que imaginei. Enquanto estava admirando a minha ideia que acabou virando realidade. Logo os caras vieram até mim.
― Caraca chefia. Isso aqui ficou irado mesmo! ― exclamou o João quando parou do meu lado. Estava ainda observando a boate.
― Tenho que concordar com você, não com essas palavras. Mas está incrível mesmo. E o melhor, que não para de vir gente para cá. Só gente de alto nível: empresários, jogadores de futebol e etc. ― mencionei para eles que sacudiram a cabeça concordando.
― Não podemos esquecer de falar das gatas que tem aqui. Só mulher gostosa! ― declarou o JP que estava encantando por uma loira que acabou de entrar com um jogador de futebol muito famoso.
― Sim, mas não esquecem que vocês estão trabalhando. Isso aqui não é para ser divertir e sim trabalhar, vender o meu produto. ― lembrei os dois, olhando com firmeza e sério. Eles são meus braços direito nesse negocio, mas não podem esquecer que eu mando nessa porra.
― Claro chefia. Sem problemas. ― respondeu o João, depois saíram e foram acatar o que tinha ordenado.
Também decidi dar uma volta pela boate para ver como as coisas estavam indo. Enquanto caminhava pelos salões, cumprimentei algumas pessoas que me reconheceram e troquei alguns acenos amigáveis. Era reconfortante ver rostos familiares e sentir a energia positiva que permeia o ambiente.
À medida que me aproximava do bar, fui saudado pelo bartender com um sorriso caloroso. Fiz um sinal para ele preparar a minha bebida, vodka no gelo. Peguei minha bebida e continuei minha caminhada pela boate, observando os convidados dançando e conversando animadamente.
Enquanto observava as pessoas se divertindo, senti um orgulho imenso do que havíamos conseguido criar. A boate estava cheia de clientes para os meus produtos, pulsando com energia e vibração. Era exatamente o tipo de atmosfera que eu havia imaginado quando tive a ideia de abrir este empreendimento.
Conversando com alguns dos clientes, ouvi elogios sobre a decoração, a música e a vibe da boate. Suas palavras de aprovação encheram meu coração de satisfação e gratidão. Saber que estávamos proporcionando uma experiência memorável para as pessoas era uma recompensa por todo o trabalho árduo que havíamos dedicado a este projeto.
Enquanto eu continuava a percorrer os salões, aproveitando o clima festivo e a animação dos convidados, senti uma sensação de realização profunda. Este era o resultado de meses de planejamento, sacrifício e determinação. Ver a boate prosperando era a confirmação de que havíamos tomado a decisão certa ao seguir nossos sonhos.
Com um sorriso nos lábios e o coração cheio de gratidão, eu sabia que este era apenas o começo de uma jornada emocionante. Havia muito trabalho a ser feito, muitos desafios a serem superados, mas eu estava pronto para enfrentá-los de cabeça erguida. Esta boate era mais do que apenas um negócio para mim; era uma expressão da minha paixão, da minha visão e do meu compromisso em oferecer o melhor para os nossos clientes.
GuilhermeEnquanto eu caminhava pela boate, observando os clientes se divertindo e desfrutando da minha boate, meus olhos foram atraídos para uma mesa no segundo andar. Lá estava ela: uma bela morena, sentada sozinha, envolta em uma aura de mistério e elegância.Seus cabelos escuros caíam em cascata pelos ombros, destacando seus traços delicados e sua pele suave. Seus olhos, profundos e intensos, pareciam capturar a luz da boate, brilhando com um brilho sedutor que me deixou hipnotizado.Por um momento, parei no meu caminho, incapaz de desviar o olhar. Havia algo magnético nela, algo que me puxava para mais perto, me fazendo esquecer tudo ao meu redor. Era como se o tempo tivesse parado e só existíssemos nós dois naquele momento.Com um impulso irresistível, fui até ela, precisava falar com ela. Porém, na mesma hora, parei quando vi um homem de terno se aproximando da mesa onde ela estava sentada. Estava recuando daquela mesa, mas, quando estava saindo, ouvi uma voz.― Ei? Ei, não est
FernandaO telefone continuava a tocar, e cada toque parecia ecoar pelo meu pequeno apartamento, enchendo o espaço com um som irritante e insistente. Eu sabia quem era – Miriam. E sabia exatamente por que ela estava ligando. O jogador com quem eu deveria ter passado a noite não estava satisfeito, provavelmente já tinha reclamado, e agora Miriam queria uma explicação.Eu me sentei na beira da cama, olhando para o telefone que ainda vibrava na minha mão. Podia sentir meu coração acelerado, e minha mente estava correndo, tentando encontrar as palavras certas para explicar a situação. Miriam não era uma pessoa fácil de lidar, e eu sabia que qualquer deslize na minha explicação poderia me colocar em sérios problemas.Finalmente, respirei fundo e decidi atender. ― Alô?― Fernanda, onde você está? O que aconteceu? ― A voz de Miriam era cortante e impaciente, como eu já esperava.― Estou em casa, Miriam. Houve um problema, eu não consegui... ― comecei a falar, mas ela me interrompeu imediata
