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D. Pedro, o imperador dos extremos

Rozendo sorriu abanando a cabeça. Depois suspirando, prosseguiu:

― A tão sonhada independência, entretanto, fez surgirem muitas diferenças e proliferarem as opiniões: Havia os que defendiam um poder centralizado e forte e, entre eles estava o novo Imperador do Brasil que adotara o título de D. Pedro I. Os liberais colocavam-se favoráveis a um poder menos absoluto e os democratas pelejavam por uma igualdade social.

Rozendo novamente balançou a fronte em gesto negativo; exprimia profunda desolação:

― D. Pedro, autocrático e déspota por natureza, advogado extremado do absolutismo e totalmente refratário a qualquer demonstração liberal ou democrática, mostrou desde o início de seu governo um pulso tirânico e violento. Era tinhoso, teimoso e autoritário o monarca bra

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