111. Febre, Frustração e Fugas

Depois de muito tempo em silêncio, tentei quebrar a tensão, mesmo que minha voz soasse mais trêmula do que eu gostaria.

— Estou bem, Alexander. É só uma febre, nem sinto nada de mais

O olhar dele permaneceu fixo, carregado de preocupação, mas era difícil decifrar se ele estava pensando ou tentando decidir se acreditava em mim.

— Você também teve uma febre inexplicável depois do acidente — disse ele de repente, sua voz baixa, quase distante.

Alexander fechou a torneira, e o som da água parando ecoou no banheiro silencioso. Seus olhos, que antes me encaravam com a intensidade usual, agora pareciam carregados de algo mais… vulnerabilidade?

— Os médicos estavam preocupados na época. Pensavam que podia ser sepse, mas todos os testes deram negativo. No fim, concluíram que era algo psicológico, relacionado ao trauma. — Ele respirou fundo antes de continuar: — Não estou dizendo que sua febre agora seja a mesma coisa, mas... é tão parecido.

Seus olhos estavam pesados, e aquilo me incomodava m
Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >
capítulo anteriorpróximo capítulo

Capítulos relacionados

Último capítulo