GuilhermeEstava terminando mais uma sessão intensa de malhação na academia. A sensação de suor escorrendo pelo meu corpo e a dor agradável dos músculos trabalhados me davam uma sensação de realização. O treino sempre foi uma forma de liberar o estresse, de focar minha mente e manter meu corpo em forma para enfrentar qualquer desafio.Saí da academia e comecei a caminhar em direção à padaria que ficava no caminho do meu apartamento. Era um lugar simples, mas tinha o melhor café e croissants de queijo e presunto que eu já tinha provado. Enquanto caminhava, meus pensamentos voltaram para a morena da boate, a mulher que eu tinha defendido do tal jogador na noite da inauguração.Sua imagem estava gravada na minha mente: aqueles olhos profundos e intensos, os cabelos escuros caindo em cascata pelos ombros, a forma como ela parecia tão vulnerável, mas ao mesmo tempo, tão forte. Desde aquela noite, eu não conseguia parar de pensar nela. Quem era ela? Por que estava ali? E por que aquele joga
FernandaEstava em casa, como sempre, esperando pela ligação da Miriam. A rotina já era familiar: Miriam me ligava, descrevia o próximo cliente, e eu me preparava para fazer o que fazia melhor. Era um trabalho que eu tinha aprendido a dominar ao longo dos anos, mas ainda assim, cada cliente era uma nova incógnita. Nunca sabia realmente o que esperar.O celular estava ao meu lado na cama, e eu o mantinha no modo vibratório para não me assustar quando a ligação finalmente chegasse. Enquanto esperava, meus pensamentos divagavam, mas eu tentava mantê-los focados no que precisava fazer. Havia uma espécie de ritual que eu seguia antes de cada encontro, um processo mental de preparação que me ajudava a separar a Fernanda real da Fernanda que o cliente encontraria.
FernandaEra mais um dia comum, ou pelo menos deveria ser. Acordei com a sensação incômoda de que algo estava errado, mas não conseguia identificar o quê. Como de costume, me preparei para mais uma noite de trabalho. O ritual de sempre: banho longo, a água quente lavando não só meu corpo, mas a tensão acumulada dos últimos dias. Passei as mãos pelos cabelos, deixando que eles caíssem soltos sobre meus ombros, enquanto minha mente vagava. Miriam não havia me dito quem seria o cliente dessa vez. O que não era comum, e sinceramente, isso me incomodava.Sempre fui detalhista, organizada, e gosto de saber com o que estou lidando. Mas Miriam, por algum motivo que ela não se deu ao trabalho de explicar, decidiu fazer mistério. Apenas me deu o endereço, sem maiores informações. E o pior de tudo? Eu sabia muito bem onde era esse tal endereço. A boate. A mesma boate onde, da última vez, tive o desprazer de sair com aquele jogador babaca, que achava que poderia me tratar como uma qualquer só por
GuilhermeEnquanto eu me sentava à frente de Fernanda naquela sala privada, percebi que o jogo havia começado antes mesmo que ela soubesse. Ela estava tentando entender o que estava acontecendo, talvez tentando decifrar as minhas intenções. Eu podia ver nos olhos dela aquela mistura de desconfiança e curiosidade. Era exatamente o que eu queria.A verdade é que, desde a primeira vez que a vi, naquela noite em que defendi-a daquele idiota de jogador, alguma coisa nela me chamou a atenção. Havia uma força por trás de sua beleza, algo que me fazia querer saber mais. E eu sempre conseguia o que queria. Era apenas uma questão de tempo.Ela estava impecável como sempre, o vestido preto ajustado ao corpo realçava sua
GuilhermeEstávamos no escritório, a porta fechada e a luz suave do abajur preenchia o espaço. O silêncio era quebrado apenas pela nossa respiração ofegante, entrecortada pelo som dos beijos intensos que trocávamos. Desde o momento em que nossos lábios se encontraram, ficou claro que não havia como voltar atrás. A atração entre nós estava no ápice, quase palpável no ar.Fernanda estava tão perto, seu perfume invadia meus sentidos e eu não conseguia pensar em mais nada além do toque de sua pele. Minhas mãos percorreram sua cintura, puxando-a ainda mais para perto. O calor do corpo dela contra o meu fazia com que o desejo aumentasse a cada segundo. Quando nossas bocas se separaram por um breve instante, pude ver no olhar dela o mesmo desejo
FernandaNão estava nos meus planos que seria ele o meu cliente, ainda mais com aquela proposta de eu ser eu mesma. Nunca trabalhei assim, sempre vestia o personagem pois fazia parte do meu trabalho, mas acabei cedendo. Não sabia explicar, mas aquele homem mexia muito comigo, sem contar que ele é bem gostoso.Ofegante, ainda me agarrava ao corpo dele, sentindo o calor da pele dele contra a minha. Estávamos exaustos, mas satisfeitos, e por um breve momento, parecia que o mundo tinha parado. Eu mantinha os olhos fechados, tentando recuperar o fôlego, enquanto um sorriso suave escapava dos meus lábios. Não era algo planejado, mas o que acabara de acontecer entre nós foi intenso, quase como se nossos corpos tivessem falado a mesma língua sem precisar de palavras.Sentia o peso do corpo de Guilherme ainda próximo do meu, sua respiração forte e acelerada ecoando pela sala silenciosa. Ele me observava, eu podia sentir seu olhar queimando minha pele, mas eu não abria os olhos. Talvez porque,